Recordamos todos bem a garantia dada pelo PS de que o resultado das eleições nunca poderia ser interpretado como passando uma limpeza sobre as dúvidas que se criaram ao redor de Luís Montenegro, e nos termos do que se foi ouvindo e lendo sobre o caso em causa. O PS, pois, garantia que a tal CPI teria sempre lugar e, no mínimo, por sua iniciativa.
Mau grado todas estas garantias do PS, a experiência dos portugueses, de parceria com uma mui ligeira nuance, a dado passo, de Pedro Nuno Santos, logo mostraram que a tal garantia do PS não deveria vir a ultrapassar mais uma promessa política, provavelmente a nunca ver a luz do dia. Pois, aí está a realidade e bem ao vivo: do PS, sobre este tema, nada…
Sem espanto, de José Luís Carneiro, bom, simplesmente nada. Uma realidade que se nos mostra como uma espécie de infinitésimo de ordem superior em face dos comentários, bem lógicos, de André Ventura. Este tem algumas posições extremistas, tal como o seu Chega, mas a verdade é que, para já, atua com lógica e uma boa dose de coerência.
Também o Livre nos garantiu que daria vida à tal CPI sobre o caso Montenegro, mas a verdade é idêntica à do comportamento inconsequente – falar por falar – do PS, agora de José Luís Carneiro. Não admira, por tudo isto, que se tenha chegado à situação que se vai podendo ver, com a credibilidade das instituições, na sua generalidade, em queda livre.
Por fim, o mais recente aperfeiçoamento das liberdades de Abril, com as mudanças na Lei da Greve. E então, que é feito do PS?! Ah, vão esperar pelo que por aí o Governo de Luís Montenegro virá a trazer, quase com toda a certeza uma melhoria dos mecanismos da justa luta dos trabalhadores! Como pode o leitor ver – e com que dor!! –, Abril está vivíssimo, desde logo por dispormos da democracia…
