
Luís Nobre recandidata-se à Câmara de Viana do Castelo, onde o PS é poder há mais de 30 anos, e os opositores conhecidos são o independente Paulo Morais (PSD/CDS), Duarte de Brito Antunes (IL) e Carlos Torre (BE).
Para a corrida às eleições de 12 de outubro, Viana do Castelo tem, até ao momento, quatro candidaturas apresentadas, com o atual presidente de câmara, do PS, a candidatar-se a um segundo mandato, tendo como prioridade a afirmação do concelho “como um território seguro e estável, com foco no investimento, na habitação e na educação”, apostando também no “reforço das políticas de inclusão, tanto a nível intergeracional como intercultural”.
Formado em Arquitetura e Urbanismo, Nobre tem 54 anos, está há 20 na Câmara de Viana do Castelo, e quer “consolidar as infraestruturas e fortalecer o papel de Viana do Castelo como um território com projeção internacional”.
Para tal, pretende aproveitar “o trabalho já desenvolvido e apostar na captação de novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento”.
O independente Paulo Morais, antigo vice-presidente e vereador da Habitação e do Urbanismo na Câmara do Porto, que se desfiliou do PSD em 2013, foi escolhido pelo partido para cabeça de lista, numa candidatura que também inclui o CDS-PP.
Na apresentação do programa eleitoral, prometeu transparência e a implementação de um “mecanismo de controle e combate à corrupção, compadrio e aos favores” no Urbanismo, onde a atual autarquia “trata uns como filhos e outros como enteados”.
Morais quer que Viana deixe “de ser cidade periférica” e pretende implementar um mecanismo de diplomacia económica para atrair investimento, um “sistema de transportes europeu” que engloba comboios noturnos e barcos, defendendo parques de estacionamento camarários gratuitos para os residentes.
O engenheiro civil Duarte de Brito Antunes, de 45 anos, foi anunciado pela Iniciativa Liberal (IL) para concorrer à presidência da Câmara de Viana do Castelo.
A candidatura visa “uma efetiva evolução de um concelho que se encontra parado no tempo e sem conseguir adaptar-se às novas realidades e desafios”, de acordo com o núcleo concelhio da IL.
O BE apresenta como cabeça de lista o designer Carlos Torre, que em 2001 foi o primeiro candidato do bloco à Câmara de Caminha, também no distrito de Viana do Castelo, e, de 2010 a 2013, representou o partido em sessões da Assembleia Municipal de Caminha como deputado municipal.
O partido pretende “continuar a defender uma governação autárquica que garanta direitos sociais, promova a igualdade, o acesso universal à educação, o reforço dos cuidados de saúde e o apoio à cultura”, consolidando “políticas locais que devolvam às pessoas o controlo sobre as suas vidas e territórios, através de uma gestão participativa, inclusiva e transparente”.
Viana do Castelo chega às eleições autárquicas de 12 de outubro de 2025 com um cenário político diferente do de 2021: na altura, o Chega concorreu à Câmara sem conseguir eleger qualquer vereador, mas desde janeiro de 2024 que o primeiro eleito pelo PSD na autarquia, Eduardo Teixeira, se desfiliou e passou à condição de independente no executivo, ao mesmo tempo que integrou e foi eleito nas listas do Chega às duas últimas eleições legislativas (em 2024 e 2025).
Atualmente, o executivo de Viana do Castelo é composto por cinco eleitos pelo PS, um eleito pela CDU, um vereador independente (eleito pela coligação PSD/CDS) e dois vereadores da coligação PSD/CDS-PP.
Com 319,02 quilómetros quadrados de área, Viana do Castelo tem 86.780 habitantes, de acordo com dados de 2023 da Pordata.