
O candidato do PSD/CDS à Câmara de Viana do Castelo, Paulo de Morais disse hoje que a candidatura da coligação PSD/CDS-PP que lidera tem “ambição” e, que a equipa que escolheu para o acompanhar às eleições de outubro “é para governar”.
“É uma lista para ganhar. Fiz a lista a pensar que vou governar”, afirmou à agência Lusa o ex-vice-presidente da Câmara do Porto (2002-2025), que se desfiliou do PSD em 2013 e surge nesta corrida eleitoral como independente.
Paulo de Morais, que falava no teatro municipal Sá de Miranda, à margem da sessão de apresentação da das candidaturas da coligação PSD/CDS-PP à Câmara e Assembleia Municipais, Uniões e Juntas de Freguesia de Viana do Castelo disse que o objetivo é “tentar acabar com um poder autárquico que está obsoleto, gasto, embrenhado em esquemas de compadrio e de favores”.
“Vamos ter uma Câmara transparente, moderna, inovadora, que gere qualidade de vida e desenvolvimento que precisam, na gestão, de um novo rumo”, sublinhou, referindo não acreditar “em falsos triunfalismos”, mas acredita nas “muitas possibilidades de ganhar” nas eleições autárquicas de 12 de outubro.
“Até eu sou um democrata. Felizmente que em democracia não há resultados antecipados, mas o povo terá a última palavra”, afirmou.
Além de Paulo de Morais, a lista é composta, em segundo lugar por Duarte Martins, presidente da concelhia do PSP de Viana do Castelo, Joana Ranhada, gerente de uma empresa do setor automóvel de Viana do Castelo, Cristina Castro (CDS-PP) quadro da Saúde e Segurança Social e, André Lousinha, engenheiro na EDP, entre outros. O nome do candidato à Assembleia Municipal será anunciado numa segunda apresentação.
O professor universitário realçou a “qualidade” da equipa que escolheu, composta por “pessoas livres” que de “uma forma generosa e corajosa vão pôr as suas capacidades ao serviço da comunidade durante os próximos quatro anos”.
“Uma das vantagens da equipa que tenho é que todos têm a sua vida, eu também. Qualquer que seja o resultado continuaremos na nossa atividade e sabemos que, do outro, lado não é bem assim. Muitos deles ficarão com o tapete a sair-lhes debaixo dos pés. A vida é o que é. Estou com muita esperança no resultado”, destacou.
Disse que “gostaria muito de ganhar as eleições” para ter quatro anos para “projetar os objetivos da gestão autárquicas e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, o desenvolvimento do concelho e tirar Viana do Castelo deste torpor”.
“Viana do Castelo é um diamante por lapidar. Tem condições para ter um desenvolvimento brutal, mas não tem porque tem sido mal gerida a nível autárquico”, enfatizou.
Entre as “formas “marcantes” da sua candidatura realçou a “transparência” para que a Câmara deixe de ter “filhos e enteados” desde a sociedade civil ao setor privado, situação que “em seis meses” estará resolvida com um plano de pagamento de dívidas adequado”.
“Em breve irei apresentar um plano para reposição das contas da Câmara de Viana porque não faz qualquer sentido que se deva dinheiro a tanta gente, desde logo porque as entidades públicas têm de dar o exemplo (…) Por força das dívidas da Câmara de Viana há muitas pequenas e médias empresas que estão com a corda na garganta. A Câmara pode vir a ser a responsável pela falência de algumas empresas familiares”, disse.
A “qualidade de vida” da população do concelho através da “manutenção do espaço público, muito desprezado”, a mobilidade, dotando o concelho, “num muito curto espaço de tempo de um sistema de transportes à séria, à europeia”, serão outras das apostas.
“Será uma das maiores revoluções de Viana do Castelo nos próximos quatro anos”, referiu, quer ao nível do transporte rodoviário, fluvial, com “barcos no rio [Lima], ferroviário, com serviço noturno”.
Atualmente, o executivo de Viana do Castelo é composto por cinco eleitos pelo PS, um eleito pela CDU, um vereador independente (social-democrata que deixou o partido para integrar o Chega) e dois vereadores da coligação PSD/CDS-PP.
Além de Paulo de Morais já apresentaram candidatura a Viana do Castelo o atual presidente Luís Nobre (PS), Duarte de Brito Antunes (IL), Gonçalo Caseiro Pereira do Livre, José Flores (PCP/PEV) e Carlos Torre (BE).
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.