Numa manifestação espontânea um grupo de amigos rumou hoje ao cemitério Municipal de Ponte de Lima para aí prestar homenagem ao amigo Luis Dantas.
A morte prematura de Luís Augusto de Sousa Pereira Dantas, há 10 anos, deixou, na altura, consternados amigos e familiares.
Volvidos estes anos, Luis Dantas continua vivo na memória dos seus amigos, que hoje decidiram recordá-lo numa singela homenagem, com a deposição de um ramo de flores na sua campa.
Luis Dantas foi professor, escritor e historiador. Foi um homem de tertúlia e de humor refinado. Foi solidário e contador de histórias exemplar. Repescou figuras típicas da terra e deu-lhes texto com alma e graça. Luis Dantas era assim: simples, boémio e um apaixonado pela escrita.
A arte de escrever nasceu cedo tendo publicado neste jornal (edição de 14 de maio de 1965), aos 19 anos, o seu primeiro texto intitulado Cenas da Aldeia, “numa prosa, carregada de literatura e inconformismo”.
Foi autor de vários livros, tendo iniciado pela poesia com “Pedras verdes” (em 1970) e de seguida com “Bolero” (1974).
Mais tarde optou pela pesquisa histórica, tendo sido autor de cerca de duas dezenas de títulos.
Luís Augusto de Sousa Pereira Dantas nasceu a 3 de agosto de 1946, em Ponte de Lima, e faleceu 20 de maio de 2011, em Lisboa.
Entre nós será sempre recordado pelos seus valores como pessoa e também como homem de cultura.