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Equipa da Faculdade de Engenharia da U.Porto desenvolve protótipo de barco solar

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A Academic Solar Team da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) desenvolveu um protótipo de um barco de competição movido a energia solar cujo casco é feito inteiramente a partir de fibras naturais, foi hoje divulgado.

“Esta é a segunda equipa em Portugal a desenvolver este conceito de embarcação, a primeira da zona Norte, e competirá, já neste verão, nas provas europeias da modalidade”, explica a FEUP, em comunicado, explicando que a estreia está agendada para setembro, no Portugal Boat Challenge, “a primeira prova desta modalidade realizada no país”.

Fundada em novembro de 2023, a FEUP Academic Solar Team (FAST) é um projeto que envolve estudantes de vários cursos de engenharia da FEUP e pretende “motivar e demonstrar que a mudança do setor do transporte marítimo para soluções mais sustentáveis é viável”.

Para esta equipa, o transporte marítimo pode “remar em direção a um azul mais verde – ‘towards a greener blue’ –, numa altura em que o transporte marítimo tem um papel preponderante nas trocas de mercadorias em todo o mundo, muito com recurso a combustíveis fósseis”.

O primeiro protótipo de barco solar da FEUP Academic Solar Team chama-se Atlântico e tem um sistema de transmissão sem engrenagens, estruturas ‘sandwich’ em cortiça e fibra de linho, e ainda a adoção de hidrofoils, que permitem triplicar a eficiência do sistema propulsor a determinadas velocidades”.

“O Atlântico é um projeto assente numa missão que alia inovação à sustentabilidade, através do desenvolvimento de uma embarcação de competição movida a energia solar e que aborde os principais desafios tecnológicos neste domínio.

De acordo com o líder da equipa, João Alegre, “este projeto pretende colocar o nome da engenharia portuguesa bem alto”.

“Podermos levar um barco produzido em Portugal a competições internacionais, com a ajuda de empresas portuguesas, é algo de que nos enche de orgulho”, afirma, citado na nota de imprensa.

João Alegre observa que “o facto de o Atlântico ser um barco com hidrofoils – uma estrutura semelhante a uma asa que, quando submersa, gera sustentação ao levantar o barco acima da água – permite triplicar a eficiência do protótipo, fazendo com que seja preciso muito menos energia para fazer o barco andar e obter uma boa performance”.

Outra das novidades apresentada é a natureza do casco, que utiliza fibra de linho, “um componente totalmente natural”.

“O uso da fibra de linho em componentes estruturais é algo ainda não muito estudado, portanto tivemos de fazer pesquisa e realizar testes computacionais, e em laboratório, de modo a garantir que conseguíamos inovar nesta área”, explicou o responsável

Depois do Portugal Boat Challenge, o Atlântico participa na prova italiana Sardinia Innovative Boat Week, na ilha italiana de Sardenha, em outubro.

Em agosto, a FEUP Academic Solar Team realiza uma demonstração das capacidades do protótipo nas águas do mar do Porto de Leixões.

 

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