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Um letreiro na entrada das instalações da Extensão de Saúde de Refoios alertava os utentes para o encerramento daqueles serviços, na passada sexta-feira.
“Estamos encerrados por falta de funcionário administrativo” podia ler-se no referido anúncio colado à porta daqueles serviços.
A falta desse funcionário administrativo inviabilizou o regular funcionamento daqueles serviços de saúde, e consequentemente o seu encerramento, já que seria ele quem asseguraria a abertura das consultas, pagamento de taxas e outros procedimentos necessários.
Segundo foi possível apurar junto de utentes, a população está descontente com as constantes falhas daqueles serviços, nomeadamente o seu encerramento sem qualquer aviso prévio.
Na sexta-feira “esteve encerrado e foi muito mau. Havia médico e enfermeira, só não havia funcionário administrativo e, por isso, esteve encerrado o Centro de Saúde”, confessou um utente.
“Logo às 8 da manhã já havia muita gente à porta do centro, mas tiveram que ir embora”, assegurava-nos a fonte, que nos dava conta de que aquela é uma população idosa e, para além do incómodo de não ser atendido nos cuidados médicos, acresce muitas vezes a despesa de transporte para ali chegar. “Muitos idosos fazem-se transportar de táxi e são 4 ou 5 euros que gastam para nada”, garante.
Segundo a Gabriela Fernandes, presidente da Junta de Freguesia de Refoios, a situação não é nova e tem acontecido com alguma regularidade, pelo menos nos últimos dois meses.” Muitas vezes isso acontece porque há funcionários em período de férias”, garante.
No caso concreto, a autarca disse não ter tido conhecimento da situação, mas esclarece que “ficou acordado com a USLAM, nomeadamente com o Dr Franclim Fernandes, que, quando houvesse alguma situação de encerramento daqueles serviços, ou por greve, ou por falta de funcionários, nós seríamos informados”.
“Neste caso não fomos avisados e não tenho conhecimento”, disse a autarca de Refoios, que assegurou que é habitual a falta de funcionários naqueles serviços, o que obriga muitas vezes a encerrar às 15 horas.
Durante o dia de quarta-feira passada tentamos entrar em contacto com aquela unidade de saúde, mas durante todo o dia ninguém atendeu o telefone.
Para melhor compreender a situação contactamos por correio eletrónico o serviço de Relações Públicas da Unidade de Saúde Local do Alto Minho (USLAM), em Viana do Castelo, que até ao fecho do jornal não nos enviou respostas às perguntas formuladas.