A primeira edição do Festival Authentica, prevista para dias 10 e 11 de dezembro, em Braga, foi adiada para 2022, por ter sido exigida testagem à covid-19, nas 24 horas anteriores, a todos os participantes, anunciou hoje a organização.
Em comunicado, a organizadora Malpevent referiu que a exigência de testagem pela Direção-Geral da Saúde (DGS) é extensiva mesmo a quem já esteja vacinado e possua o respetivo certificado.
“Tendo a empresa que elaborou o Plano de Contingência do Festival Authentica participado nos quatro eventos-piloto realizados entre abril e maio deste ano, sabemos, com fonte na experiência obtida, que a operacionalização desta medida é inviável de um ponto de vista logístico e financeiro, impedindo, infelizmente, a realização deste importante evento na cidade de Braga”, acrescenta.
A Malpevent diz ainda que aquela condição “não consta das Normas e Orientações da DGS atualmente em vigor para a realização de eventos, sendo bastante mais exigente de que, por exemplo, as regras aplicáveis a outras atividades como a restauração, bares ou discotecas”.
“Desta forma, o Festival Authentica viu-se obrigado a adiar a sua edição de estreia para os dias 09 e 10 de dezembro de 2022, encetando desde já todos os esforços para tentar garantir o mesmo cartaz”, lê-se ainda no comunicado.
Os bilhetes já adquiridos são válidos para a próxima edição, mas quem quiser pode pedir a devolução do dinheiro.
Kodaline, Rag’n’Bone Man, James Bay, Zara Larsson, Nothing But Thieves, De La Soul e Luísa Sonza, além dos portugueses Dino D’Santigo, Mundo Segundo & Sam The Kid, ProfJam e Jimmy P., eram os nomes do cartaz anunciado para a edição de estreia.
A Malpevent diz que manifestou à DGS “inteira disponibilidade para a implementação de outras medidas para a mitigação do risco”, mas não obteve qualquer resposta, pelo que teve, na quarta-feira, de acionar medidas urgentes, “de forma a minimizar os já enormes gastos ocorridos”, como artistas, voos, hotéis e marketing, para “salvar a empresa e garantir os vários postos de trabalho”.
A empresa “lamenta que a situação e os sinais dados pelo Governo tenham motivado as empresas nacionais a avançar com investimentos significativos, que poderão colocar em risco a saúde do setor e a segurança de milhares de postos de trabalho”.
Nesta fase, a organização já estava preparada para dar início às montagens do recinto.
O festival estava marcado para o Altice Forum Braga, num espaço com uma área de 15 mil metros quadrados, que poderia acolher 25 mil pessoas, mas a organização fixara como limite máximo 18 mil.