
Errar é humano, pelo que os eleitores que se determinaram a escolher a AD ter-se-ão já dado conta do erro que praticaram contra os seus mais essenciais e naturais direitos. A grande verdade é que está já claramente à vista de (quase) todos que se caminha, sob o comando da AD, para a extinção do Estado Social. Naturalmente, o Governo de Luís Montenegro diz o contrário… O problema está nos cidadãos, que se vão sentindo atingidos pelas destruidoras medidas políticas do atual Governo.
Perante esta evidentíssima realidade, o PS e os partidos da Esquerda protestam contra as medidas tomadas pela equipa governativa liderada por Luís Montenegro. Claro está que neste conjunto de forças políticas, o PS é, de longe, a principal, seja em volume eleitoral, seja quando olhado à luz do seu papel histórico durante a nossa III República.
Percebe-se, pois, que, sendo natural o protesto do PS contra muitas das políticas da AD, o mesmo tenha de ir bem para lá das palavras de protesto, antes garantindo que, logo que seja poder, porá um fim nestas novas políticas, ora a serem levadas à prática pelo Governo desta AD. É absolutamente essencial que os dirigentes do PS consigam perceber que falar sem nada pretender fazer terá a consequência que há muito já se vinha percebendo: ajuda a caminhar para o abismo político, como, lamentavelmente, se foi vendo, ao longo das décadas, por essa União Europeia.
O caminho que se impõe ao PS é, portanto, deveras claro e simples: se o PS discorda do Governo da AD, repudie as suas políticas com o seu voto. Pelo contrário, se continuar a tentar dialogar ao redor de quem o despreza barbaramente, ligando-se ao Chega e mesmo submetendo-se-lhe, o PS continuará a cavar a sua própria ruína política, como hoje se pode já ver e bem à saciedade. E já agora: muita atenção e ainda mais clareza política, porque o tempo que passa pelo mundo é deveras perigoso… E um auxiliar de memória para José Luís Carneiro e seus camaradas: recorde o padre Felicidade Alves, e aquela sua obra, dada à estampa com alguma determinação: convém FALAR CLARO!