Aí nos surgiu o mais recente caso envolvendo um avião comercial, desta vez voando de Atenas para Vilnius. Dado que a bordo não viajava Edward Snowden, com o voo a realizar-se entre Toronto e a cidade do México, a Força Aérea dos Estados Unidos não pôde fazer o que agora se viu com os militares bielorrussos, ou seja, obrigar o avião a aterrar em território norte-americano, dado estar a bordo um americano traidor, demandado pela justiça (aos olhos do poder norte-americano, claro está).
Acontece que estava no interior do avião um jovem jornalista bielorrusso, como aqueles que trabalhavam em Gaza, tanto na empresa de televisão árabe, como na Associated Press, mas a verdade é que este caso mais recente é mau, ao passo que aqueles não passaram de um erro. Para já não falar dos jornalistas que se encontravam em certo hotel de Bagdad, quando, fruto do vento vindo do deserto, um carro de combate norte-americano os alvejou. Simplesmente, tudo foi aqui a força do vento, porque o tiro era de mero aviso e destinado a passar ao lado.
Passando para a zona da ocupação territorial, o caso da Crimeia é terrível, mas já assim se não dá com as extensas ocupações (e em crescendo…) de territórios da Cisjordânia por Israel. E se nos quisermos centrar no domínio das mortes, ou de tentativas de tal, o caso dos Skripal foi um horror – ninguém morreu, estando hoje na melhor das boas –, mas já o de Kashoggi continua à espera da passagem das décadas…
Sem espanto, visionei com uma graça fantástica as palavras de Augusto Santos Silva, em que referiu o perigo para a vida dos passageiros deste mais recente voo (!!!), quando nada se comparou ao que se passou com Kashoggi e sobre que caiu, no Ocidente, um extenso manto de silêncio. Para já não referir a recente libertação de um islamita depois de mais de uma década – ou duas…? – em Guantánamo, sem culpa formada, sem julgamento, sem direito a defesa, submetido a torturas ultrajantes e sem um cêntimo do dólar de indemnização. Objetivamente, o Ocidente é uma vergonha em termos de violação de Direitos Humanos.
Para se perceber bem o que é a moral do Ocidente, vale a pena voltar aqui a aconselhar o leitor a ler a obra, MOSSAD – Os Carrascos do Kidon, de Eric Frattini, e que a Bertrand Editora deu à estampa já no presente ano de 2021. Quem se determinar a ler a presente obra, talvez tenha vantagem em comparar com o que sempre ouviu dizer da velha Direção-Geral de Segurança, recordando, por igual, casos de homicídios sumários passados na França de De Gaulle, ou no Reino Unido, logo após Margaret Thatcher chegar ao poder. É como na velha chamada de atenção: leia, pense e compare.
Por fim, uma notinha, tendo presente a histórica obre de Louis Pauels e Jacques Bergier, O DESPERTAR DOS MÁGICOS, cuja leitura também há muito venho aconselhando: e se tudo não tiver passado de uma rasteira das secretas ocidentais a Lucashenko? Indo a bordo o tal jornalista, de pronto ele viria a ser descoberto, assim se criando mais um Kilas no Leste pró-russo. Objetivamente, não é impossível, o que facilmente se poderá perceber lendo a anterior obra de Eric Frattini. Há que recordar um dos nossos filmes históricos: calem-se, mas é, papalvos há muitos! Além do mais, em política o que parece até é…