
Está marcado para hoje um ação de protesto contra a abordagem israelita ao barco da “Global Sumud Flotilla”, que tentava furar o cerco marítimo à Faixa de Gaza.
A ação de protesto convocada pelo movimento de solidariedade com a Palestina fez um apelo urgente programando várias iniciativas para o mesmo dia de hoje em várias cidades portuguesas, como Aveiro, Braga, Coimbra, Lisboa e Porto.
Em Viana do Castelo, o protesto realiza-se hoje, quinta-feira, às 18:00 na Praça da República.
A mobilização surge em resposta direta à interceção do barco da “Global Sumud Flotilla” pelas forças militares israelitas, ocorrida ontem, e onde seguiam as cidadãs portuguesas Mariana Mortágua e Sofia Aparício, juntamente com Miguel Duarte,
Os organizadores do protesto, que descrevem a operação militar como um “ataque ilegal” e um “sequestro” em águas internacionais, exigem a libertação imediata dos nacionais.
A manifestação enquadra-se num conjunto mais vasto de reivindicações, que incluem o fim do que classificam como “cerco ilegal” à Faixa de Gaza e a imposição de sanções efetivas contra Israel pelo governo português, tanto a nível bilateral como no quadro europeu.
Os convocantes afirmam não poder “permanecer em silêncio” perante estes acontecimentos, que consideram representativos de uma “lei do mais forte” que a comunidade internacional não deve aceitar. O protesto serve assim para exigir que Portugal atue, através de todos os meios diplomáticos e jurídicos, para proteger os seus cidadãos e se colocar, “sem ambiguidades, do lado certo da história”.
Joana Mortágua manifestou repúdio pela detenção realçando que é ilegal, e acrescentou que ainda não tinha informações sobre o outro português integrado na flotilha, o ativista Miguel Duarte, nem sobre a embarcação onde seguia.
“Pela informação que temos [a interceção das forças israelitas] foi feita em águas internacionais, é ilegal esta ação [de Israel], para impedir a implementação de um corredor humanitário para levar comida a medicamentos à Faixa de Gaza”, vincou.