Afinal não fez falta a máquina calculadora para encontrar a configuração do governo da nação para os próximos quatro anos.
Ainda sem a totalidade dos votos apurados é já possível garantir a vitória do Partido Socialista, sendo que António Costa será o próximo Primeiro-Ministro.
Na Assembleia da República vão se sentar 117 deputados, o que representa um aumento de mais 7 deputados do que os eleitos nas eleições de 2019.
Após duas semanas de campanha eleitoral em que várias sondagens apontavam para um empate técnico entre o PS e o PSD, tal não se veio a verificar.
De facto António Costa apelou durante algum tempo para a necessidade de obter uma vitória de maioria absoluta, para assegurar a estabilidade governativa.
Com esses valores de empate técnico entre o PS e PSD divulgados pelas sondagens, António Costa deixou de pedir essa maioria absoluta, mas a verdade é que os portugueses acabaram por lhe atribuir votos para governar sozinho, tendo obtido a maioria absoluta.
A deslocação de votos da esquerda para o PS poderá ser a justificação para este resultado surpreendente dos socialistas, que arrecada a quarta na história da democracia portuguesa. Com ela caíram por terra as especulações sobre as possíveis coligações pós-eleitorais.
Rui Rio acusou o embate dos números, dizendo que, apesar do partido ter mais votos do que nas eleições anteriores, o resultado não foi o esperado e que estava muito longe das expectativas.
Segundo os votos apurados até o momento, o PSD elegeu 71 deputados, perdendo sete deputados em relação às últimas eleições.
O Chega é um dos partidos em ascensão, tendo passado a ser a terceira força política em Portugal.
Um dos objectivos de André Ventura foi atingido, sendo que o número de deputados do partido passa de um deputado para uma representação de doze parlamentares.
Um partido em ascensão é também o Iniciativa Liberal (IL) que surpreendeu com a eleição de sete deputados para o hemiciclo.
Com os resultados obtidos nestas eleições há partidos que desaparecem da Assembleia da República. São eles o Partido os Verdes e o CDS que não conseguiram eleger um único deputado, perdendo assim toda a representação parlamentar.
Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS, não conseguiu sequer a sua eleição.
O piscar de olho ao lugar Ministro da Defesa de um próximo governo, revelou-se uma expectativa ilusória que não se refletiu nos resultados eleitorais.
Ao fim da noite, Francisco Rodrigues dos Santos, fez a leitura do resultado desastroso do partido e pediu a demissão da presidência do CDS.
O Bloco de esquerda perdeu o lugar do “pódio”, que deixou entregue ao Chega, passando a ser a quinta força política.
A CDU deixou pelo caminho alguns históricos como João Oliveira e António Filipe, que não conseguiram ser eleitos.
O PAN perdeu representação no próximo parlamento, passando de quatro para um deputado.
O Livre voltou a eleger um deputado, sendo que Rui Tavares é o eleito. Desta forma o Livre volta ao Parlamento, já que, apesar de ter elegido um deputado nas eleições de 2019, com o desentendimento com Joacine Katar Moreira deixou de estar representado.