Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Ano 115- Nº 4976

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Um terço dos espanhóis desistiu de transportes públicos e metade de eventos culturais

Quase um terço dos espanhóis não usa transportes públicos por medo da covid-19 e mais de metade da população deixou de ir a eventos culturais e de praticar desporto em áreas fechadas, segundo um estudo hoje publicado.

De acordo com os resultados de uma pesquisa realizada pela Organização dos Consumidores e Utilizadores espanhóis, 31% das pessoas deixaram de andar de transportes públicos porque têm medo de ficar infetadas pelo novo coronavírus, responsável pela doença covid-19.

Entre os que continuam a usar este meio de transporte, 44% reduziram a sua utilização ao mínimo, já que os transportes públicos – assim como os eventos culturais e os centros desportivos – são vistos como os locais de maior risco de contágio.

Por isso, e de acordo com o estudo, 53% dos inquiridos decidiram deixar de ir a eventos culturais e 51% deixaram de praticar desportos em áreas fechadas.

A pesquisa realizada pela Organização dos Consumidores e Utilizadores espanhóis (OCU) – que abrangeu mil pessoas entre os 18 e os 74 anos – revela que a pandemia causou uma mudança nos planos e hábitos dos espanhóis, levando-os a gastar menos em lazer e em férias por medo da covid-19.

O inquérito também mostrou que 32% das pessoas que costumavam comer em restaurantes deixaram de o fazer e 55% dos que continuam, fazem-no com menos frequência.

Além disso, um terço dos inquiridos admitiu que já não vai a centros comerciais e quase metade diz que diminuiu a frequência com que visita estes locais.

A pandemia teve, segundo o mesmo estudo, um grande impacto nas férias: três em cada quatro espanhóis dizem que a covid-19 afetou os seus planos: 40% planeavam ir para o estrangeiro, mas agora só 22% asseguram que o farão.

Por outro lado, 30% dizem que não vão fazer qualquer gasto extra em férias e 64% admitem que vão gastar menos. Entre os inquiridos, 16% admitiram que irão ficar em casa.

Dois terços dos que participaram no inquérito sublinham que a crise afetou muito a sua qualidade de vida e mais de metade (51%) admite que viu a sua vida social alterada.

Além disso, 44% dizem que a covid-19 mudou a sua vida familiar, 43% refere que a pandemia teve efeitos na economia e 28% na sua saúde mental.

Um terço dos inquiridos viu ser cancelada uma consulta médica e 61% referiu ter a agenda médica alterada.

Quanto aos investimentos, 13% dos espanhóis cancelaram um importante plano de compra ou investimento, enquanto 40% adiaram-no para um ano futuro.

Ainda nesta vertente da vida dos espanhóis, um em cada 10 disse que estava a pensar comprar casa em 2020, mas abandonou a ideia, e 55% decidiram adiar o plano.

Em relação ao desempenho do Governo face à crise, 59% consideram que foi muito mau em janeiro e fevereiro e metade acha o mesmo, mas em relação a todo o período de confinamento

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