Nem cotovelos, nem punhos, nem tão pouco com os pés. O afastamento físico deve ser mantido e, por isso, evitar estas novas formas de cumprimentar.
A crescente taxa de contágio no mundo, e especialmente na Europa, está a preocupar governos e entidades de Saúde, que se desdobram em criar medidas para suster a situação.
O verão foi marcado por uma população sedenta de normalidade e, aproveitando a abertura de fronteiras, verificou-se uma movimentação das populações dentro e fora dos respectivos países.
Aquilo que se esperava para o outono acabou por se verificar no final deste verão com as taxas de infecção a registarem valores iguais aos da “época alta” de Abril.
O regresso de férias e o regresso às escolas vão somar mais contágios, pelo que o alerta é geral e devemos estar preparados pra os dias que se avizinham.
Quanto ao distanciamento físico ele é apontado como uma das medidas a ter em conta. Dois metros, dois metros e meio e até seis metros, foram já as distâncias apontadas como seguras para a não proliferação do vírus.
Ao mesmo tempo incentivava-se a não usar o habitual cumprimento de aperto de mãos, nem tão pouco beijos e abraços e foram introduzidas novas formas de cumprimento. Toque de cotovelos, de punhos ou mesmo de pés passou a ser de forma generalizada o cumprimento permitido.
Hoje já há quem pense de forma diferente com os mesmos pressupostos.
O alerta vem de Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), que disse que para cumprimentar as pessoas “o melhor é evitar cotoveladas, porque estas colocam-nos a menos de um metro de distância da outra pessoa”.
Como alternativa, o responsável da OMS sugere o gesto de levar a mão ao coração, mantendo sempre uma distância de, no mínimo, 1,5 metros em relação a outra pessoa.
Carlos Fuente Lafuente, diretor do Centro de Treino de Protocolos do ISEMCO, em Espanha, referiu mesmo que “o toque de cotovelo a que temos assistido tanto é uma saudação de mau gosto, anti-higiénica, que não cumpre as normas sobre o distanciamento social”.
Por sua vez, em Portugal, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, apelou à diminuição do convívio. Graça Freitas pediu mais distanciamento, mesmo entre familiares que não vivam juntos.
E quanto a cumprimentos estamos falados. Mão ao peito ou “Namaste”, um curvar de respeito à boa forma indiana, deverão bastar para que possamos transmitir as nossas saudações.