Numa altura em que se aproximava a hora de confinamento decretada pelo governo, o Rio Lima voltou hoje a ficar turvo.
Eram 12,45 horas quando foi possível ver, junto à ponte medieval e na margem direita do rio, uma enorme mancha poluidora proveniente do afluente Rio Labrujó.
Estas descargas no Rio Labrujó são recorrentes e, num passado recente, foram já motivo de várias queixas ao Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), bem como alertado o Governo através da Assembleia da República, nomeadamente pelos deputados do Bloco de Esquerda.
Os alertas chegam regularmente também à Câmara Municipal de Ponte de Lima, que chegou mesmo a promover uma “visita guiada” ao local, que se mostrou inconclusiva.
Uma das possibilidades apontadas para as frequentes descargas é o facto de haver forte pluviosidade, mas tal situação não dá resposta a todas as situações verificadas, pelo que é urgente que se encontre o foco poluidor em questão.
Para tentarmos perceber a causa destas descargas, contactamos um profissional de exploração de granito, cuja empresa labora nas “Pedras Finas”. O empresário confessou que existe também a possibilidade de alguma empresa menos consciente usar meios inapropriados e faça as descargas para o rio.
Segundo o empresário essa poderá mesmo ser a forma encontrada para evitar a despesa de remoção dos detritos por empresa certificada a que estão obrigados.
A GNR, alertada para a situação, tomou conta da ocorrência.