Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Ano 115- Nº 4976

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CIM Alto Minho pede reunião a AMP para avaliar soluções de transporte rodoviário

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho solicitou uma reunião de trabalho técnico à Área Metropolitana do Porto para avaliar ajustamentos de tarifário e soluções complementares do transporte rodoviário entre Viana do Castelo e o Porto, foi hoje divulgado.
“No sentido de avaliar eventuais ajustamentos de tarifário e soluções complementares com o sistema de transportes da Área Metropolitana do Porto (AMP), na sequência da reunião do Conselho Intermunicipal, ocorrida ontem [segunda-feira, em Ponte de Lima] foi deliberado solicitar uma reunião de trabalho técnico com a AMP”, refere em comunicado a CIM do Alto Minho.
Na sexta-feira, os utentes do Alto Minho alertaram para o aumento “de quase 100%” do custo com as deslocações regulares de autocarro entre Viana do Castelo e o Porto, ultrapassando os 170 euros mensais.
“A Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa tem acordos para deslocações para o Porto, com passes de 40 euros. Braga tem acordos para o Porto. Santarém e Torres Vedras têm para Lisboa. Desde 2019 que isto existe no país todo e no Alto Minho não temos nada. O pouco que temos é cada vez menos. A Câmara de Viana do Castelo devia manter o apoio de 2023, pelo menos enquanto não houver um passe inter-regional”, defendeu, em declarações à Lusa, Tiago Bonito, da comissão de Utentes de Transportes Públicos do Alto Minho.
Na nota hoje enviada às redações, a CIM do Alto Minho, que agrega os dez concelhos do distrito de Viana do Castelo, explica que “atenta à preocupação e problemáticas identificadas por um grupo de utilizadores da extinta carreira pública Viana/Porto (coincidente com o serviço de transporte de passageiros Expresso) na sequência do novo modelo implementado pelas Autoridades de Transportes envolvidas (AMP, CIM Cávado e CIM Alto Minho/município de Viana do Castelo), foi atribuída uma solução de redução tarifária pelo município de Viana do Castelo para apoiar os utilizadores que, por diversos motivos de viagem, efetuam movimentos pendulares de Viana do Castelo para o Porto”.
“No entanto, extinta a referida carreira pública, os serviços de transporte de passageiros Expresso que, atualmente, estão no mercado liberalizado, não são financiáveis através do Programa de Apoio à Redução Tarifária”.
No entanto, especifica a CIM do Alto Minho, “o município de Viana do Castelo, de acordo com o enquadramento legal, entendeu atribuir um desconto de 40% aos utilizadores em causa, em linha com os descontos atribuídos no âmbito dos passes sociais”.
“Importa também destacar que, um dos fatores que contribuiu para o aumento dos custos desta deslocação, prende-se com a necessidade de aquisição de mais um passe, para efeitos de deslocação dentro da área de influência da Área Metropolitana do Porto”.
Hoje, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, disse que a CIM do Alto Minho vai estudar com a congénere do Cávado e a Área Metropolitana do Porto a criação de um único bilhete para o transporte rodoviário entre a Viana do Castelo e o Porto.
A informação foi avançada pelo presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, na sequência das interpelações feitas pelo CDS-PP, PSD e CDU no período antes da ordem do dia da reunião camarária.
Em declarações aos jornalistas no final da reunião do executivo municipal, Luís Nobre disse ser necessário que “as três comunidades interajam para encontrarem uma solução que permita a possibilidade de utilização dos três sistemas [de transporte rodoviário], facilitando a aquisição do bilhete, otimizando o custo desta deslocação. Mais do que estabelecer novas linhas, novos circuitos, é encontrar uma solução de bilhética, a custos compatíveis”.
Segundo o autarca socialista, a questão dos transportes “não pode ser tratada isoladamente”.
“Da área de gestão da CIM do Alto Minho, [os utentes} ao chegarem ao Cávado tem de adquirir bilhética ou passe para percorrer a distância nessa área geográfica e depois, ao entrarem na Área Metropolitana [do Porto], têm outro tratamento. Tem de haver um conceito de bilhética que permita que o utente possa fazer este percurso sem ver agravados os custos com a sua deslocação. É preciso encontrar uma solução que facilite a mobilidade a quem necessita de se deslocar de Viana do Castelo para o Porto”, especificou.

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