Vento forte dificulta combate às chamas nas freguesias de montanha, no concelho de Ponte da Barca.
A população da aldeia de Froufe está a ser retirada devido ao incêndio florestal que lavra há vários dias no Lindoso, adiantou o presidente da autarquia, que reclama “mais meios”.
“Neste momento estamos a retirar a população da aldeia de Froufe e estamos a avaliar a possibilidade da mesma situação para a aldeia de Lourido”, explicou Augusto Marinho, presidente da Câmara de Ponte da Barca.
Augusto Marinho alertou para “condições extremamente difíceis” devido ao vento forte que piorou a situação desde o meio da tarde.
O autarca salientou ainda que os meios de combate necessitam de reforço perante uma situação “extremamente difícil”.
Ao início da tarde e pelas 20:15, Augusto Marinho deu conta da existência localidades em risco.
“Os bombeiros estão muito apreensivos, é muito tempo a combater e a haver reacendimentos”, alertou, na altura, o autarca, que já tinha solicitado ao primeiro-ministro “o envio de meios aéreos pesados de combate” para juntar aos dois ligeiros que têm estado a operar na zona.
O fogo chegou a estar dado como controlado, mas, em dez minutos, o fogo agigantou-se de uma forma assustadora e ameaça agora outras freguesias.
O combate neste momento prossegue a pé, já que não é possível o apoio de meios aéreos, estimando o autarca minhoto que “atendendo ao vento que está, avizinha-se uma noite difícil”.
A outra aldeia em risco é a Ermida, uma freguesia de montanha, com uma única estrada de acesso.
Neste momento não é possível aceder à freguesia, pois está já cercada pelas chamas. O próprio presidente da Câmara tentou inteirar-se da situação no local, mas não lhe foi possível prosseguir até à freguesia dada a violência das chamas.
Segundo o autarca, são muitos quilómetros a arder e não há bombeiros suficientes para tantas chamas.
No local estará um único veículo dos bombeiros a combater as chamas.
A população idosa terá sido movimentada para local seguro, mas esta informação não está ainda confirmada.
Avizinha-se uma noite muito complicada, numa zona que é de difícil acesso para os meios terrestres pesados de combate às chamas.
O vento que sopra forte na região é outro facto preocupante, sendo que, se de repente a sua direcção se alterar, poderá pôr em perigo a freguesia vizinha de Germil.
A exemplo de Lourido e Ermida, Germil é também uma freguesia onde os seus residentes são maioritariamente idosos, pelo que a autarquia tem já em prontidão um autocarro para esse transporte, caso se mostre necessário.
Neste momento são 128 os operacionais que combatem as chamas em várias frentes, apoiados por 40 meios terrestres de socorro.
De recordar que este é um incêndio que lavra desde as 23:39 h de terça-feira.