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Porfirio Silva propõe doação de acervo cultural

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Os candidatos às  proximas eleições autarquicas por Mazarefes foram  confrontados com proposta desafiante para que a antiga escola primária da freguesia receba acervo cultural.

A antiga Escola Primária de Mazarefes, um edifício marcado pela arquitetura do Estado Novo, está no centro de um apelo urgente e de uma decisão crucial. Os candidatos às eleições para a Assembleia de Freguesia foram publicamente interpelados sobre o destino a dar ao imóvel, num apelo que coloca a cultura e a memória coletiva na linha da frente do debate público.

A interpelação chegou através de uma carta aberta, subscrita por Porfirio Pereira da Silva que a apresentou sem ambições políticas, mas na sequência da sua dedicação de vida à academia, jornalismo e literatura.

O autor da carta aberta propõe a criação da Casa Museu Porfírio Pereira da Silva no espaço atualmente silencioso e à espera de uma função.

O projeto, detalhado na missiva, ambiciona ser muito mais do que um museu. Devera ser um polo cultural multifacetado, integrando uma biblioteca com um espólio bibliográfico pessoal, um arquivo documental e histórico, um museu de objetos e memórias e uma galeria de arte para obra pictórica. Completa a visão um auditório para acolher lançamentos literários e exposições temporárias.

Porfirio Silva enfatiza o desejo de, em vida, organizar e doar este repositório de conhecimento e arte à comunidade, assegurando que, após o falecimento deles e da sua irmã gémea, a instituição e todo o seu acervo passariam para o domínio do Estado, como uma doação à Nação.

Contudo, o apelo é também um ultimato. Se a terra natal não acolher a iniciativa, o signatário admite, “com pesar”, transferir todo o legado para outro local. E já existe um interesse concreto e insistente: o Município de Maquela do Zombo, em Angola, que já terá manifestado vontade de receber o acervo e perpetuar a herança cultural.

Esta possibilidade coloca uma pressão adicional sobre os decisores locais que agora vão a votos no próximo domingo.

A carta deixa uma interrogação final aos candidatos que é clara e direta: “qual o vosso compromisso efetivo com a cultura, a memória e o futuro deste espaço emblemático?”.

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