Viana do Castelo deu início a uma série de seis fóruns temáticos que visam preparar a Agenda para a Inovação 2030.
O primeiro de seis fóruns temáticos aconteceu ontem, tendo tido como orador, entre outros, António Cunha, antigo reitor da Universidade do Minho.
Também presente na iniciativa, José Maria Costa, presidente da Câmara Municipal, referiu que é objetivo do Município “rasgar o horizonte” através da inovação, para que Viana do Castelo possa “vencer a batalha do desenvolvimento”.
O autarca definiu esta “reunião zero” da Agenda da Inovação, como um início de “um processo de preparação para os novos desafios que temos pela frente”.
E o que teremos pela frente serão, uma vez mais desafios para os quais o autarca pretende centrar os objectivos na inovação
O encontro serviu precisamente para apresentar institucionalmente a intenção do Município de discutir uma agenda de desenvolvimento para os próximos anos, tendo a inovação como mote.
“Temos de inovar em muitas áreas, no domínio da educação, no domínio da governança, no domínio industrial, e para isso temos de promover um conjunto de metodologias de participação, como este fórum onde vamos apresentar o projeto à Câmara Municipal, à Assembleia Municipal, a entidades que connosco cooperam institucionalmente e alguns empresários”, referiu. O segundo fórum será a 18 de setembro e terá como orador o eurodeputado José Manuel Fernandes, decorrendo os restantes até janeiro de 2021. O edil refere que os próximos fóruns irão olhar para as grandes linhas da União Europeia e financiamentos previstos, o conhecimento e a economia do mar, educação, cultura e identidade, entre outros temas.
António Cunha, orador convidado, referiu que a tecnologia que entra na dimensão industrial, agrícola, de saúde pública, de cidadania e de educação terá de ser uma das fortes apostas. “Viana do Castelo é conhecida por ter uma agenda muito lúcida e equilibrada, nomeadamente num balanço entre uma atividade industrial que tem crescido significativamente nos últimos anos, mas num respeito muito grande pelas questões de sustentabilidade, de qualidade de vida dos que aqui moram e aqui vêm de visita”, indicou.
A economia do mar e o cluster automóvel são, para António Cunha, “vantagens que Viana tem e que certamente continuará a aproveitar, mas terá de fazer o salto tecnológico”.
Tendo por base uma metodologia participativa, Viana do Castelo começou assim a preparar a Agenda para a Inovação 2030, que deverá estar concluída dentro de seis meses. O objetivo da Agenda para a Inovação dar coerência e interligar grandes investimentos que estão assegurados e ainda identificar e projetar novos investimentos, no Quadro de Inovação e Desenvolvimento Sustentado.
Assim, este deverá ser um documento abrangente e aberto à participação de todos, entre técnicos, especialistas, cidadãos e instituições. “Queremos que a Agenda 2030 seja um mecanismo de democracia participativa, onde todos os vianenses participem na construção de um futuro comum”, reforçou o autarca.
Por isso, a Agenda deverá refletir a visão das escolas, das empresas e das instituições do concelho sobre o nosso futuro coletivo. O documento será criado tendo por base uma metodologia participativa, que incluirá um inquérito em formato infomail/ RSF, que será enviado a todas as habitações no mês de setembro, convidando os vianenses a darem a sua opinião e remetê-la ao Grupo de Trabalho. Será lançada, neste mês de agosto, uma plataforma online com informação e inquérito online, com a possibilidade de envio de documentos de interesse para a Agenda.