O selecionador português de andebol estabeleceu hoje o objetivo de “ganhar uma medalha” no Mundial2021, a disputar no Egito, pedindo ambição aos jogadores da ‘equipa das quinas’ numa prova em que não marca presença desde 2003.
Paulo Pereira falou durante último painel do primeiro dia do Odivelas Sports Summit, conferência organizada pelo Instituto Português do Desporto e Juventude e pela autarquia do distrito de Lisboa, e não hesitou em assumir uma fasquia que o próprio considerou “ambiciosa”.
“O nosso objetivo é ganhar uma medalha no Mundial. Se formos realistas, não nos mexemos, por isso temos de ser ambiciosos”, disparou o técnico que conduziu a seleção ao sexto lugar no Europeu deste ano.
O selecionador partilhava o painel com os homólogos do hóquei em patins e do voleibol e arrancou rasgados elogios de Renato Garrido, técnico que no ano reconduziu a seleção lusa de hóquei em patins ao título mundial ao fim de 16 anos.
“É por isso que simpatizo com o Paulo [Pereira], por esta forma de encarar uma realidade que sei bem que é diferente da minha. Isto é transmitir aos atletas ambição e querer. É isto que admiro nos treinadores portugueses, esta bravura. Porque havemos de ser menos do que os outros? Realistas, sim, mas porquê menos?”, interrompeu Renato Garrido.
Portugal garantiu a presença no Mundial de andebol de 2021, 18 anos depois de ter sido anfitrião da edição de 2003, ao beneficiar do sexto lugar alcançado no Europeu de 2020 e depois de a federação europeia ter anulado o ‘play-off’ previsto para julho, devido à pandemia de covid-19. Com base na classificação final do Europeu de 2020, estão apuradas para a fase final do Mundial de 2021 as seleções da Eslovénia, Alemanha, Portugal, Suécia, Áustria, Hungria, Bielorrússia, Islândia, República Checa e França, que se juntam, no Egito, à campeã Dinamarca, à Espanha, Croácia e Noruega, já qualificada