Segundo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) são já são mais de 330 as escolas em que se confirmaram existir casos de covid-19. A associação sindical vai mais longe e acusa o Ministério da Educação de “esconder informação” solicitada a esse propósito.
Os procedimentos, segundo a Fenprof, “continuam a variar muito” de escola para escola e os testes continuam “a não ser opção generalizada”, enquanto crescem os números de alunos e profissionais em quarentena.
“Em pouco mais de uma semana, o número de escolas que a Fenprof confirmou como já tendo tido caso(s) de covid-19 quase triplicou”, afirma a estrutura sindical, revelando uma lista de estabelecimentos, que está a atualizar com regularidade.
De acordo com a federação, há ainda um número significativo em fase de confirmação, na sequência de informações que, constantemente, está a receber.
Face ao número crescente de casos, os professores estão a ser autorizados a exercer a atividade em teletrabalho, o que para a Fenprof não é a solução ideal, mas justifica-se no atual contexto.
A Fenprof alegou ainda, em comunicado, que para o aumento de casos nas escolas, que também se repercute na comunidade, está a contribuir “a não realização de testes” na maioria das escolas em que são detetadas infeções.
“Além disso, estão a ser adotados procedimentos que são contrários às recomendações da Direção-Geral da Saúde e fazem aumentar, ainda mais, o risco”, defendeu a Fenprof, exemplificando que há escolas com turmas colocadas em quarentena, mas com os professores a darem aulas a outros alunos.
A estrutura sindical mantém a intenção de recorrer aos tribunais, a partir do dia 22, se o Ministério continuar a não responder ao pedido de informação que lhe endereçou a 8 de outubro sobre as escolas com casos de covid-19.