O Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP (SNCC/PSP) defendeu hoje que é urgente promover mais de 500 chefes que nas esquadras e divisões estão a desempenhar funções em postos inferiores.
Num documento entregue ao diretor nacional da Polícia de Segurança Pública e ao Ministério da Administração Interna, o sindicato considera que existe “a necessidade urgente de promover um conjunto significativo de chefes na PSP”, frisando que esta carreira está estagnada.
O presidente do SNCC/PSP, Carlos Meireles, disse à agência Lusa que foi feito um levantamento nas esquadras e divisões e concluiu-se que devem ser feitas 509 promoções de chefes para o posto de chefe principal e chefe coordenador, ficando de fora os que trabalham na direção nacional, escola de polícia e Unidade Especial de Polícia.
Carlos Meireles explicou que há muitos chefes que estão no primeiro posto a desempenhar nas esquadras funções que devem ser exercidas por chefes principais e chefes coordenadores, defendendo por isso um quadro organizativo que defina quem devem ocupar os cargos na PSP.
Segundo o sindicato, há cerca de dois anos que não são abertas promoções para a carreira de chefe e quando tal acontece é em “números residuais”.
O sindicalista afirmou também que há 1.800 chefes que estão no primeiro posto há 30 anos, sem nunca terem sido promovidos.
O presidente do sindicato que representa a carreira de chefes na polícia avançou que na próxima quinta-feira vão ser retomadas as reuniões de negociação com a tutela, que tinham sido interrompidas em março de 2020 devido à pandemia de covid-19.
De acordo com Carlos Meireles, o assunto em agenda da reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, é sobre higiene e segurança no trabalho.
O mesmo responsável lamentou que não esteja na ordem de trabalho a revisão dos suplementos e a atribuição do subsídio de risco, mas sublinhou que os sindicatos da PSP vão abordar esta questão.
Carlos Meireles afirmou que a atribuição do subsídio de risco está prevista no Orçamento do Estado deste ano, devendo por isso iniciar-se as negociações o mais urgente possível porque pode “perder-se a oportunidade”.
Além do sindicato dos chefes, vão estar na reunião de quinta-feira com o secretário outras cinco estruturas sindicais da PSP.