Terça-feira, Dezembro 3, 2024

Ano 115- Nº 4979

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Na China bastam cinco casos positivos ao covid-19 para que mais de 2 milhões façam teste

Bastou o registo de cinco novos casos positivos de covid-19 na cidade de Tianjin para que as autoridades chinesas prontamente testassem 2,2 milhões de cidadãos. Testar e impor confinamentos parece ser a estratégia chinesa, com a qual as autoridades chinesas conseguem controlar a pandemia e ter baixos números de contágios.

Depois de vários políticos, e de uma alargada opinião pública, lançar dúvidas sobre o aparecimento do novo corona vírus, desde acidente até estratégia chinesa, o ocidente olha com surpresa para os números de contágio registados na China nos dias de hoje.

Enquanto a pandemia se alastra pelo mundo, e já numa segunda vaga, a China continua com números baixos de contágio, que poderão ser maioritariamente fruto da testagem em massa e a imposição do confinamento da população.

Só na semana passada, na cidade de Tianjin, as autoridades de saúde chinesas realizaram mais de 2,2 milhões de testes no novo distrito de Binhai, depois de terem sido descobertos cinco casos de transmissão local.

As autoridades chinesas possuem já um conhecimento alargado do vírus e não hesitam em confinar e testar a população, o que poderá ter sido determinante para conter a pandemia.
Ao invés, o mundo ocidental tem dificuldade em confinar a população, já que tal representa um forte golpe na economia das nações.

Enquanto isso, a China continua a testar milhões de pessoas, a impor bloqueios e a fechar escolas depois de vários casos do novo coronavírus transmitidos localmente terem sido diagnosticados nos últimos dias, em três cidades.

À medida que as temperaturas caem, medidas em grande escala estão a ser implementadas nas cidades de Tianjin, Xangai e Manzhouli, apesar do baixo número de novos casos, em comparação com os Estados Unidos e vários países europeus.

Muitos especialistas e funcionários do Governo chinês alertaram que o vírus se alastra mais em climas frios. Os recentes surtos mostraram que existe o risco de o vírus retornar, apesar de ter sido amplamente controlado na China.

A Comissão Nacional de Saúde relatou dois novos casos transmitidos localmente em Xangai, nas últimas 24 horas, elevando o total para sete, desde sexta-feira.

A China registou 86.442 casos e 4.634 mortos desde que o vírus foi detetado pela primeira vez na cidade de Wuhan, no centro da China, no ano passado.

Os dois últimos casos confirmados em Xangai foram contactos próximos de um outro caso: um funcionário no aeroporto internacional de Pudong que foi diagnosticado com covid-19, no início de novembro.

No domingo, o aeroporto internacional de Pudong decidiu testar os seus funcionários, reunindo mais 17.719 amostras.

As autoridades preveem testar outras pessoas nas comunidades vizinhas, caso sejam detetados mais casos.

Vídeos nas redes sociais, supostamente de trabalhadores, mostraram o que pareciam ser cenas caóticas no aeroporto, enquanto estes recebiam ordens de última hora para serem testados.

Xangai tem sido mais seletivo com os testes em massa, visando pessoas associadas a um determinado local, em vez de distritos inteiros.

Em Tianjin, as autoridades realizaram mais de 2,2 milhões de testes no novo distrito de Binhai, depois de terem sido descobertos cinco casos de transmissão local, na semana passada.

Em Manzhouli, uma cidade com mais de 200.000 habitantes, as autoridades de saúde locais estão a testar todos os residentes, depois de terem sido diagnosticados dois casos, no sábado passado.

Eles encerraram todas as escolas e locais públicos e proibiram ajuntamentos, como banquetes.

A China tem recorrido a uma abordagem agressiva de cada vez que novos casos de transmissão local são encontrados, incluindo encerrar imediatamente escolas, isolar comunidades residenciais e bairros inteiros e fazer testes em massa.

As autoridades de Tianjin fecharam um jardim de infância e transferiram todos os professores, familiares e alunos para um espaço de quarentena centralizado.

A abordagem da China para controlar a pandemia foi criticada por ser draconiana. No início, o país isolou a cidade de Wuhan, onde os primeiros casos foram diagnosticados, durante mais de dois meses, para conter o vírus. As entradas e saídas foram interditadas e os moradores colocados em confinamento.

A China autoproclama a sua solução, no entanto, como uma lição a ser estudada por outros países.

“Em todo o mundo, apenas a China tem a capacidade de chegar a zero casos. Outros países não têm esta capacidade”, disse Zeng Guang, epidemiologista chefe do Centro Chinês para o Controlo e Prevenção de Doenças, durante um encontro com a imprensa, via ?online’.

“Chegar aos zero casos é realmente a forma economicamente mais eficaz de fazer a prevenção da epidemia”, explicou. “Usem mão mais pesada e cheguem aos zero casos, só então as pessoas se sentirão mais

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