Quinta-feira, Setembro 12, 2024

Ano 113 - Nº 4892

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InícioVALE DO LIMAPONTE DA BARCAJaime Ferreri a navegar nos "Mares de Magalhães"

Jaime Ferreri a navegar nos “Mares de Magalhães”

Fernão Magalhães voltou à Ribeira Lima, desta vez, pela mão de Jaime Ferreri que há 12 anos anda no seu encalce.

O escritor Jaime Ferreri fez a apresentação pública da sua mais recente obra intitulada “Os Mares e os céus de Magalhães”.

A sessão de apresentação decorreu ontem, dia 16 de fevereiro, no Auditório da Câmara Municipal de Ponte de Lima, e, para além do autor, contou com a presença de Francisco Calheiros, que fez a apresentação da obra, Paulo Barreiras, Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Ponte de Lima (CMPL) e Ana Carneiro, Directora da Biblioteca Municipal.

Fernando Calheiros começou por descrever alguns dos detalhes da vida de Fernão Magalhães e das suas aventuras em mares “nunca antes navegados”.

“Os Mares e os céus de Magalhães” é uma obra ficcionada, onde o autor desenrola um romance histórico à volta da figura de Fernão Magalhães e da circum-navegação.

O encanto que tem pelo navegador português fez com que o autor tenha dedicado 12 anos de pesquisas, que agora estão vertidas nesta obra.

Na sua intervenção Jaime Ferreri começou por afirmar que a obra em apreço não é “um livro de história, mas que apontem o primeiro dedo para dizer que não é um livro com história.”

Jaime Ferreri assegura que “nunca quis ser historiador. Eu sou romancista, se me é permitido apenas dizer que sou romancista.”

De qualquer modo, se por um lado o livro é um romance – e, por isso, portador de alguma fantasia-, por outro Jaime Ferreri imprime o rigor histórico dos documentos recolhidos no seu estudo.

Para distinguir a fantasia da realidade histórica, o autor usa o tipo itálico para a transcrição de documentos históricos.

Paulo Barreiras de Sousa, em representação da CMPL começou por agradecer “o contributo que o Professor Jaime Ferreri dá, não só à figura do Fernão Magalhães e à sua ligação a Ponte da Barca, mas também a todo o Vale do Lima e pelo contributo que certamente nos engrandece a todos”

O vereador da Cultura afirmou ainda “que esta é uma obra que deve ser reconhecida e valorizada por todos independentemente da interpretação que cada um faz sobre a obra”.

“Trabalhar sobre uma figura doze anos diz muito da paixão e do amor que o autor tem por Fernão Magalhães e certamente que todo os barquenses lhe estão reconhecidos, mas não só na Ribeira Lima como em Portugal e um pouco por todo o mundo”, assegurou.

Ao encerrar a sessão Paulo Barreiras disse estar convicto de que “o estudo prolongado sobre uma das grandes figuras que marcam a história portuguesa é também um acrescentar de valor para o nosso território. Não só sobre o passado, mas que acrescenta valor para contar histórias para as próximas gerações.

Esta obra enriquece-nos a todos, mas é importante que tenhamos a consciência de que ao falarmos numa figura global em termos de conhecimento do mundo, é importante ter a coragem e a liberdade para confrontar muitos historiadores que têm a sua interpretação da história, da visão sobre a história porque as fontes ao longo do tempo alteram-se. A medida que vão surgindo, as novas fontes enriquecem a interpretação que temos sobre uma determinada figura ou sobre a história.

 

 

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