
Vários concelhos galegos intensificaram esta semana sua onda de solidariedade institucional com a Palestina, aprovando moções e realizando ações simbólicas que pressionam por medidas concretas além do reconhecimento diplomático do Estado Palestino por parte de Espanha.
Este movimento, coordenado em parte pela Federación Galega de Municipios e Provincias e liderado por forças de esquerda e nacionalistas, manifesta-se através de minutos de silêncio, concentrações públicas e moções que condenam a ofensiva israelita em Gaza e exigem um cessar-fogo imediato.
A vaga de ações tornou-se visível em concelhos como Allariz, onde a câmara municipal guardou um minuto de silêncio em resposta a uma convocatória da FEGAMP, num gesto descrito pela autarquia como um compromisso com a paz, os direitos humanos e o fim da violência. Em Tui, a mobilização foi mais além, com o próprio concelho a convocar uma concentração na praça do edifício municipal. No ato, o alcalde, Enrique Cabaleiro, classificou a situação em Gaza como genocídio e expressou o desejo de que estas pequenas mostras de solidariedade sirvam para obrigar a parar esta barbárie. Foi ainda lido um manifesto que exigia explicitamente um cessar-fogo imediato e sustentado e o fim do bloqueio humanitário a Gaza.
Este ativismo político local, que também se estende a concelhos como Entrimo, que publicamente apoiou a causa, representa uma pressão descentralizada que visa manter o tema na agenda política.
As moções, muitas vezes aprovadas com os votos contra do PP e de Vox, que as consideram alheias às competências municipais, refletem a forte mobilização da sociedade civil galega.