Terça-feira, Dezembro 3, 2024

Ano 115- Nº 4979

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MÚSICA | “Esta noite sai a ronda” …com cheiro a rosmaninho.

Os SEIVA lançaram este mês o seu novo single Esta noite sai a ronda está já disponível em todas as plataformas digitais.

Este é o segundo tema de avanço para aquele que será um novo álbum a editar este ano pelo grupo.

Mas afinal o que é uma “ronda”? Joana Negrão, um dos elementos femininos dos SEIVA explica-nos que “(a ronda) são grupos de homens que saíam pela aldeia a tocar e a cantar e que iam também às portas das raparigas que queriam cortejar. É uma canção tradicional que ouvimos pela voz da Catarina Chitas, uma cantadeira de Penha Garcia, na Beira-Baixa“.

Este trio de músicos [Joana Negrão, Rita Nóvoa e Vasco Ribeiro Casais] que como SEIVA existem há 7 anos tocam música folk mas mais numa perspetiva feminina “vamos buscar muita inspiração às mulheres tanto nas canções tradicionais como nas originais. Nas tradicionais gostamos muito das que evocam entidades divinas femininas, normalmente cantadas pelas mulheres que procuram consolo e força, e nos dão força também a nós. Também gostamos dos embalos, das canções de trabalho e as de festa cantadas por mulheres, como o S. João que temos neste disco e que fala sobre o desejo de ir à festa sem a autorização do marido”, diz-nos Joana Negrão.

Esta noite sai a ronda é o segundo single de um novo álbum a sair em 2021 (o primeiro foi Virgem da Consolação). Perguntamos a Joana Negrão qual a diferença em termos de som deste novo álbum em relação a SEIVA de 2015. A música explica-nos que “no primeiro disco ainda nos sentíamos muito divididos entre as criações originais e as canções tradicionais que tínhamos escolhido. Neste disco continuamos no mesmo caminho, o de ir buscar canções de tradição oral portuguesa mas já conseguimos que as músicas originais e as tradicionais se encontrem e façam sentido juntas. É no fundo, conseguir criar canções no século XXI, com instrumentos tradicionais portugueses (Braguesa, Gaitas-de-fole, Adufes, Cavaquinho, Bombos) com a sonoridade de hoje, amplificada e elétrica, mas que poderiam ser danças e romances do século passado numa qualquer aldeia.

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