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Ordem dos Enfermeiros avisa que novos estatutos podem ameaçar qualidade dos cuidados de saúde

A Ordem dos Enfermeiros avisou hoje que os estatutos aprovados na sexta-feira pelo parlamento “podem colocar em causa a qualidade da prestação de cuidados de saúde”, pedindo que se inicie, de imediato, nova revisão da lei.

“Lamentamos que, apesar do veto do senhor Presidente da República e dos nossos alertas sucessivos para os problemas e erros, o diploma tenha sido aprovado sem as alterações que se impunham”, afirmou o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Luís Filipe Barreira, em comunicado hoje divulgado.

“Não existe um único motivo que justifique esta atuação. Em alguns pontos, estamos mesmo a inviabilizar a qualidade na prestação de cuidados de saúde, o que é incompreensível”, alertou.

De acordo com Luís Filipe Barreira, o diploma aprovado coloca em causa a integridade da prestação de cuidados de saúde quando “permite a utilização ou transferência de práticas, técnicas e competências próprias da profissão a profissionais não-enfermeiros, ou quando se restringe a competência de prescrição dos enfermeiros, não se prevendo que os atos da profissão são exclusivos dos enfermeiros”.

Segundo o bastonário, se “o bom senso imperar na próxima legislatura”, deverá ser iniciada, de imediato, uma nova revisão da lei.

Uma revisão “que não esteja sujeita a agendas políticas, com o tempo e tranquilidade necessários a acautelar a autonomia da Ordem, e, sobretudo, adequada a proteger os beneficiários dos cuidados de saúde prestados pelos enfermeiros”, defendeu.

Os estatutos da Ordem dos Enfermeiros foram aprovados na sexta-feira pela maioria socialista no parlamento apesar de terem sido vetados pelo Presidente em dezembro passado.

A votação ocorreu depois de os documentos relativos à alteração dos estatutos terem sido reapreciados, na quarta-feira, na Assembleia da República.

O diploma já tinha sido aprovado pelo PS em outubro, mas Marcelo Rebelo de Sousa vetou-o depois de ouvir o bastonário, considerando que não estava assegurada “a desejável complementaridade funcional das profissões de saúde, devendo as práticas ser exercidas em complementaridade no superior interesse dos beneficiários dos cuidados, sem haver prestação de cuidados de uma forma compartimentada”.

No comunicado hoje divulgado, o bastonário dos enfermeiros refere ainda que a confirmação da revisão dos estatutos da Ordem “põe em causa a autonomia, prevista constitucionalmente, da instituição”.

“Não se compreende a ausência de órgãos técnicos no elenco dos órgãos da Ordem”, afirmou, acrescentando que “esses órgãos têm uma importância significativa na evolução da especialização dos cuidados de enfermagem, bem como na criação das áreas de especialidade”.

Além disso, adiantou, a falta dos órgãos técnicos “não só causa uma discriminação negativa da Ordem dos Enfermeiros relativamente às associações públicas profissionais de outras áreas da saúde, onde aqueles órgãos se encontram expressamente previstos, como dificulta, de forma inaceitável, a evolução da especialização na prestação de cuidados de saúde”.

Descentralização é positiva mas precisa de ajustes – autarca de Viana do Castelo

O presidente da Câmara de Viana do Castelo classificou hoje de positivo o processo de transferência de competências da administração central para os municípios de Portugal continental, mas admitiu a necessidade de ajustes devido ao “centralismo cristalizado” do país.
“Na minha perspetiva, o processo é positivo, com necessidade de reajustes (…) Não se implementa um processo de descentralização com esta complexidade com um centralismo cristalizado como está o do nosso país de um momento para o outro”, afirmou hoje Luís Nobre.
Questionado pela agência Lusa sobre o alerta, esta semana, do Tribunal de Contas (TdC) para a existência de “muitas fragilidades” na transferência de competências, inclusive a falta de “mecanismos estáveis e transparentes de financiamento”, o autarca socialista disse tratar-se de “um processo gradual que tem de evoluir, com necessidade de reajustamentos, mas que tinha de ser iniciado”.
“Tudo o que é novo implica dificuldades na sua implementação, e nós temos percorrido esse processo de descentralização na educação, com correções e melhorias, com ganhos efetivos de proximidade que hoje são reconhecidos”, sustentou.
Para Luís Nobre, a atuação do Governo tem sido positiva ao promover “um diálogo consistente com cada município, e por áreas”.
“Havia divergências na área educação e cuidaram, havia na área social, cuidaram, na área saúde e estão a cuidar. Ao alargar temporalmente e ao tentar ultrapassar todas as dificuldades que têm emergido, naturalmente arrasta-se o processo. Não é positivo. O ideal era ter-se cumprido o calendário que estava inicialmente previsto, mas o que interessa é fazer bem. Acho que é o que está a ser procurado”, sublinhou.
Apontou como exemplo a área da educação, referindo que “os municípios garantiram a requalificação de 450 escolas”.
“Fizeram essa reivindicação, o Governo foi sensível, estudou o modelo de financiamento e conseguiu. Por essa via, em Viana do Castelo garantimos financiamento para intervenções nas escolas da Abelheira, Pedro Barbosa, Lanheses, Castelo de Neiva”, observou.
Além da educação, referiu o percurso na transferência de competências na área social.
“Estamos num processo de aprendizagem, mas do que fizemos até ao momento há ganhos para a qualidade do serviço e as respostas que são dadas a quem necessita. Não passamos pelo processo de descentralização na área da saúde, mas avançamos. Estamos a concluir a construção da Unidade de Saúde Familiar (USF) da Meadela, recebemos as propostas do procedimento concursal do centro de saúde de Alvarães. Não temos descentralização, mas sentimos que os municípios, pela sua proximidade, podem fazer muito”, adiantou.
“A implementação do processo foi afetada pela [pandemia] covid-19, que monopolizou atenções e recursos da administração central e dos municípios, mas outras dificuldades resultaram de insuficiências na fundamentação e planeamento”, indicou o TdC, num relatório sobre a transferência de competências para os municípios, com base em dados de janeiro de 2019 a setembro de 2022.
Segundo o relatório da instituição que fiscaliza a legalidade e regularidade das receitas e das despesas públicas em Portugal, “não se encontra evidência da existência de estudos atualizados que permitissem identificar os domínios a descentralizar”, bem como a estimativa dos ganhos de eficiência e os critérios de apuramento dos montantes a integrar no Fundo de Financiamento da Descentralização (FFD).
O processo de transferência de competências da administração central para os 278 municípios de Portugal continental começou no final da década de 1990, tendo-se iniciado um novo ciclo em 2018, com a lei n.º 50/2018, em que “são elencados 23 domínios de competências a transferir”, com áreas de grande dimensão estratégica e financeira, como educação, saúde e ação social, mas também áreas mais específicas em que a gestão pode ser potenciada localmente, como as praias, a habitação e as áreas portuárias, referiu o TdC.
O processo de transferência estava previsto decorrer de forma gradual entre janeiro de 2019 e janeiro de 2021, mas os prazos “foram largamente ultrapassados”, designadamente na educação e saúde foram prorrogados até março de 2022.
Contudo, a transferência nessas duas áreas só avançou com a celebração de acordos com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), em julho de 2022, e na ação social foi adiado até abril de 2023.

Centro de alojamento temporário concluído no terceiro trimestre

O Centro de Alojamento Temporário (CAT) de Monção, em construção, vai estar concluído no terceiro trimestre do ano, num investimento de mais de 131 mil euros, para responder às necessidades de pessoas mais vulneráveis, foi hoje divulgado.
Em comunicado, a autarquia do distrito de Viana do Castelo, adiantou que o CAT, orçado em 131.981,89 euros, é cofinanciado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito do Programa “Recuperar Portugal”, inserido na Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário (BNAUT).
Do investimento total, a Câmara Municipal de Monção comparticipa com 25 mil euros.
O CAT, que resulta de uma candidatura da Junta de Freguesia de Cambeses, onde está a ser construído, “destina-se a albergar pessoas mais vulneráveis e com necessidade urgente e temporária de habitação (sem-abrigo, imigrantes, vítimas de violência doméstica) ou famílias afetadas por acontecimentos inesperados ou imprevisíveis (catástrofes naturais, incêndios ou pandemias)”.

Projeto quer criar condições para a recuperação do lobo e do lince ibéricos

Um projeto transfronteiriço, a desenvolver durante cinco anos, nos distritos de Castelo Branco, da Guarda e na província de Cáceres, em Espanha, pretende criar condições para a recuperação do lobo e do lince ibéricos nesta área.
“O projeto LIFE LUPI LYNX tem como objetivo melhorar as condições sociais e ecológicas que permitam a recuperação destas duas espécies ameaçadas da fauna portuguesa”, informou hoje a Rewilding Portugal, entidade coordenadora do programa que reúne sete entidades portuguesas e duas espanholas.
A intenção passa por promover medidas, a sul do rio Douro, em áreas onde as duas espécies começam a surgir ou têm ainda uma presença irregular.
Em comunicado enviado à agência Lusa a Rewilding Portugal, que inicia este mês o projeto que dá continuidade “e permite expandir o trabalho desenvolvido” no âmbito do LIFE WolFlux, adiantou que a área de intervenção abrange cerca de 17 mil hectares em Portugal e Espanha.
“O trabalho à escala transfronteiriça permitirá conseguir melhores resultados, mais abrangentes e com maior impacto no futuro do lobo e do lince ibéricos, duas espécies-chave”, frisou a entidade coordenadora do projeto, na mesma nota.
O aumento da abundância de presas silvestres e o restauro do habitat são duas das medidas a implementar a nível ecológico, assim como a promoção de uma coexistência pacífica com as comunidades humanas locais, aumentando as ferramentas de prevenção dos ataques ao gado, para evitar potenciais conflitos.
A aposta em atividades económicas que incentivem o respeito pela paisagem e pela biodiversidade é outro dos objetivos, tal como “a troca de conhecimentos e a capacidade dos atores locais na prevenção de danos ao gado e na deteção de crimes ambientais”.
Segundo a Rewilding Portugal, os objetivos do projeto são “abrangentes e multidisciplinares”, com o foco em resultados como “a melhoria do quadro legal relativo à utilização de cães de proteção de gado, a melhoria do habitat e o aumento da disponibilidade de presas, quer para o lobo, quer para o lince”.
A utilização de boas práticas em mais de uma dezena de propriedades privadas, o aumento da utilização de medidas de prevenção de danos no gado, nomeadamente de cães de proteção de gado e de vedações, estão também no horizonte.
Outros resultados a alcançar são o estabelecimento de parcerias com centros de recuperação de fauna silvestre e laboratórios de análises toxicológicas, o apoio e promoção do turismo de natureza sustentável em terras de lobo e de lince e a realização de sessões participativas com agentes do território para encontrar soluções positivas que compatibilizem as atividades humanas com a presença destes predadores, salienta a organização de conservação da natureza.
A realização de programas de educação ambiental destinados a crianças e jovens estão também contemplados no programa.
O orçamento do projeto LIFE LUPI LYNX ronda os 3,5 milhões de euros.

GNR deteve 1.492 pessoas e multou 33.175 condutores na operação “Natal e Ano Novo”

A GNR deteve 1.492 pessoas, a maior parte por excesso de álcool, e multou 33.175 condutores durante a operação “Natal e Ano Novo 2023/2024”, que decorreu entre 15 de dezembro e 02 de janeiro, indicou hoje a corporação.
Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana refere que, durante a operação, foram detidos 865 condutores por excesso de álcool e 402 por conduzirem sem habilitação legal, além das 84 detenções por tráfico de droga, 42 por posse ilegal de armas ou armas proibidas, 89 por furto e 11 por roubo.
Aquela força de segurança dá também conta de que, entre 15 de dezembro e 02 de janeiro, foram fiscalizados 152.639 condutores e detetadas 33.175 infrações, 8.083 das quais por excesso de velocidade, 998 por excesso de álcool, 1.097 por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança ou sistema de retenção para crianças, 814 por uso do telemóvel durante a condução, 2.910 por falta de inspeção periódica obrigatória e 1.022 por falta de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
A GNR indica que reforçou, durante a operação “Natal e Ano Novo 2023”, as ações de patrulhamento, sensibilização e fiscalização com o objetivo de combater a criminalidade e diminuir a sinistralidade rodoviária durante as festividades.
Nos 19 dias da operação, os militares daquela força de segurança realizaram igualmente 796 ações de sensibilização no âmbito do comércio seguro, abrangendo 12.127 comerciantes, e 655 ações de sensibilização junto de idosos, tendo visitado 8.232.
No âmbito do controlo costeiro e fronteiras marítimas, a GNR fiscalizou 947 embarcações, controlou 109.975 passageiros do espaço Schengen e 2.065 passageiros controlados fora do espaço Schengen, detetou 549 contraordenações e apreendeu cerca de 323.686 euros em mercadoria.
A GNR registou ainda, entre 15 de dezembro e 02 de janeiro, 4.286 acidentes, dos quais resultaram 24 vítimas mortais, 97 feridos graves e 1 234 feridos ligeiros.

Nova zona empresarial de Melgaço representa investimento de 2,7 ME

A Zona Empresarial de Alvaredo (ZEA), em Melgaço, que representa um investimento de 2,7 milhões de euros cofinanciado por fundos comunitários, vai ser inaugurada na terça-feira, revelou hoje a autarquia.
Numa nota de imprensa, aquela câmara do distrito de Viana do Castelo indica que o projeto engloba mais de 35 mil metros quadrados destinados a cinco lotes e foi cofinanciado em 1,5 milhões de euros pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no âmbito do Programa Operacional Regional Norte2020.
Também na terça-feira, vai ser lançado o projeto de conceção e execução da Área de Acolhimento Empresarial (AAE) de Nova Geração, uma candidatura de 13 milhões de euros ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que pretende dotar as duas zonas industriais do concelho de “condições energéticas e tecnológicas de excelência”.
“O objetivo principal deste projeto é a requalificação da Zona Industrial de Penso (ZIP), através da criação de espaços de demonstração, posicionando Melgaço na linha da frente em termos de competitividade no acolhimento empresarial, alinhando-se com as novas agendas climáticas e digitais”, descreve o município.
De acordo com a Câmara de Melgaço, o projeto beneficiará também a ZEA, na expectativa de que, até 2026, o concelho reforce “a competitividade territorial e promova a atração e fixação de empresas no concelho, contribuindo para o aumento da empregabilidade”.
“Aumentar a resiliência económica, social e institucional, inclusive com vista ao aumento da capacidade de reação e preparação para crises” é outro dos objetivos.
O projeto pretende ainda “afirmar políticas para a próxima geração, crianças e jovens, incluindo educação e competências”.
Quanto à ZEA, a primeira fase está concluída, “estando os lotes em fase de atribuição”.
A segunda fase da obra tem finalizado o processo de Declaração de Utilidade Pública (DUP).
“O processo da ZEA remonta a 2013, aquando da revisão do PDM [Plano Diretor Municipal] que definiu esta zona como área industrial, tendo Melgaço, em 2018, avançado com o projeto global da zona industrial e de execução da 1ª fase de obra em 2021 e que agora será inaugurada”, indica a autarquia.
“Temos trabalhado por um Melgaço mais competitivo e mais dinâmico, com o propósito de o posicionar enquanto território empresarialmente atrativo no contexto Galiza-Norte de Portugal”, destaca o presidente da câmara, Manoel Batista, citado no comunicado.
Para o autarca, “todos os melgacenses sairão a ganhar” com o projeto, “na medida em que a criação deste complexo criará riqueza e dinamismo para o território”.

Deco alerta para a “elevada discrepância” do valor da água entre os municípios

As tarifas do serviço de água e saneamento continuam com elevada discrepância entre os municípios, segundo um estudo da Deco Proteste, que defende a urgência de uma regulação tarifária e de um investimento na reabilitação de infraestruturas.
Numa nota sobre o estudo, revelado na revista Proteste de dezembro, a associação de defesa do consumidor Deco alerta que as diferenças de preços entre concelhos na fatura global ultrapassam os 376 euros.
“Há mais de uma década que a Deco PROTeste alerta para a disfunção provocada pelas disparidades de preços dos serviços de água e saneamento no território nacional”, lê-se na nota, na qual a associação exige “urgência no regulamento tarifário por via legislativa”.
A Deco Proteste insiste também no “urgente investimento na reabilitação de infraestruturas”, afirmando que, “caso não aconteça, agravará o já atual desperdício de 180 milhões de metros cúbicos de água por ano em Portugal”.
Segundo a associação, em 2023, os municípios de Amarante (distrito do Porto) e o do Fundão (distrito de Castelo Branco) foram os que registaram a fatura mais elevada nos consumos de 120 e 180 m3 de água.
No caso dos 120 m3 de água, os cinco municípios de Portugal onde as tarifas são mais elevadas anualmente são os de Amarante (470,13 euros), Oliveira de Azeméis (468,68 euros), Trofa (467,25), Baião (453,32 euros) e Celorico de Basto (451,10 euros).
Já no consumo anual de 180 m3, os cinco concelhos com tarifa mais elevada é o Fundão (751,64 euros), Oliveira de Azeméis (684,10 euros), Santa Maria da Feira (682,82 euros), Celorico de Basto (668,91 euros) e Covilhã (666 euros).
“Através de uma análise nacional, a Deco PROTeste conclui que a dispersão tarifária é muito elevada para 120 m3, agravando o intervalo de diferença para aumentos de consumo de 180 m3. Em Portugal continental, os serviços de abastecimento, saneamento e resíduos sólidos atingem uma diferença de 376,04 euros na fatura global entre concelhos para o mesmo consumo de 120 m3 anuais”, conclui a associação.
No caso do consumo anual de 180 m3, a disparidade entre concelhos com a fatura global mais baixa e mais alta intensifica para 625,73 euros.
No que diz respeito ao serviço de saneamento, o estudo da Deco indica que este apresenta diferenças de 172 euros e de 332,40 euros entre concelhos com tarifários mais baixo e mais alto, respetivamente para consumos de 120 m3 e 180 m3.
Além de defender a regulação do tarifário e o investimento na reabilitação de infraestruturas, a DECO considera ainda “decisivo que a aplicação da tarifa social seja extensível e automática para as três componentes da fatura (abastecimento, saneamento e resíduos sólidos urbanos”.
A Deco disponibiliza uma ferramenta ‘online’ no Portal da Sustentabilidade com a comparação das tarifas e informação que visa responder às questões dos consumidores dos 308 municípios portugueses, em https://www.deco.proteste.pt/sustentabilidade/fatura-agua.

Governo reconhece relevante interesse público de nova ponte em Viana do Castelo

O Governo reconheceu como ação de relevante interesse público o projeto de uma nova ponte sobre o rio Lima para viabilizar a construção em áreas de Reserva Ecológica Nacional (REN), refere o despacho publicado hoje em Diário da República.
Segundo o despacho, o reconhecimento de relevante interesse público foi proposto pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), ao abrigo do regime jurídico da REN, condicionado ao cumprimento dos pareceres emitidos pelas entidades consultadas e à implementação das medidas de minimização constantes do projeto.
De acordo com o “parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), o projeto é compatível com o Plano Diretor Municipal (PDM) de Viana do Castelo e, face à sua natureza, não existe alternativa de localização que não afete solos integrados em REN”.
No despacho, os secretários de Estado Adjunto e das Infraestruturas, da Conservação da Natureza e Florestas e da Administração Local e Ordenamento do Território determinam que a construção da nova travessia, entre a Estrada Nacional (EN) 203, na freguesia de Deocriste e a EN 202, em Nogueira, utilize uma área de 45.347 metros, integrada na REN, “condicionado à implementação das medidas de minimização constantes do projeto e ao cumprimento das medidas e pareceres das entidades consultadas e das demais normas legais e regulamentares aplicáveis”.
O projeto recolheu ainda pareceres favoráveis condicionados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Autoridade Marítima Nacional (AMN), Infraestruturas de Portugal (IP) e Entidade Regional da Reserva Agrícola do Norte (ERRAN).
Em maio de 2023, sob proposta da Câmara, a Assembleia Municipal de Viana do Castelo deliberou, por maioria, reconhecer o interesse público municipal da construção da nova ponte.
Em novembro, a Câmara de Viana do Castelo apontou para abril de 2024 o início da construção da quarta ponte sobre o rio Lima, num investimento estimado entre os 22 e os 23 milhões de euros.
Segundo a autarquia, a nova infraestrutura vai iniciar-se na EN 202, junto ao campo de futebol da Torre, com a reformulação da interceção giratória de acesso à área de localização empresarial de Nogueira e à autoestrada 27 (A27), no sentido Viana do Castelo – Ponte de Lima.
A “travessia desenvolve-se na maior parte do percurso em tabuleiro de betão pré-esforçado, numa estrutura que permite minimizar os impactos na galeria ripícola e habitats incluídos na Rede Natura 2000”.
A via termina na interceção giratória da EN 203, zona industrial de Deocriste, junto à empresa de produção de papel DS Smith (antiga Portucel), permitindo desviar o tráfego de viaturas pesadas da estrada nacional, que tem sofrido com o aumento pela crescente atividade industrial deste complexo.
A “nova via irá dotar de segurança rodoviária e fomentar a competitividade empresarial das cinco freguesias, que representam 30% do tecido empresarial do concelho”, e permitirá uma “ligação rodoviária rápida e segura, que fomentará o desenvolvimento socioeconómico da região e acrescenta o seu contributo no panorama nacional, melhorando também os indicadores ambientais”.

Sete distritos do continente sob aviso amarelo devido à agitação marítima

Sete distritos do continente estão hoje e quinta-feira sob aviso amarelo devido à previsão de agitação marítima forte, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Os distritos do Porto, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar sob aviso amarelo devido à previsão de ondas de noroeste com 4 a 5 metros entre as 12:00 de hoje e as 00:00 de quinta-feira.
Devido à chuva, que pode ser forte, o IPMA colocou também o distrito de Coimbra, até às 09:00 de hoje, e Setúbal e Évora, entre as 12:00 e as 18:00, sob aviso amarelo.
O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Por causa da agitação marítima, as barras de Caminha, Douro, Esposende, Vila Praia de Âncora, Póvoa do Varzim, Vila do Conde e Portinho da Ericeira estão fechadas a toda a navegação, segundo a Marinha Portuguesa e a Autoridade Marítima Nacional.
As barras de Aveiro e da Figueira da Foz estão condicionadas.
O IPMA prevê para hoje no continente céu geralmente muito nublado com períodos de chuva, que será por vezes forte, em especial no Norte e Centro até ao início da manhã e agitação marítima forte na costa ocidental.
As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 02 graus Celsius (em Bragança) e os 13 (em Faro e Évora) e as máximas entre os 12 (em Bragança) e os 19 (em Faro).

Valença Institui Conselho Municipal da Juventude

A Câmara Municipal de Valença procedeu à instalação do primeiro Conselho Municipal da Juventude, em 29 de dezembro, nos Paços do Concelho.
Pela primeira vez Valença tem um órgão consultivo, de apoio à gestão municipal, onde os jovens de Valença estarão representados e poderão apresentar um conjunto amplo de ideias.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Valença, José Manuel Carpinteira, “Valença precisa da participação cívica, já, dos nossos jovens, de hoje, na construção de uma sociedade inclusiva e de olhos virados para o futuro que rasgue horizontes de esperança para as novas gerações”.
Após a instalação da comissão verificou-se a eleição de dois secretários, eleição de um representante para o Conselho Municipal de Educação e análise de outros assuntos de interesse para o Município.
A presidência deste conselho compete ao Presidente da Câmara e a sua composição está alargada à sociedade civil, com representação de todas as entidades locais em que os jovens participam, desde as associações de jovens, associações de estudantes, juventudes partidárias, entre outras.
Entre as competências deste novo órgão consultivo do município encontram-se todas as matérias relacionadas com a política de juventude em Valença.
Em particular, compete a este órgão colaborar na definição e execução das políticas municipais de juventude, assegurar a audição e representação das entidades que prosseguem atribuições relativas à juventude, contribuir para o aprofundamento do conhecimento dos indicadores económicos, sociais e culturais relativos à juventude, promover a discussão das matérias relativas às aspirações e necessidades da população jovem, promover a divulgação de trabalhos de investigação relativos à juventude, promover iniciativas sobre a juventude, colaborar com os órgãos do município no exercício das competências destes relacionadas com a juventude, incentivar e apoiar a atividade associativa juvenil, assegurando a sua representação junto dos órgãos autárquicos, bem como junto de outras entidades públicas e privadas, nacionais ou estrangeiras e, ainda, promover a colaboração entre as associações juvenis no seu âmbito de atuação.

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