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Fernando Pimenta regressa às medalhas em Uzebequistão

Fernando Pimenta conquistou hoje a medalha de prata em K1 5000 metros dos Mundiais de canoagem de velocidade e assegurou o sexto ‘metal’ luso em Samarcanda, no Uzbequistão.

Tal como há um ano, nos Campeonatos do Mundo em Duisburgo, na Alemanha, o canoísta de Ponte de Lima ficou com o segundo posto, em 22.55,097 minutos, sendo novamente batido pelo dinamarquês Mads Brandt Pedersen, que revalidou o título mundial na distância, em 22.39,488.

No terceiro lugar do pódio ficou o sueco Joakim Lindberg, em 22.59,119 minutos, naquela que foi a última prova do programa dos Mundiais de canoagem de velocidade.

Poucas semanas após ter sido sexto na sua distância de eleição (K1 1000) nos Jogos Olímpicos Paris 2024, o campeão europeu de 5000 metros sai do Uzbequistão com três medalhas, duas de prata e uma de bronze.

O limiano, campeão mundial em 2017 e 2018, já tinha arrecadado hoje o segundo lugar em K1 500 e o terceiro em K4 500 misto, neste último juntamente com Teresa Portela, Messias Baptista e Francisca Laia.

Portugal encerra a sua participação nos Mundiais de canoagem de velocidade com seis medalhas, duas de ouro, três de prata e uma de bronze.

Além dos pódios em K1 500 masculino, K1 5000 masculino e K4 500 misto, conseguiu vencer as provas de K1 200 masculino, por Messias Baptista, e de K2 500, por Teresa Portela e Messias Baptista, tendo ainda conquistado a prata em K2 200 feminino, por Teresa Portela e Francisca Laia.

 

Gripe das Aves coloca sob restrições sanitárias Esposende, Viana do Castelo e Barcelos

A circulação de carne de aves de capoeira e ovos para consumo humano está, devido à gripe das aves, sob “restrição sanitária” em Viana do Castelo, Esposende e Barcelos, determinou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

Num edital consultado na página da Internet da DGAV, as proibições, que se aplicam a 26 freguesias e devem manter-se até 15 de setembro, foram aplicadas após ter sido detetada doença da gripe das aves numa exploração caseira de animais de capoeira, em Chafé, distrito de Viana do Castelo.

Entre as limitações impostas nas zonas colocadas sob proteção ou vigilância, encontra-se a circulação de aves, ovos, miudezas ou outros produtos à base da carne de “aves detidas e selvagens” detidas em estabelecimento, matadouro ou estabelecimentos de manipulação de caça ali localizados, descreve o edital da DGAV, datado de 14 de agosto.

Anha, Castelo do Neiva, Chafé e São Romão de Neiva foram as freguesias de Viana do Castelo colocadas “sob proteção”, ao passo que outras 13 freguesias daquele concelho ficaram “sob vigilância”, tal como cinco freguesias de Esposende e quatro de Barcelos (no distrito de Braga).

As freguesias de Viana do Castelo “sob vigilância” são Areosa, Santa Marta de Portuzelo, Vila Franca, Vila de Punhe, Barroselas e Carvoeiro, Mazarefes e Vila Fria, Santa Maria Maior e Monserrate e Meadela, Darque, Cardielos e Serreleis, Perre, Mujães, Subportela, Deocriste e Portela Susã, e Alvarães.

Em Esposende, as freguesias afetadas são Forjães, Esposende, Marinhas e Gandra, Antas, Belinho e Mar, e Vila Chã.

Em Barcelos, estão em causa as freguesias de Fragoso, Aldreu, Palme, Durrães e Tregosa.

As restrições, que são iguais para todas as freguesias, abrangem também a realização de “feiras, mercados, exposições e outros ajuntamentos de aves detidas”, bem como a “circulação de aves detidas para estabelecimentos” ali localizados; ou o “repovoamento de aves de espécies cinegéticas”.

Está também proibida a “circulação de ovos para incubação a partir de estabelecimentos” ali localizados e a “circulação de ovos para consumo humano a partir de estabelecimentos aí localizados”, a par da “circulação de subprodutos animais obtidos de aves detidas a partir de estabelecimentos” situados naquelas zonas.

“Em todas as circunstâncias, os detentores de aves de capoeira ficam obrigados a remeter as Informações Relativas à Cadeia Alimentar (IRCA) aos operadores de matadouros onde as mesmas serão abatidas, pelo menos 24 horas antes da chegada de animais no matadouro”, acrescenta a DGAV.

A proibição relativa às miudezas “não se aplica aos produtos tratados termicamente”, desde que seja cumprido o regulamento da União Europeia.

A DGAV esclarece que “a circulação de carne fresca de aves de capoeira, de produtos à base de carne de aves de capoeira e de ovos para consumo humano, em território nacional, de explorações situadas nas zonas de proteção e vigilância […] apenas pode ocorrer após aceitação pelo estabelecimento de destino”.

“Em Portugal, desde finais de julho de 2024 têm sido detetados vários casos de infeção por vírus da GAAP [Gripe Aviária de Alta Patogenicidade] do subtipo H5N1 em aves selvagens nas várias regiões do território do continente e a 14 de agosto confirmou-se esta doença em aves domésticas, nomeadamente numa exploração de detenção caseira de aves, localizada no concelho de Viana do Castelo”, lembra a DGAV.

Meios aéreos combatem incêndio em Geraz do Lima

Um incêndio “já considerável” está a arder desde as 14:16 na localidade de Geraz do Lima,  Viana do Castelo, estando a ser combatido por cinco meios aéreos e por 80 operacionais, disse fonte da Proteção Civil.

Segundo o Comando Sub-Regional do Alto Minho, o fogo “começou numa zona de eucaliptal”.

“O alerta foi dado às 14:16 e tem uma dimensão “já considerável”, disse.

A mesma fonte adiantou que “não há registo de feridos nem de habitações em risco”.

No local, estavam, cerca das 18:50, 80 operacionais, apoiados por 24 viaturas e cinco meios aéreos.

Atualizações:

22:55 horas  – O incêndio em Geraz do Lima continua ativo e a devastar uma área de eucaliptal.

No final do dia os cinco meios aéreos deixaram de operar, estando no momento 121 operacionais no terreno apoiados por 39 viaturas.

00:17 h – De acordo com fonte da Proteção Civil., o fogo, continua ativo numa zona de mato e eucaliptal, tem duas frentes dominadas e uma ainda ativa.

Não existem habitações em risco, e no local estão 41 viaturas de combate a incêndios e 125 operacionais.

 

Já há música no Taboão

O festival de música de Paredes de Coura, que hoje arrancou, tem passado, presente e, um futuro assegurado pela capacidade em se renovar e adaptar e, por ter a quem passar o testemunho, 30 anos depois.

João Carvalho é o rosto visível do Festival de Paredes de Coura.  Ao fim de 30 anos de festival, o courense diz continuar “maravilhado como se fosse a primeira edição”, realçando que “este ano o recinto vai estar completamente cheio e, com um ambiente fantástico”.

“Paredes de Coura é um laboratório musical. Muitas bandas passaram aqui pela primeira vez. Este ano advinha-se um grande futuro a tantas bandas”, apontando, entre outros, “os Fontaines D.C que, vão ser uma banda de estádio ou os Model/Atriz que vão agigantar-se”, referiu.

Entre os momentos mais emblemáticos dos 30 anos de história do festival recordou a edição de 2005 e os festivais durante o período da pandemia de covid-19.

“O festival de Paredes de Coura é uma história de amor sem fim (…) Serve para as pessoas se desligarem, saírem daqui mais amáveis. Esse é o meu desejo. Que saiam daqui mais compreensivas. O mundo está azedo, as pessoas estão sem grande paciência. Paredes de Coura dá sossego”, sublinhou.

Espera ser “um velho chato que ninguém atura” e poder programar o festival, mas não têm dúvidas que a passagem do testemunho está assegurada.

“Gostava que eu e os meus sócios passássemos [a organização do festival] aos nossos filhos. Todos temos filhos. Seria mais do que um negócio, um projeto de família”.

João Carvalho lembrou que o “festival nasceu sem fins mercantilistas, e que foram mais as edições com prejuízo, apesar do sucesso dos últimos anos.

“Todos nós [João Carvalho e os sócios] temos filhos que gostam de música. A minha filha já me dá sugestões e discutimos muito sobre música. Os filhos dos meus sócios também. Com a educação musical e, não só, que têm em casa, o futuro está assegurado”.

 

Homem ferido com gravidade em despiste de trator

Um homem de 75 anos ficou hoje ferido com gravidade após o despiste do trator em que seguia num terreno agrícola, disseram fontes da Proteção Civil.

O Comando sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Minho explicou que o homem que sofreu o acidente pelas 12:50 foi assistido no local e, depois, “transferido como ferido grave” para a Unidade de Saúde de Monção.

No local esteve uma viatura médica do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e uma ambulância de Suporte Imediato de Vida, bem como os bombeiros de Monção.

No total, estiveram no local 12 viaturas e cinco homens, segundo indicações da página da Proteção Civil nacional.

 

Princípio de incêndio em apartamento assusta residentes

Um princípio de incêndio deflagrou ao início da tarde de hoje num apartamento na Rua Agostinho José Taveira, em Ponte de Lima.

Eram cerca de 16 horas quando o alarme foi dado. Um residente no local saiu para o exterior a gritar e a pedir ajuda para que fossem chamados os bombeiros.

Acorreram de imediato ao local vários populares munidos de extintores que subiram ao segundo andar e debelaram o fogo.

Os Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima foram chamados ao local, tendo feito deslocar elementos da corporação em duas viaturas para procederam ao socorro.

Segundo conseguimos apurar o incêndio terá tido origem na cozinha, nomeadamente num exaustor de fumos, que, por razões desconhecidas, se terá incendiado.

Só faltou a fanfarra dos Bombeiros para receber Fernando Pimenta e Hélio Lucas

O Largo de Camões encheu-se hoje para receber o campeão Fernando Pimenta e o seu treinador, Hélio Lucas.

O apelo foi lançado pela irmã do atleta nas redes sociais, dando conta de que família e amigos próximos iriam receber Fernando Pimenta hoje, pelas 21 horas, em Ponte de Lima.
Depois de regressado de Paris, onde participou nos Jogos Olímpicos, e depois ter sido recebido no aeroporto por elementos da família e amigos, foi a vez dos limianos se juntarem, à noite, numa receção apoteótica a Fernando Pimenta e Hélio Lucas.

O Largo de Camões encheu-se de gente para homenagear o atleta e o seu treinador, que, desta vez, regressaram sem medalha.

Foi uma receção diferente, disse Fernando Pimenta. Sem medalhas, mas com toda a solidariedade e reconhecimento dos valores que aquela equipa representa para o mundo da canoagem, para Portugal e, muito particularmente, para Ponte de Lima.

Para além de inúmero público, dos homenageados e seus familiares, estiveram presentes Vasco Ferraz, presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima; Carlos Lago, vereador; João Mimoso, presidente da Assembleia Municipal de Ponte de Lima, entre outros.

Para animar estes momentos de homenagem estiveram presentes os Bombos de Cepões. Só faltou mesmo a Fanfarra dos Bombeiros de Ponte de Lima.

Hélio Lucas começou por agradecer em breves palavras a receção e todo o apoio manifestado.

“Felizmente são poucas as vezes que vimos sem conquistar nada”, disse o treinador, mas, “desta vez que nada trouxemos temos o carinho de todos vós”.

“Assim se vê a força de Ponte de Lima”, rematou.

Fernando Pimenta mostrou também o seu agradecimento à população limiana presente pela forma como foi recebido.

“Esta é das poucas vezes que chegamos aqui com as mãos vazias”, disse o atleta, referindo, de seguida, que teve uma sensação esquisita ao sair do avião. Uma sensação “a que não estava habituado, quase a procurar nos bolsos onde estava a medalha”.

O atleta limiano partilhou com os presentes as receções que teve em 2012, com a medalha de prata, em 2021 com a medalha de bronze, para, de seguida, sublinhar o seu apreço pela receção do dia de hoje. “Chegar aqui e sentir esta energia toda é muito reconfortante”.

Num momento menos bom da carreira, depois de não conseguir conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos, Pimenta confessou que é reconfortante ter o “reconhecimento das pessoas quando os momentos menos bons aparecem”.

“No final da prova, estava com o coração partido, destroçado e estava cansado”, pelo que “sentir o vosso carinho ajuda-nos a reconfortar e a ficarmos mais sólidos”, acrescentou.

Fernando Pimenta aposta agora em terminar a época desportiva. “Tenho o Campeonato Mundo de distâncias não olímpicas e depois o Mundial de Maratonas”, disse.

Apostado em não prometer nada, Pimenta deixou a garantia de que vai “fazer tudo para voltar a competir em Ponte de Lima”.

O atleta recordou que, em 2022, o mundo da canoagem ficou de “queixo caído” com a organização do Mundial de Maratonas em Ponte de Lima, para, de seguida, anunciar que “em 2025 iremos acolher o campeonato da Europa de Maratonas em Ponte de Lima e contamos com todos vocês”.

Fica o convite.

 

Viana do Castelo acolheu em êxtase Iúri Leitão

O ciclista Iúri Leitão é o novo “imperador” de Viana do Castelo, ‘título’ concedido pelo presidente da câmara perante uma multidão que acorreu à principal praça da cidade para aclamar o campeão olímpico em Paris2024.

José Freitas, a mulher Nazaré e Ricardo Parente esperavam pacientemente a chegada do atleta aos Antigos Paços do Concelho, na Praça da República, no centro histórico de Viana do Castelo, destacando-se pelas t-shirts de apoio: nas costas da camisola, um pequeno porco, um leitão, com asas e que pedala furiosamente uma bicicleta – “#flyingpiggy”, lê-se.

Fazem parte de uma espécie de claque de Iúri Leitão e são amigos de Santa Marta de Portuzelo.

“É um orgulho para nós! Nunca mais será esquecido, está no nosso coração”, assegura Nazaré Freitas à Lusa, enquanto o marido lembra os “arrepios” que sentiu ao ver as provas que deram a medalha de prata no concurso de omnium e o ouro, com Rui Oliveira, em Madison, ao vizinho que tem a alcunha de ‘Flying Piggy’.

“Estávamos no cortejo de Santa Marta [de Portuzelo], mas nem o vimos bem, estávamos a ver a prova no telemóvel”, sorriem.

Para Ricardo, “o Marcelo [Rebelo de Sousa] devia vir cá. Se fosse no futebol… É o único atleta português que ganhou duas medalhas nos mesmos Jogos Olímpicos. As modalidades também merecem”, aponta.

Às 21:15, menos de duas horas depois de aterrar no Porto, Iúri Leitão chega à praça repleta de gente atrás de um cortejo de bombos que só para de tocar, já com o ciclista no palco, largos minutos depois.

Incrédulo com a receção, o jovem de 26 anos leva as mãos à cabeça algumas vezes.

“Este é um dia inesquecível. Nunca imaginei que a receção pudesse ter esta dimensão. Estou completamente incrédulo. Consigo sentir o orgulho que as pessoas sentem por este resultado e por ser um vianense a conseguir estes feitos históricos únicos no desporto nacional”, disse mais tarde, aos jornalistas.

O ciclista notou que esta é “a parte mais importante da temporada” e sente-se no melhor momento de forma de sempre.

“Não posso dizer que estou propriamente surpreendido porque foi exatamente para isto que trabalhei (…). Se não aproveitar agora o embalo vou estar a desperdiçar o trabalho que fiz até agora. Isto é o que eu faço há muitos anos e trabalho para ser um dos melhores do mundo”, disse.

Antes, no palco, o presidente da Junta de Freguesia de Santa Marta de Portuzelo, Nuno Ferraz, resumiu o sentimento geral: “És o nosso orgulho! Santa Marta de Portuzelo é a capital do folclore e agora tem o Iúri no coração”, atirou.

Já o diretor regional do norte do Instituto Português do Desporto e Juventude, Vítor Dias, considera o atleta “uma inspiração como desportista e ser humano: representa tudo o que queremos no desporto em Portugal”.

O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, junta-se à “emoção incrível”, agradecendo: “obrigado por trazeres o espírito olímpico para a nossa praça maior”.

“Queremos que sejas o nosso imperador, o imperador de Viana do Castelo, porque vencer como ele venceu só está ao alcance dos imperadores”, diz o autarca que promete que, na próxima reunião de câmara, vai propor a atribuição de cidadão de honra da cidade a Iúri Leitão.

Já na varanda, Luís Nobre oferece ao novo “imperador” de Viana o icónico coração de ouro de Viana do Castelo em filigrana e a seguir entra o “We are the champions”, música dos Queen que se tornou hino dos campeões.

 

Multidão esperou regresso de campeões olímpicos no aeroporto

Mais de mil pessoas receberam hoje em euforia os campeões olímpicos Iúri Leitão e Rui Oliveira, no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, sem esquecer Fernando Pimenta e outros participantes em Paris2024.

Chegaram 40 minutos depois da hora marcada para a aterragem do voo, para grande explosão de alegria, cânticos de “Portugal, Portugal, Portugal”, celebrando a “medalha de ouro” a ritmo, além do já inevitável “campeões, campeões”.

A explosão de alegria e celebração prosseguiu durante largos minutos, com pedidos de ‘selfies’, muita festa, abraços e lágrimas, com a família em peso, muitos amigos e ainda mais adeptos desejosos de verem os novos heróis do desporto nacional.

Uma hora antes do previsto para a aterragem do voo proveniente de Paris, onde Iúri Leitão foi prata no omnium e ouro no madison, com Rui Oliveira, já muitos entusiastas aguardavam no aeroporto.

Vieram de autocarros fretados pela junta de Santa Marta de Portuzelo, freguesia de Viana do Castelo, berço de Leitão, e de Canelas, Vila Nova de Gaia, de onde Oliveira é natural, mas também se viam muitas camisolas de clubes de Ponte de Lima, para lembrar Fernando Pimenta, com duas medalhas olímpicas noutros Jogos Olímpicos mas aquém do que procurava em Paris2024, até apoiantes da nadadora Angélica André.

A espera por uma das últimas ‘remessas’ de atletas da Missão portuguesa foi preparada com pompa e circunstância, entre conversas cruzadas, bandeiras de Portugal acenadas e cânticos ensaiados.  (…)

Ricardo Tavares Ferreira e Simão Freitas

O “couraíso” está de volta a Paredes de Coura

O festival Paredes de Coura regressa à vila minhota que lhe dá nome entre 14 e 17 de agosto para a 30.ª edição, com um cartaz “que representa o passado, o presente e o futuro da música”.

De acordo com o diretor do festival, João Carvalho, nesta edição “a grande novidade é a repetição”.

“É a repetição de uma fórmula de sucesso, seja na contratação de artistas, a curadoria musical do festival, seja nas condições”, afirmou João Carvalho, em declarações à Lusa.

Na 30.ª edição, o festival, que “sempre foi uma espécie de laboratório musical onde as coisas acontecem pela primeira vez, onde as pessoas conhecem bandas que ficam para a vida”, tem um cartaz “que representa o passado da música, o presente e o futuro”.

“Mais uma vez temos um cartaz à Paredes de Coura, onde há nomes sonantes como Cat Power, Fontaines D.C., Killer Mike, Sampha, Andre 3000, e depois grandes novidades como Nourished by Time, Destroy Boys, Glass Beams, Sextile”, salientou João Carvalho.

A lista de artistas e bandas inclui também Idles, Girl in Red, The Jesus And The Mary Chain, Slowdive, Slow J, Baxter Dury, Gilsons, Nouvelle Vague, Allah-Las, Branko, Wolf Manhattan e Conferência Inferno, entre outros.

Os espetáculos dividem-se em três palcos, no recinto instalado na zona junto à praia fluvial do Taboão: um principal, um secundário, “que se transforma em ‘after-hours’ depois das 02:00”, e o palco Jazz na Relva.

De acordo com João Carvalho, a organização tem apostado “muito nas condições” que oferece ao público.

“É um festival de sensibilidades, que cura as pessoas, tenta ser o mais carinhoso e o mais ternurento e o mais solidário com as pessoas que nos visitam”, disse.

Por isso, “mais uma vez” foram criadas zonas novas de campismo – “há um glamping de luxo que triplicou em relação ao ano passado”, agora “todas as casas de banho estão ligadas à rede de esgoto”, e há também “novas zonas de restauração, maiores do que as do ano passado”.

“Temos essa dificuldade de em Paredes de Coura não haver hotéis, portanto tentamos dentro das nossas limitações criar as melhores condições”, referiu o responsável.

O festival, que muitos apelidam de “couraíso”, tem uma lotação máxima de 25 mil pessoas por dia e este ano a perspetiva é que esteja cheio nos quatro dias.

“As vendas estão maravilhosas. Quase com 50% mais do que na edição do ano passado. O festival chegando a 80%, que é o caso agora, para mim está perfeito. Daí poder garantir que está cheio”, referiu João Carvalho.

No ano passado houve “um decréscimo de público, seja em Paredes de Coura seja em qualquer festival”.

“Este ano, chegar a 15 dias do festival e ter a certeza que será uma edição de sucesso é uma coisa que me deixa muito feliz”, partilhou.

O festival começa no dia 14, mas nos três dias anteriores – 11, 12 e 13 de agosto – “Sobe à Vila”, com concertos gratuitos.

“É uma forma de perpetuar a experiência de quem visita Paredes de Coura e é também a nossa forma de agradecer aos courenses pelo empenho e devoção que têm ao festival, e por saberem receber milhares de pessoas durante estes dias”, explicou João Carvalho.

No dia 11 haverá atuações de We Know a Place, Girls 96, Nocivo e Ugho, no dia 12 de Marquise, Scúru Fitchádu e Boca de Sino Club, e no dia 13 de 800 Gondomar, Classe Crua e Peter Castro.

A maneira mais fácil de chegar ao festival com transportes públicos é de camioneta da Rede Expressos.

Quem optar por levar carro deve ter como ponto de referência a Autoestrada 3 (A3), que liga o Porto a Valença. “Agora Paredes de Coura fica à distância de cinco minutos da saída da autoestrada, e não é força de expressão são mesmo cinco minutos. O que é fantástico para quem vem do Porto, de Lisboa, do Algarve”, salientou João Carvalho.

De acordo com a organização do festival, há parques de estacionamento no centro da vila, a cerca de 900 metros do recinto.

O passe de quatro dias do Vodafone Paredes de Coura custa 120 euros. Há também bilhetes diários, que custam 60 euros.

A programação da 30.ª edição inclui a apresentação do livro “Paraíso de Coura”, que reúne imagens captadas por Alfredo Cunha no festival, que acontece todos os verões, desde 1993.

O festival de Paredes de Coura aconteceu pela primeira vez em 1993 por iniciativa de um grupo de amigos, do qual faz parte o atual presidente da câmara de Paredes de Coura, que queria organizar um evento dedicado ao rock independente.

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