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IP e consórcio LusoLAV assinam concessão da primeira PPP do TGV na terça-feira

A Infraestruturas de Portugal (IP) e o consórcio LusoLAV, liderado pela Mota-Engil, assinam o contrato de concessão da primeira parceria público-privada (PPP) da linha ferroviária de alta velocidade na terça-feira, foi hoje divulgado.

De acordo com uma informação enviada à Lusa pela IP, a assinatura referente ao troço entre Porto – Campanhã e Oiã (Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro) da futura linha Porto – Lisboa decorre na terça-feira às 11:50 na sede da IP, em Almada (distrito de Setúbal).

Em causa está a “assinatura do contrato de Concessão da Linha Ferroviária de Alta Velocidade entre Porto (Campanhã) e Oiã, e de apresentação do acordo de financiamento”, num evento que contará com a presença do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.

O primeiro troço da linha de alta velocidade previa, no caderno de encargos, a construção de uma ponte rodoferroviária com dois tabuleiros sobre o rio Douro, a reformulação da estação de Porto-Campanhã e a construção de uma nova estação subterrânea em Vila Nova de Gaia, na zona de Santo Ovídio.

Porém, em abril, o consórcio LusoLAV (Mota-Engil, Teixeira Duarte, Alves Ribeiro, Casais, Conduril e Gabriel Couto), a quem foi adjudicada a conceção, construção, financiamento e manutenção da linha, apresentou à Câmara de Gaia uma solução alternativa (não excludente da original), com alterações no traçado, a construção de duas pontes em vez de uma sobre o rio Douro e a estação de Gaia em Vilar do Paraíso em vez de Santo Ovídio.

Na sexta-feira, a Lusa questionou a IP, o Governo e o consórcio LusoLAV sobre quais as soluções que serão adotadas, mas ainda não obteve resposta.

O consórcio defende que as alterações propostas estão dentro do corredor aprovado no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do projeto, mas a proposta alternativa para a estação retira uma ligação direta da estação de Gaia ao Metro do Porto (na linha Amarela, apesar de manter a da linha Rubi) e impacta uma zona de Reserva Ecológica Nacional e um curso de água.

A IP sempre referiu desconhecer as propostas apresentadas pelo consórcio à Câmara de Gaia, feitas em várias reuniões e votadas favoravelmente pelo executivo à data liderado por Eduardo Vítor Rodrigues (PS) e na Assembleia Municipal, apesar da oposição do PSD (no executivo) e da IL (na Assembleia Municipal), bem como da abstenção da CDU (na Assembleia).

Os próprios representantes do consórcio LusoLAV manifestaram, na Câmara de Gaia, “receio formal” sobre o seu encaixe no concurso público, e disseram que as propostas alternativas até podiam ser mais caras que as originais.

A Câmara do Porto também diz desconhecer, oficialmente, as propostas do LusoLAV, e o Governo também afirmou desconhecer e estar em diálogo com a IP. Em 15 de maio, um responsável da IP disse num seminário no Porto que a estação de Gaia será em Santo Ovídio.

O Plano Ferroviário Nacional, aprovado pelo Governo em março e publicado em Diário da República (DR) em 16 de abril, estabelece que a estação de alta velocidade de Gaia é em Santo Ovídio, ligando às linhas Amarela e Rubi do metro.

No mesmo dia, o Governo e a IP asseguraram que “qualquer eventual alteração terá de ser plenamente salvaguardada do ponto de vista legal, estar em total concordância com os requisitos do caderno de encargos e assegurar o acordo dos municípios”.

A linha de alta velocidade deverá ligar Porto e Lisboa numa hora e 15 minutos em 2032, com paragens possíveis em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria, e o percurso Porto-Vigo (via aeroporto do Porto, Braga, Ponte de Lima e Valença) em 50 minutos, em 2032.

A primeira fase (Porto-Soure) da linha de alta velocidade em Portugal deverá estar pronta em 2030 e a segunda (Soure-Carregado) em 2032, com ligação a Lisboa assegurada via Linha do Norte.

Segundo o anterior Governo, que lançou a primeira PPP da alta velocidade, os custos do investimento no eixo Lisboa-Valença rondam os sete a oito mil milhões de euros.

 

Portugueses com classificações modestas no Europeu de BTT

João Cruz, com o 26.º lugar na prova de sub-23 de cross country olímpico (XCO) do Europeu de BTT, foi hoje o português mais bem classificado nos campeonatos que decorrem em Melgaço até domingo.

Sob intenso calor, João Cruz terminou a prova com o tempo de 01:18.19 horas, quedando-se pelo 26.º posto, à frente de Rafael Sousa, 36.º (01:20.49), e João Fonseca, com sete voltas completas.

O francês Adrien Boichis sagrou-se campeão no escalão, com o tempo de 01:12.43, ao gastar menos 11 segundos do que o dinamarquês Albert Philipsen, segundo classificado, com menos um segundo do que o suíço Finn Treudler,

Na final de XCO em juniores, vencida pelo austríaco Anatol Friedl (01:04.22), Tomás Pais foi 32.º (01:09.56), João Vigário 35.º (01:10.16), Daniel Franco 48.º (01:11.57), Hugo Ramalho 54.º (01:14.01), enquanto Vasco Silva, Xavier Gaspar e Daniel Silva não terminaram a prova.

Margarida Vasconcelos não concluiu a prova de XCO em juniores, conquistada pela suíça Anja Grossmann (01:03.02), terminando no 33.º posto, com quatro voltas completas, mais uma do que Maria Coimbra, que terminou no 35.º lugar.

Autárquicas: Mais de uma dezena de antigos presidentes voltam a candidatar-se às Câmaras

Alguns antigos autarcas anunciaram que vão voltar a candidatar-se, nas eleições de outubro, à presidência de municípios que já lideraram, nomeadamente Dores Meira, que quer voltar a Setúbal, e Luís Filipe Menezes, candidato a Gaia.

Apesar de serem em menor número, os outrora chamados “dinossauros” do poder local ainda existem e mais de uma dezena já anunciou candidaturas às eleições de 12 de outubro próximo (as candidaturas podem ser apresentadas até 18 de agosto).

Em Setúbal, a ex-presidente Maria das Dores Meira, eleita pela CDU (coligação PCP/PEV) em três mandatos consecutivos, em 2009, 2013 e 2017, vai recandidatar-se à presidência do município sadino em 2025, mas agora como independente.

Apesar de independente, Dores Meira recebeu o apoio do PSD nacional, o que desagradou à concelhia do partido.

Com o apoio social-democrata, Luís Filipe Menezes, antigo presidente do PSD, recandidata-se a Vila Nova de Gaia, município a que presidiu durante quatro mandatos (1997, 2001, 2005 e 2009), sempre com maioria absoluta.

Menezes já tinha tentado voltar a ser presidente, em 2013, desta vez na Câmara do Porto, mas perdeu a batalha eleitoral para o atual presidente portuense, o independente Rui Moreira.

Nestas mesmas eleições, em 2013, foi também derrotado Nuno Cardoso, antigo presidente da Câmara do Porto, que ocupou o cargo em substituição de Fernando Gomes (PS), entre 1999 e o final de 2021.

Nuno Cardoso é novamente candidato ao Porto, como independente, pelo movimento “Pensar o Porto”.

O antigo presidente da Câmara de Estremoz Luís Mourinha já apresentou uma nova candidatura à presidência deste município do distrito de Évora, que dirigiu durante 12 anos, eleito pela CDU, e mais outros 10 pelo Movimento Independente por Estremoz (MIETZ), pelo qual vai agora concorrer novamente.

O último mandato de Mourinha foi interrompido em 2019, quando o tribunal o condenou, com a pena acessória de perda de mandato, pelo crime de prevaricação.

Em Vagos (distrito de Aveiro), Rui Cruz (PSD) volta a ser candidato 12 anos depois de ter passado o testemunho a Silvério Regalado, atualmente secretário de Estado da Administração Local.

Rui Cruz foi presidente da Câmara Municipal de Vagos de 2001 a 2013.

Alberto Souto, presidente da Câmara de Aveiro entre 1998 e 2005, pelo PS, também ex-secretário de Estado Adjunto e das Comunicações por este partido, quer voltar à presidência da autarquia e é o candidato socialista.

Alberto tem como principal opositor o seu irmão, Luís Souto, escolhido como candidato pelo PSD para suceder ao social-democrata Ribau Esteves, presidente que deixa a autarquia por limitação de mandatos.

Para Ponte da Barca (distrito de Viana do Castelo), o PS anunciou ter escolhido como cabeça de lista Vassalo Abreu, que presidiu a este concelho entre 2005 e 2017.

O antigo presidente da Câmara de Pedrógão Grande (Leiria) João Marques é de novo o candidato do PSD àquele município do distrito de Leiria, onde cumpriu quatro mandatos como presidente, entre 1997 e 2013, deixando o cargo devido à lei da limitação de mandatos.

O social-democrata Hélder Sousa e Silva foi presidente da Câmara de Mafra de 2013 a 2024, quando renunciou ao último mandato para assumir o cargo de eurodeputado.

Hélder Sousa e Silva, que liderou os Autarcas Social Democratas, foi escolhido pelo PSD para ser candidato à Câmara de Almada nas eleições deste ano.

O ex-presidente da Câmara de Alcochete, Luís Miguel Franco (CDU), eleito em 2005, 2009 e 2013, fez uma pausa de quatro anos devido à limitação de mandatos, perdeu as autárquicas nesta vila do distrito de Setúbal em 2021 e ficou como vereador.

Luís Franco é de novo candidato a presidente em 2025 pela CDU, mas desta vez à Câmara do Montijo.

Rui Marques Luís (PSD) foi presidente da Câmara Municipal de Ponta do Sol, na Madeira, em 2005, 2009 e 2013, tendo deixado o cargo em 2017 por ter cumprido três mandatos consecutivos, e é agora de novo o cabeça de lista social-democrata à mesma autarquia madeirense.

João Azevedo, presidente de Mangualde entre 2009 e 2019, quando deixou o mandato a meio para ser deputado, volta a ser candidato do PS à Câmara de Viseu, à qual já se candidatou em 2021, mas perdeu para o social-democrata Fernando Ruas, também ele um autarca de peso, que regressou então à autarquia que liderou entre 1989 e 2013.

O anterior presidente da Câmara de Castelo Branco, José Augusto Alves, não chegou a ser um “dinossauro”, uma vez que foi presidente da mesma entre 2020 e 2021 (quando substituiu o socialista Luís Correia, condenado a perda de mandato, após ter assinado dois contratos com uma empresa detida pelo seu pai).

José Augusto Alves, que foi vice-presidente da autarquia albicastrense entre 2017 e 2020, vai agora a eleições encabeçando a lista da coligação Sempre Por Todos, que junta o PSD, o CDS e o Sempre – Movimento Independente.

Há ainda dois casos de “dinossauros” que regressam “a casa” sem terem deixado de ser presidentes de Câmaras: O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá (CDU), está no fim de três mandatos consecutivos neste município, o máximo permitido por lei, e é novamente cabeça de lista da CDU à Câmara de Montemor-o-Novo, que já tinha presidido entre 1993 e 2013.

O outro caso é Vítor Proença, que já não se pode recandidatar a Alcácer do Sal, pelo que nas próximas autárquicas é candidato da CDU à Câmara de Santiago do Cacém, município que já dirigiu entre 2001 e 2013.

Além dos ex-presidentes de Câmaras que querem voltar ao cargo, também há casos de autarcas que tiveram outras responsabilidades municipais e que agora são de novo candidatos: um exemplo é o de Paulo de Morais, que foi vice-presidente da Câmara do Porto, candidato independente às presidenciais de 2016 e é agora o candidato do PSD à Câmara de Viana do Castelo.

Jovem de 26 anos morre no Rio Minho em Valença

Um homem de 26 morreu na sexta-feira após se ter sentido mal quando foi nadar com um amigo, no rio Minho, próximo do clube náutico da Senhora da Cabeça, em Valença, disse o capitão do porto de Caminha.

Francisco Vieira Pereira explicou que a vítima mortal se sentiu mal, pediu ajuda ao amigo que o acompanhou, mas foi uma embarcação de recreio que passava na zona, no concelho de Valença, distrito de Viana do Castelo, que acabou por recolher os dois colegas.

A vítima, em estado grave, foi transportada ao Serviço de Urgência Básica (SUB) de Monção onde acabou por ser declarado o óbito.

 

Incêndios: Fogo dominado reacende e mobiliza quatro meios aéreos

O incêndio que deflagrou hoje de madrugada em Gração, São Jorge e Ermelo, no concelho de Arcos de Valdevez e, foi dado como dominado às 10:28, reacendeu cerca das 16:00, mobilizando às 19:46 135 operacionais e quatro meios aéreos.

Fonte dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez adiantou que o incêndio florestal na União de Freguesias de São Jorge e Ermelo está a ser combatido com o apoio de 39 viaturas.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, Olegário Gonçalves, disse que o fogo reacendeu “devido ao calor intenso e ao vento”, mas garantiu que “não há habitações em perigo”.

 

BREVES: Norte

PORTO: Rua de Camões com alterações ao trânsito durante 13 dias

A Rua de Camões, no centro do Porto, vai passar a ter trânsito apenas num sentido num determinado troço, devido a uma obra que ocorrerá entre segunda-feira e 09 de agosto, informou hoje a Câmara do Porto.

Estas alterações ao trânsito na Rua de Camões vão incidir apenas no troço compreendido entre a Rua do Paraíso e a Travessa de S. Brás, em que o trânsito passará a fazer-se apenas no sentido norte-sul.

“Haverá também estreitamento de via na mesma zona, no troço compreendido entre o n.º 645 e a Rua do Paraíso”, acrescentou a autarquia.

Em causa está uma empreitada de remodelação das redes de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais na Travessa da Senhora da Conceição, uma obra a cargo da empresa municipal Águas e Energia do Porto.

 

 

AVEIRO: Condutores alertados sobre alterações nos limites de velocidade na A25

A Ascendi reforçou a parceria com a Waze, uma aplicação de navegação em tempo real, para alertar os condutores sobre alterações nos limites de velocidade em alguns sublanços da Autoestrada A25, entre Albergaria e a Ponte da Barra.

“Esta nova vaga tem como objetivo apoiar os condutores em zonas onde foram introduzidas recentemente alterações nos limites máximos de velocidade”, refere a Ascendi em comunicado.

Segundo a concessionária, os utilizadores da Waze que circulem nestas áreas do distrito de Aveiro recebem alertas sobre a existência de alterações nos limites de velocidade, funcionando como um complemento à sinalização rodoviária.

 

 

MURTOSA: Câmara atribui 141 mil euros às coletividades

A Câmara da Murtosa deliberou atribuir um montante global até 141 mil euros a 17 coletividades do concelho, no âmbito das candidaturas ao Programa de Apoio às Associações e Coletividades da Murtosa (PAC) 2025.

Segundo uma nota daquela autarquia do distrito de Aveiro, as verbas foram deliberadas em consonância com as candidaturas apresentadas pelas coletividades às diversas áreas de apoio previstas no PAC, atenta a sua condição de elegibilidade formal e documental para o efeito.

“Os valores decididos constituem intenções de atribuição, uma vez que a transferência financeira, da Câmara Municipal para as Associações, carece da justificação, por parte destas, da despesa efetuada, mediante apresentação de documentação comprovativa”, refere a mesma nota.

O PAC, segundo a câmara, visa fortalecer as parcerias entre a autarquia e as coletividades, através do apoio financeiro a atividades promovidas pelas mesmas, que resultem em ganhos de qualidade de vida para a população murtoseira.

 

 

VILA NOVA DE CERVEIRA: Dois homens constituídos arguidos por suspeita de roubarem tabaco

A GNR constituiu arguidos dois homens, de 21 e 38 anos, suspeitos de terem roubado 122 maços de tabaco, 44 pilhas e um machado de um estabelecimento comercial em Vila Nova de Cerveira, foi hoje divulgado.

Em comunicado, a GNR de Viana do Castelo refere que a operação decorreu na quinta-feira, no decurso de uma investigação por furto qualificado em estabelecimento comercial.

A ação permitiu localizar e identificar os suspeitos, tendo sido cumpridos quatro mandados de busca, dois em residência e dois em veículos.

A ação contou com o reforço do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Destacamento Territorial de Valença e do Destacamento de Intervenção (DI) do Comando Territorial de Viana do Castelo.

 

 

MACEDO DE CAVALEIROS: Município quer reforçar oferta do ensino superior através do Instituto Piaget

O município de Macedo de Cavaleiros e o Instituto Piaget assinaram hoje um protocolo de cooperação que aprofunda a ligação existente entre as duas entidades e pretende reforçar a oferta de Ensino Superior no concelho, foi hoje divulgado.

“Trazer o ensino superior para o concelho é um objetivo estratégico que passa pela formação de quadros que podem impulsionar o empreendedorismo e ser promotor do desenvolvimento socio-económico”, avançou o presidente da Câmara, Benjamim Rodrigues (PS), citado em comunicado.

O autarca deste concelho do distrito de Bragança acrescentou que “este é um passo decisivo para reter talento, evitar o despovoamento e aumentar a massa crítica, oferecendo um concelho mais atrativo e com mais oportunidades às gerações vindouras”.

De acordo com Benjamim Rodrigues, o objetivo desta parceria é também uma forma de “atrair jovens de outros destinos, rejuvenescendo o tecido social do concelho de Macedo de Cavaleiros”.

 

Incêndios: Dominado fogo que deflagrou de madrugada

O incêndio que deflagrou hoje de madrugada em Gração, São Jorge e Ermelo, no concelho de Arcos de Valdevez, foi dado como dominado às 10:28, disse fonte da proteção civil.

Fonte do Comando Sub-regional do Alto Minho indicou à Lusa que o fogo que deflagrou às 04:45 e que lavra “em zona de mato, sem habitações ameaçadas”, encontra-se em “fase de rescaldo”.

O meio aéreo que ajudou no combate às chamas “foi desmobilizado às 10:38”.

Pelas 11:00, no local permaneciam 62 operacionais e 18 viaturas.

DGArtes: Rede de Teatros ultrapassou os 100 equipamentos credenciados

A Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses ultrapassou uma centena de equipamentos culturais credenciados, com a adesão do Teatro do Rivoli e do Teatro do Campo Alegre, ambos no Porto, anunciou hoje a Direção-Geral das Artes (DGArtes).

“São agora 101 os equipamentos culturais já credenciados”, integrados na RTCP, “a trabalhar em rede em prol de uma oferta cultural de qualidade e diversificada, promovendo o direito à fruição e criação cultural qualificadas de toda a população”, diz a DGArtes, num comunicado hoje divulgado, no qual anuncia a adesão à rede do Teatro Municipal do Porto – Rivoli e do Teatro Municipal do Porto – Campo Alegre.

De acordo com a DGArtes, passam a assim a ser nove os equipamentos da Área Metropolitana do Porto integrados na RTCP.

Além do Rivoli e do Campo Alegre, fazem também parte da rede o Auditório de Espinho, o Auditório Municipal de Gaia, a Casa da Criatividade (em São João da Madeira), o Cine-Teatro Garret (Póvoa de Varzim), o Coliseu do Porto, o CTAL – Cineteatro António Lamoso (Santa Maria da Feira) e o Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery.

A DGArtes recorda que a credenciação na RTCP “está aberta em regime de permanência e sem interrupções, pelo que os proprietários dos equipamentos culturais podem apresentar, a todo o momento, a respetiva candidatura”.

Compõem a RTCP auditórios municipais, casas de cultura, teatros e cineteatros, centros culturais e centros de artes, 38 dos quais apoiados para programação entre 2022 e 2025.

Este ano já deveria ter aberto uma nova edição do programa de apoio à RTCP. De acordo com a Declaração Anual da DGArtes, tal deveria ter acontecido até ao final de maio.

O Programa de Apoio à RTCP conta com uma dotação de 24 milhões de euros, a atribuir entre 2026 e 2029 (seis milhões por ano), a mesma verba apresentada em 2021 para o ciclo 2022-2025.

A RTCP foi criada para combater as assimetrias regionais e para fomentar a “coesão territorial no acesso à cultura e às artes em Portugal”.

Entre outros equipamentos culturais incluídos na RTCP contam-se o Cineteatro Messias, na Mealhada, o Auditório João David Marques Pinheiro (no Ateneu Artístico Vilafranquense), em Vila Franca de Xira, o Quartel das Artes, em Oliveira do Bairro, o Teatro Independente de Oeiras, o Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, o Cineteatro de Alcobaça, o Teatro das Figuras, em Faro, o Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, o Teatro Municipal de Ourém, o Coliseu Micaelense, em Ponta Delgada (Açores), o Centro Cultural de Paredes de Coura, o Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal (Madeira), o Centro Cultural de Lagos e o Cineteatro Curvo Semedo, em Montemor-o-Novo.

Molima promove caminhada junto ao Rio Vez

No próximo domingo, 27 de julho, Arcos de Valdevez será palco de uma iniciativa que alia atividade física, consciência ecológica e valorização do território. A “Caminhada com Propósito”, organizada pela Associação Molima em parceria com o Município arcoense, propõe um percurso pedestre de 5 quilómetros entre Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, complementado por uma ação prática de limpeza das margens do rio.

Com concentração marcada para as 9h15 no Largo da Feira, em Guilhadeses, a atividade convida os participantes a percorrer um trajeto de baixa dificuldade, que revela paisagens ribeirinhas e património local, enquanto recolhem resíduos encontrados pelo caminho. “Queremos promover o contacto com a natureza de forma ativa e responsável”, explica um dos organizadores, destacando o duplo objetivo da iniciativa: exercício físico e proteção ambiental.

A manhã terminará com um lanche convívio e jogos temáticos sobre sustentabilidade, reforçando a mensagem ecológica de forma descontraída. A organização garante transporte de regresso ao ponto de partida, facilitando a logística dos participantes.

As inscrições estão abertas até sábado através dos contactos da Associação Molima.

 

Oposição acusa autarca de contradição no caso do ‘ferry’ parado desde 2020

Os três vereadores da oposição na Câmara de Caminha acusaram hoje o presidente da autarquia de se contradizer na resolução da situação do ‘ferryboat’ que liga a vila a La Guardia, na Galiza, que está parado desde 2020.

Em declarações hoje à agência Lusa, o socialista Rui Lages anunciou o reboque da embarcação desde Caminha, no distrito de Viana do Castelo, até aos estaleiros existentes em Camposancos, em La Guarda, para ser alvo de “avaliação das condições da embarcação”.

“Uma vez que o rio Minho se encontra fortemente assoreado e por forma a garantir todas as condições de segurança, quer para o tráfego marítimo, quer para a integridade do ‘ferry’, o mesmo será transportado por uma empresa especializada de reboque marítimo”, adiantou o autarca socialista.

Rui Lajes referiu que a operação de reboque do ‘ferry’ Santa Rita de Cássia foi “planeada há longos meses” e acrescentou que o objetivo é “fazer uma inspeção à embarcação para ver da viabilidade” de continuar a cruzar o rio internacional.

“Se houver viabilidade, a intenção da Câmara de Caminha é proceder à sua reparação (…), sendo certo também que é imprescindível o desassoreamento da foz do rio Minho para que o ‘ferry’ possa navegar. Tanto assim é que o ‘ferry’ tem de ser rebocado para garantir a segurança náutica, mas também para garantir a segurança e integridade da própria embarcação, uma vez quer os canais do rio estão muito assoreados e degradados”, disse.

A oposição no executivo municipal (PSD/CDS-PP/Aliança/PPM) refere que Rui Lages “continua a enganar politicamente a população” e argumenta que “há uns meses, numa reunião de câmara, [Rui Lages] disse que por causa do banco de areia e assoreamento [do rio Minho] o ‘ferry’ não podia chegar ao estaleiro”.

“Na altura, Liliana Silva, líder da coligação O Concelho em Primeiro, disse não ser verdade, e que na maré alta conseguiriam rebocá-lo. Aliás, nessa reunião o presidente Rui Lages disse que o ‘ferryboat’ não navegava por causa do desassoreamento, o que também foi negado e demonstrado pela vereadora Liliana Silva, que demonstrou que o ‘ferryboat’ não navegava porque não tinha condições técnicas e mecânicas na embarcação”, sustentam os três vereadores, em comunicado.

Acrescentam que a notícia do reboque da embarcação dá “razão à coligação pelo simples facto de estar a ser rebocado para um estaleiro em Camposancos, exatamente como a vereadora Liliana Silva afirmou ser possível”, acusando Rui Lages de ter “andado de desculpas em desculpas”.

“Esta má gestão atual está a atrasar o concelho de Caminha, com procedimentos que já há muito deveriam estar feitos”, sustenta a oposição, que diz ter vindo a chamar à atenção para os “impactos económicos negativos na economia do concelho de Caminha” causados pela paragem do ‘ferry’.

O ‘ferryboat’ Santa Rita de Cássia começou a cruzar o rio Minho em 1995. Está ancorado e parado desde 2020, inicialmente por restrições nas fronteiras por causa da pandemia de covid-19 e, posteriormente, porque o pontão em Espanha esteve inoperacional.

Após a conclusão das obras no pontão galego, em 2023, o ‘ferry’ continuou parado por causa do assoreamento do rio.

A coligação insiste na construção de uma ponte que ligue o concelho de Caminha a La Guardia como forma de “impulsionar o concelho e dar nova vida às empresas e à indústria do turismo”.

“O ‘ferryboat’, noutro formato, será sempre uma solução meramente turística. Uma ponte é essencial para o desenvolvimento económico e social das regiões transfronteiriças, promovendo o turismo, o comércio, as empresas, a indústria e a mobilidade”, sustenta.

Caminha é único concelho do vale do Minho que depende do transporte fluvial para garantir a ligação regular à Galiza. Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção e Melgaço dispõem de pontes internacionais.

“Só o concelho de Caminha, que é na foz do rio Minho e que tem do lado espanhol uma ligação a Vigo e um dos pontos mais visitados da Galiza – Santa Tecla, é que não tem qualquer solução alternativa para a travessia de pessoas e viaturas”, recorda a oposição.

Acrescenta que o ‘ferry’ “vai para Camposancos por vergonha eleitoral e lá ficará eternamente, com o concelho a pagar por dia a sua estadia, até ser desmantelado”.

 

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