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Homem foi atropelado por comboio em Valença

Um homem morreu hoje atropelado por um comboio que seguia na Linha do Minho, em São Pedro da Torre, no concelho de Valença, obrigando ao corte da circulação ferroviária desde as 15:38, revelou a Proteção Civil.

Segundo fonte do Comando Sub-Regional do Alto Minho, o alerta para o atropelamento ferroviário foi dado às 15:20, desconhecendo-se ainda a idade da vítima.

Fonte dos Bombeiros Voluntários de Valença adiantou que o comboio seguia no sentido Viana do Castelo-Valença.

Ao local compareceram 17 operacionais dos Bombeiros de Valença e Vila Nova de Cerveira, o INEM e a GNR.

A Feira da Ladra está hoje de volta a Vieira do Minho

Em Vieira do Minho já está tudo pronto para a Feira da Ladra, quatro dias repletos de animação, manifestações culturais e de tradições.

As festividades começam hoje, pelas 23 horas, com a actuação de Mundo Segundo & Sam The Kid e, amanhã, sábado, o dia é dedicado exclusivamente ao Garrano, uma das quatro raças de equídeos portugueses, que abunda na Serra da Cabreira.

Logo pela manhã haverá concurso dedicado exclusivamente aos criadores de garranos do concelho de Vieira do Minho. Da parte da tarde terão lugar as actividades desportivas propriamente ditas, tais como os saltos de obstáculos, a atrelagem, o passo travado, as corridas a galope.

A noite de sábado está reservado a Tony Carrera, que subirá ao palco pelas 22 horas e, certamente, será presenteado com um enorme número de fãs.

Garraiada, Cortejo Etnográfico, Feira do Cavalo, e claro, a Chegas de Bois, são outros pontos altos da Feira da Ladra.

António Cardoso, presidente do Município de Vieira do Minho, diz já estar tudo preparado para receber mais de 30.000 visitantes.

Essa é pelo menos a expetativa do autarca para a edição deste ano, que diz ter “indicadores de que tal vai acontecer” e, por isso, “também apostamos mais no Programa de animação”.

De resto, o autarca assegura que o programa da festa é diversificado, “tem muita alternativa para as pessoas, o que vai certamente potenciar a vinda de todas as faixas etárias.

António Cardoso espera que as condições climatéricas  sejam boas, “porque, se assim for, não tenho dúvidas que vamos ter uma grande festividade que vai promover e desenvolver o concelho e os vieirenses”.

Uma das apostas deste ano é o fogo de artifício, que na noite de domingo reservará uma surpresa.

No final do dia de domingo, à meia-noite, no parque florestal na direção do Centro da vila, terá lugar uma fantástica sessão de fogo de artifício.

“Nessa altura vai haver uma pequena surpresa, mas uma surpresa agradável, pelo que aconselho todas as pessoas a  vir assistir a essa sessão de fogo de artifício”, assegura o autarca.

A animação noturna contará ainda com a atuação de Dj´s em três noites, atingindo, desta forma, todos os públicos.

Doze distritos sob aviso amarelo devido à chuva

Doze distritos de Portugal continental vão estar no fim de semana sob aviso amarelo devido à previsão de períodos de chuva forte e persistente, informou hoje o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O aviso nos distritos do Porto e Vila Real vai vigorar entre as 21:00 de sábado e as 12:00 de domingo e os distritos de Viana do Castelo e Braga entre as 18:00 de sábado e as 12:00 de domingo.

Já os distritos de Bragança, Viseu, Aveiro, Coimbra, estarão sob aviso entre as 09:00 e as 15:00 de domingo e Guarda, Santarém, Leiria e Castelo Branco entre as 12:00 e as 18:00 de domingo.

Sob aviso amarelo, mas por causa do tempo quente, está a costa sul da Madeira, até às 18:00 de hoje

O aviso amarelo é emitido pelo IPMA quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para hoje no continente céu geralmente muito nublado, com possibilidade de precipitação fraca até final da manhã, vento em geral fraco, neblina ou nevoeiro matinal e pequena descida da temperatura mínima.

As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 14 graus Celsius (na Guarda) e os 21 (em Lisboa) e as máximas entre os 19 (no Porto, Viana do Castelo e Bragança) e os 28 graus (em Évora, Beja e Faro).

Para o arquipélago da Madeira, a previsão para hoje aponta para céu geralmente pouco nublado e vento fraco a moderado.

No Funchal as temperaturas vão variar entre os 22 e os 28 graus Celsius e no Porto Santo entre os 22 e os 27 graus.

 

Ponte medieval volta a receber mais um “abraço” este mês

Ponte de Lima vai voltar a dar as mãos e abraçar o Rio Lima.

Trata-se da 13.ª edição do Abraço ao Rio Lima, que terá lugar no próximo dia 11, às 11:00, na ponte medieval.
A iniciativa que pretende sensibilizar a população para a salvaguarda e valorização do principal recurso hídrico do território.

Segundo a nota hoje enviada às redações, antes do abraço ao rio Lima, a ação começa com várias atividades dinamizadas pelo serviço da Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e São Pedro de Arcos.

Para a edição deste ano, estão convidadas várias instituições de ensino e acolhimento a seniores do concelho, assim como alunos de Xinzo de Limia, localidade galega onde nasce o rio Lima e com a qual a autarquia portuguesa estabeleceu um protocolo.

A iniciativa contará com a participação do Pinchas, a mascote da Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e São Pedro de Arcos, uma figura muito acarinhada pelos mais jovens.

OPINIÃO | A negociação

É essencial firmeza ao PS de Pedro Nuno Santos

HÉLIO BERNARDO LOPES

 

A Direita e a Extrema-Direita, fortemente apoiadas pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e pela grande comunicação social, continuam a manter vivo o folhetim em que se caiu na sequência dos efeitos mortais do histórico parágrafo do tal comunicado da Procuradora-Geral da República, Lucília Gago.

Olhamos hoje o que se acabou de passar na Áustria, e constatamos o abismo que nos separa da democracia praticada neste país em face do nosso: o partido mais votado, como em tantos outros lugares da União Europeia, não deverá ter lugar na governação, tal como se passou há uns tempos em França. Um abismo, em face das reações, nada democráticas, do PSD de Passos Coelho, do CDS de Portas e do próprio Presidente da República do tempo, Aníbal Cavaco Silva.

A ideia de Luís Montenegro, e do seu PSD, continua a ser a de Pedro Passos Coelho: fomos o partido mais votado, logo podemos fazer tudo o que entendermos. Assim, uma minoria passaria a ser como se se tratasse de uma maioria absoluta. Felizmente, parece que Pedro Nuno Santos se determinou a não seguir o fatídico caminho que esteve para ser prosseguido por António José Seguro, então evitado pela intervenção de Mário Soares.

Sem que para mim constituísse uma qualquer estranheza, o PSD lá tentou “negociar” com os partidos, mas sem de tal dar notícia pública, ao contrário do que sempre acontece por todo o lado realmente democrático. Evitava-se, deste modo, mostrar que o PSD, de facto, também negociava com o Chega, como se o PS de Pedro Nuno Santos fosse o tal parceiro apregoado como o preferencial. O problema é que o PS descobriu a jogada…

Nestes últimos dias, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, verdadeiro comandante da ação política laranja, lá nos surgiu com a tal do “interesse nacional”!! Simplesmente, o Presidente da República sabe que o interesse nacional é o ditado à luz de quem tem de o defender. Não existe o interesse nacional, mas diversas visões deste conceito. Simplesmente, a visão do interesse nacional do Presidente da República e do seu partido vive a anos-luz da posição recentemente enunciada pelo Papa Francisco, a cuja luz se impõe que os ricos paguem mais impostos, a fim de poder distribuir melhor a riqueza já existente e a que vier a ser criada. Foi um tema sobre que sobreveio um silêncio quase global…

A dita teimosia do PS de Pedro Nuno Santos tem a mais cabal razão de ser, porque continuar a prosseguir com as duas medidas em causa o que se irá criar é mais pobreza, maior injustiça e acrescida desigualdade social. O problema é que estes são, e desde há muito, grandes objetivos estratégicos da Direita e, mais ainda, da Extrema-Direita.

É essencial que o líder do PS não ceda à vozearia que por aí paira, e se determine a defender as mais que justas posições que sempre o PS assumiu. E teve, há dias, toda a razão: não tem medo de eleições, nem mesmo de as perder. Compete ao PS não ajudar a pôr um fim no Estado Social, que é o grande objetivo (e desde sempre!) do PSD e da generalidade da Direita portuguesa. E se os portugueses quiserem seguir a política que está hoje a ser montada, acabando por destruir o que a Constituição de 1976 trouxe aos portugueses, bom, terão de pagar o preço da desatenção e do desinteresse pela política.

Tenho para mim, com base no que vou escutando, que a mudança já operada das legislativas para as europeias traduz o início da perceção do barrete em que, graças à grande comunicação social, os portugueses enfiaram. E quanto a sondagens, bom, basta que se recorde as previsões que, afinal, desembocaram na maioria absoluta de António Costa, ou no pulsómetro de Pedro Santos Guerreiro, em que o Chega descia sempre, mas teve depois um fantástico salto quântico, ou no desapreço opinativo de Marta Temido em face de Sebastião Bugalho, mas em que a primeira foi quem veio a vencer.

Termino, pois, com dois pedidos. O primeiro, à liderança do PS, para que mantenha a defesa do seu programa, não se deixando dominar pelas forças que contra si se movem. O que conta é o discernimento dos portugueses. E o segundo, à grande comunicação social: se realmente ainda dispõe de um mínimo de moral e de ética jornalístca, deixem de apresentar sondagens, porque as mesmas são completamente incontroláveis, sendo preferível apresentar as ideias em jogo, ouvir os partidos e deixar que os eleitores escolham por si.

 

Vitela assada “dá festival” este fim de semana em Fafe

A 9.ª edição do Festival Gastronómico da Vitela Assada à Moda de Fafe vai decorrer de sexta-feira a domingo naquela cidade do distrito de Braga, com a participação de cinco restaurantes, foi hoje revelado.

Segundo a organização, a cargo do município, os restaurantes vão “confecionar, em forno de lenha, a sua melhor vitela assada, acompanhada do já tradicional vinho verde e finalizada com os saborosos doces de gema”.

No recinto, também estarão expositores com artigos relacionados com o vinho verde, doces e artesanato, entre outros produtos regionais.

Uma em cada quatro escolas já limitou uso de ‘smartphones’

Uma em cada quatro escolas já limitaram ou proibiram o uso de telemóveis nas escolas, segundo um inquérito nacional, que revela que esta é uma prática mais comum junto dos alunos mais novos, até ao 6.º ano de escolaridade.

Esta é uma das conclusões do inquérito nacional levado a cabo na última semana de setembro, ao qual responderam 128 direções escolares sobre questões relacionadas com o arranque do ano letivo e as medidas anunciadas pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).

Questionados sobre a adoção de medidas para o presente ano letivo em relação ao uso de telemóveis, 35 escolas participantes (27% do total) declararam ter adotado procedimentos que limitam ou proíbem a sua utilização, refere o estudo, que explica que as opções variam conforme os ciclos de escolaridade, “sendo mais comum entre os 1º e 2º ciclos” de ensino.

Com estas respostas, os investigadores concluem que os diretores estão a seguir as recomendações feitas pela tutela no início do atual ano letivo.

Na semana em que começaram as aulas, o Governo aprovou em Conselho de Ministros uma recomendação apelando às escolas para que optassem pela proibição do uso e da entrada de telemóveis nas escolas dos 1.º e 2.º ciclos. Na altura, apenas 2% dos agrupamentos tinham proibido a utilização de ‘smarthphones’.

No final do mês, a Federação Nacional da Educação (FNE) e a Associação para a Formação e Investigação em Educação e Trabalho (AFIET) realizaram um inquérito nacional, ao qual responderam 128 direções escolares, sendo “frequente a afirmação de que a questão (dos telemóveis) está em processo interno de análise, de auscultação, de planificação”.

“Em 24 das escolas, a informação é de que ainda não foram adotados procedimentos, mas em alguns casos a questão está em apreciação”, acrescenta o estudo a que a Lusa teve acesso. Em outras 35 escolas, o uso daqueles equipamentos foi limitado ou proibido.

Os diretores foram também questionados sobre a situação dos alunos imigrantes, tendo apontado como maior problema a insuficiência de meios e de recursos para garantir uma oferta adequada do Português Língua Não Materna.

Sobre o acesso aos recursos necessários para atender ao apoio de todos os alunos imigrantes, a maioria dos inquiridos (74 diretores) disse não ter recursos necessários para responder às necessidades de todos.

Para os diretores, o maior problema continua a ser a dificuldade em garantir a estabilidade do corpo docente e a falta de pessoal de apoio educativo.

A burocracia e o tempo excessivo no acesso e preenchimento de plataformas surge também entre os problemas identificados, ao lado dos efeitos negativos das ausências por baixa médica.

A maioria dos diretores escolares acredita no plano do ministério para atrair mais professores, mas acham pouco atrativas as medidas que visam chamar docentes aposentados ou à beira da reforma.

Quatro em cada dez escolas têm falta de assistentes operacionais e de técnicos superiores (38,3%), segundo as respostas dadas pelos diretores, que reconhecem haver menos falta de assistentes técnicos, já que 44,6% considera-a muito adequada e extremamente adequada.

O inquérito mostra que 76,6% das escolas não dispõe do número suficiente de Técnicos Superiores para tarefas administrativas de apoio aos alunos. E destes, 84,3% dos diretores diz não ter tido autorização para contratar esses técnicos.

Vitor Paulo foi reeleito líder distrital dos socialistas

Vítor Paulo Pereira, a cumprir o último mandato enquanto presidente da Câmara de Paredes de Coura, foi hoje reeleito, pela segunda vez, presidente da distrital do PS de Viana do Castelo.

Segundo o presidente da comissão organizadora do ato eleitoral, João Braga Simões, dos 1.031 militantes do distrito de Viana do Castelo, que estavam em condições de votar, exerceram esse direito 604, cerca de 60%”.

Além das dez concelhias do Alto Minho, votaram militantes das três secções da capital de distrito (margem esquerda do rio Lima, Vale do Neiva e Viana do Castelo) e duas secções do concelho de Caminha (Vila Praia de Âncora e Caminha).

Além do presidente da Federação distrital do PS, as eleições que decorreram entre as 18:00 e as 22:00 de sexta-feira, elegeram os delegados ao congresso distrital do partido que vai decorrer no dia 12 de outubro, em Arcos de Valdevez e, reelegeram Sandra Vietes como presidente das Mulheres Socialistas, com 87% dos votos e, a comissão distrital das mulheres socialistas, 87% dos votos.

Vítor Paulo Pereira foi eleito, pela primeira vez, em dezembro de 2022, na sequência da renúncia do ex-autarca de Caminha e ex-secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves.

O líder reeleito, que é também membro da Comissão Política Nacional do PS, apresentou-se para novo mandato com a moção de orientação política “Unidos por um Alto Minho mais forte”.

Um “documento assente em quatro eixos fundamentais para ganhar as batalhas que se avizinham, nomeadamente tornar o partido moderno e aberto à sociedade e próximo das pessoas”.

O líder agora reeleito quer apostar “numa comunicação mais eficaz com os militantes e com a sociedade civil, mas também na capacitação global dos autarcas, dirigentes e militantes socialistas com o propósito de dotá-los de conhecimentos e de instrumentos para um melhor desempenho político, tanto mais que é preciso consolidar os resultados e objetivos autárquicos”.

Para Vítor Paulo Pereira a sua liderança “estará sempre mais preocupada com a vida das pessoas, das instituições e das empresas do distrito do que com as ‘performances’ políticas”, apesar de reconhecer que o partido será “avaliado pelos resultados”.

“Esta moção é de todos. Todos serão chamados a participar. A nossa Federação é a casa comum daqueles que querem transformar o nosso distrito num lugar mais inclusivo e desenvolvido, que queremos deixar como herança para os nossos filhos”, afirmou, citado numa nota enviada à imprensa.

Segundo Vítor Paulo Pereira aponta como objetivos dos próximos dois anos de mandato na liderança do PS do Alto Minho “a consolidação das conquistas eleitorais, que terão de ser transformadas em benefícios para o distrito”.

O socialista defende uma “esquerda ativa, inteligente e pragmática que aposte na inovação, na educação e, nas transições energética e digital como motores de criação de emprego mais qualificado”.

“Queremos melhores salários. E melhores salários criam-se com investimentos empresariais nas tecnologias de ponta. Queremos ser uma esquerda que não esteja apenas interessada na repartição do valor criado pelos outros, mas que participe na sua criação e exija a justa redistribuição social. Porque quem participa ativamente na criação de riqueza, tem o direito e o dever de exigir a sua redistribuição”, argumentou.

Para o autarca e dirigente socialista “é viável um modelo de sociedade capaz de conciliar o crescimento económico com uma sociedade mais justa e com a manutenção do Estado social”.

“O Estado social é para nós um valor inegociável. E sabemos que precisamos crescer, produzir mais e exportar mais e melhor porque só assim conseguiremos continuar no caminho das contas certas que ajudarão a suportar o nosso Estado social”, sustentou.

Vítor Paulo Pereira pretende ainda “abrir a federação à sociedade civil”, sublinhado que “as próximas eleições autárquicas poderão representar uma oportunidade para abrir o partido a pessoas válidas e comprometidas com o seu distrito e que poderão ajudar o PS a reforçar as suas listas nas diversas candidaturas”.

“Quanto mais cativarmos os cidadãos bons, e com provas dadas nas suas profissões e com uma cidadania ativa nos respetivos concelhos, para a participação política pelo nosso partido, melhores listas conseguiremos apresentar nas próximas eleições autárquicas”, concluiu.

 

Operadora alvo de queixa está licenciada para transportes no Alto Minho até 2029

O Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT) garantiu hoje que a empresa a Auto Viação Cura, alvo de uma queixa, tem Licença Comunitária para o transporte de passageiros até 2029, título que renovou após o seu término em agosto último.

“A empresa Autoviação Cura (…) é titular de Licença Comunitária para o transporte de passageiros, a qual se encontrava válida até 06.08.2024. A referida empresa deu entrada do pedido de renovação da Licença Comunitária em tempo, a qual, após analisados e comprovados todos os requisitos para a continuidade da atividade, foi renovada com validade até 06.08.2029”, infromou o IMT .

A Auto Viação Cura terá estado impedida de celebrar contratos públicos devido à condenação judicial do gerente por abuso de confiança fiscal, que deixou o cargo em agosto.

A informação sobre o impedimento legal foi comunicado à CIM e às autarquias de Viana do Castelo, Arcos de Valdevez, Ponte de Lima e Caminha pela Autoridade de Mobilidade e Transportes (AMT), de acordo com um documento de 20 de agosto a que a Lusa teve acesso.

Hoje, em resposta, por escrito, a um pedido de esclarecimento da agência Lusa, o IMT refere que “a questão identificada pela AMT é a falta do requisito idoneidade de um sócio-gerente”.

“No entanto, e no âmbito da certidão do registo comercial que foi apresentada pela empresa Autoviação Cura, para a renovação da Licença Comunitária, a pessoa em questão já não consta desse registo como desempenhando qualquer cargo ou posição na empresa”, sustenta o IMT.

O instituto público acrescenta que, “analisados o registo criminal do gerente, atualmente identificado na certidão de registo comercial, verificou-se que o mesmo cumpre o requisito com idoneidade, uma vez que nada consta em contrário do seu registo criminal”.

A denúncia apresentada pela Auto Viação do Minho, junto da AMT, visa os protocolos provisórios celebrados entre os municípios de Viana do Castelo, Caminha, Ponte de Lima e Arcos de Valdevez e pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho com a Auto Viação Cura para colmatar a ausência de um serviço de um transportes público que sirva os 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo.

Em agosto, a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho cancelou o concurso do serviço público de transportes porque a empresa vencedora “não apresentou documentos de habilitação e prestação da caução”, pelo que vai ser preparado um terceiro procedimento.

Um primeiro concurso público internacional tinha sido lançado em março e anulado em agosto de 2023 porque a empresa concorrente “não respondeu a questões técnicas levantadas pelo júri”.

 

Melchior Moreira foi hoje condenado a sete anos de prisão

O antigo presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) Melchior Moreira foi hoje condenado a sete anos de prisão por 29 crimes, no âmbito da Operação Éter, relacionada com contratos ilícitos celebrados por aquela entidade.

Na leitura do acórdão, o Tribunal de São João Novo, no Porto, condenou o principal arguido deste processo por 20 crimes de participação económica em negócio, por seis de falsificação de documento, por recebimento indevido de vantagem e por dois crimes de peculato.

O tribunal aplicou ainda à grande maioria dos restantes 20 arguidos singulares, incluindo a empresária Manuela Sousa, o presidente do SC de Braga António Salvador e o ex-presidente do Vitória Sport Club Júlio Mendes – ambos condenados por falsificação de documentos – penas até cinco anos de prisão, todas suspensas na sua execução por igual período.

O presidente da TPNP de 2009 a 2019 é o principal arguido no processo, que se centra nos crimes alegadamente cometidos por Melchior Moreira através desta entidade, nomeadamente em ofertas públicas de emprego, nas relações com o futebol, em ajudas de custo/fundo maneio, em férias no Algarve e nos negócios com a empresária da área da comunicação Manuela Couto (agora Manuela Sousa – ex-mulher do antigo presidente da Câmara de Santo Tirso Joaquim Couto).

Em causa estão procedimentos de contratação de pessoal e aquisição de bens, a alegada utilização de meios deste organismo público para fins pessoais e o apoio prestado a clubes de futebol, a troco de contrapartidas e favores pessoais a Melchior Moreira, que, segundo o Ministério Público (MP) tinha a “ambição de concorrer à presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional”.

O advogado de Melchior Moreira – que não saiu pela porta da frente do tribunal para evitar os jornalistas – disse que provavelmente vai recorrer.

“Vamos ver, vamos analisar. Apenas soubemos os crimes e as penas. Todos os outros arguidos ficaram com pena suspensa, menos o meu cliente, que estaria eventualmente à espera de uma pena suspensa”, afirmou Francisco Manuel Espinhaço, à saída do tribunal.

Nas alegações finais, o MP pediu penas efetivas de prisão para três dos 21 arguidos singulares: Melchior Moreira, a empresária Manuela Sousa e Isabel Castro, à data dos factos uma das diretoras da TPNP, admitindo penas suspensas para os restantes arguidos.

O tribunal condenou Manuela Sousa por 16 crimes de participação económica em negócio e por dois crimes de falsificação de documentos a uma pena de três anos e nove meses, enquanto Isabel Castro foi condenada por 16 crimes de participação económica em negócio, dois crimes de falsificação de documentos e peculato a quatro anos de prisão, ambas penas suspensas.

Nuno Brandão, advogado de Manuela Sousa, adiantou que vai também interpor recurso.

O MP defendeu também nas alegações a condenação do presidente do SC de Braga (SCB), António Salvador, e do ex-presidente do Vitória Sport Club (VSC), ambos por falsificação de documento, crime cometido nos contratos de publicidade nas camisolas dos clubes, celebrados com a TPNP, mas defendeu a absolvição de Júlio Mendes de corrupção, uma vez que não houve “um toma lá, dá cá”, entre o então presidente do VSC e Melchior Moreira.

O coletivo de juízes condenou António Salvador e Júlio Mendes à pena suspensa de um ano e três meses por um crime de falsificação de documentos, aplicando ainda uma multa ao SCB e ao VSC de 18.000 euros, cada.

Artur Marques, advogado de António Salvador e do SCB, referiu que também vai recorrer, por considerar que “não se fez prova” da prática do crime.

O processo denominado de Operação Éter tem 29 arguidos (21 singulares e oito entidades coletivas) e envolve cerca de centena e meia de crimes económicos, nomeadamente corrupção, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder, falsificação de documento e recebimento indevido de vantagem.

Foram absolvidos três arguidos singulares e duas sociedades.

 

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