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Continua o lamentável espetáculo com Agostinho Costa

Há muito salientei o lamentável espetáculo que se aplica em certos programas da CNN Portugal, onde o nosso Major-General Agostinho Costa é tratado, um pouco, como uma espécie de saco de boxe. Precisamente, o que há uns dois ou três dias teve lugar, num cenário moderado por Ana Sofia Cardoso, e em que também estiveram presentes Francisco Seixas da Costa e Diana Solller.
A dúvida está em saber quando é que um tal espetáculo não tem lugar, dado que, à luz da minha memória, esta vem sendo uma lei empírica muito forte. Mais: chegam a ser expostos argumentos que nada têm que ver com o que foi dito pelo nosso mui prestigiado militar. Enfim, e como eu costumo dizer, temos a democracia…
Este tipo de programas vem mostrar, e à saciedade, como assistia a Aníbal Cavaco Silva, já lá vão décadas, a mais cabal razão na recusa que aplicou à ideia de debates a dois com Jorge Sampaio, era este o líder do PS ao tempo. Pleno de razão, Cavaco logo explicou a sua recusa em participar em tal tipo debates, dado serem estes autênticos marcos de política-espetáculo. E assim voltou há pouco a fazer Pedro Nuno Santos, numa decisão acertadíssima.
Hoje, pelo que se vai vendo, parece não se ter uma ideia mínima de que este tipo de programas-espetáculo estão a ser um dos principais fatores de descrédito da própria democracia. De resto, é isto que se passa com o modo como é praticada a generalidade da grande comunicação social. Seria muito bom, pois, que na campanha que se aproxima para cada uma das eleições deste ano se opte por aquela corretíssima receita de Cavaco Silva: façam-se entrevistas, com mui ligeira participação dos entrevistadores, mas em que cada um dos entrevistados, dos diversos partidos, exponha o programa eleitoral correspondente. Sobretudo, no modo de atuar nas áreas essenciais do Estado Social, que é o que realmente interessa aos portugueses. E evite-se o debate, moralmente inútil e podre, sobre casos e casinhos, porque os portugueses estão fartos de um tal tipo de política-espetáculo. É um domínio em que vale, por todos, o histórico argumento de Aníbal Cavaco Silva.
Finalmente, o tal programa da CNN Portugal, em que estiveram, como convidados, o Major-General Agostinho Costa, Francisco Seixas da Costa e Diana Soler. Bom, a meu ver, e no de tantos conhecidos que o visionaram, foi mais um programa-espetáculo. E sempre com o nosso militar a ser usado como uma espécie de saco de boxe. Objetivamente, já cansa e, até, de um modo enfadonho. Mas recordemos um pouco o que se passou.
Em primeiro lugar, Ana Sofia Cardoso, começa sempre por Agostinho Costa, o que tem como consequência que nunca é este o último a falar. É um técnica que vem nos livros…
Em segundo lugar, custa entender que não se perceba que o Irão é quem não tem um ínfimo de interesse em ver-se metido em toda esta barulheira, ali criada pelo Hamas e por Israel.
Em terceiro lugar, custa ainda mais não entender que Israel tem um interesse absoluto em envolver o Irão nesta contenda. Portanto, desta situação resulta o que se evidencia a cada um, mesmo sem ser general ou embaixador.
Em quarto lugar, Seixas da Costa, com grande assertividade, explicou já que Israel pode fazer o que quiser.
Em quinto lugar, o que se passou no tal funeral conveio a Israel, por saber que pode fazer o que quiser e porque lhe conviria sempre uma resposta do Irão, a fim de poder criar mais um direito de se defender…
Em sexto lugar, mesmo tendo sido uma ação de Israel, o Irão tem de não o reconhecer, ou lá se veria na obrigação de atuar ou comer e calar.
E, em sétimo lugar, o facto de ter o atentado apresentado caraterísticas inusuais na ação israelita, tal não impede que tenha sido Israel a praticar o ato, porque a fazê-lo, teria de ser de um modo disfarçado, ou seria ainda mais condenado.
Ora, de tudo isto, custa entender a posição assumida por Francisco Seixas da Costa, sendo-me razoável perguntar: o que é que Francisco não percebeu nisto tudo, que foi o exposto pelo Major-General Agostinho Costa?
Aproveito esta oportunidade para convidar – é um modo de falar – o nosso embaixador a consultar, na Biblioteca Nacional, o Diário de Notícias desde o ano em que surgiram os LOBOS CINZENTOS, de que Ali Agka foi membro. Sabendo-se, a menos de um mínimo de dúvida, que a CIA teve no surgimento deste grupo uma mão – consulte-se a Wikipédia –, ver-se-á que só se fala em Lobos Cinzentos a propósito da intervenção de Ali Agka na Praça de São Pedro. Nunca mais se voltou a falar de tal grupo… E assim se passa com o Estado Islâmico. Pois, não é verdade que o Presidente Vladimir Putin denunciou publicamente que cerca de seis dezenas de Estados ocidentais adquiriam petróleo a esta última estrutura, o que provocou a ira desses ocidentais? Portanto, porquê continuar a mostrar dúvidas…?
Por fim, algumas notinhas. Por um lado, seria excelente – ouro sobre azul – que não transformassem o programa numa sucessão de interrupções de uns sobre o discurso dos outros. E depois, que a moderadora não conceda todo o grau de liberdade a Francisco e Diana, pedindo com força que o nosso militar dê a palavra aos outros!!! E comece sem ser pelo Major-General Agostinho Costa, deixando-o ser quem acaba o programa. E atenção: a democracia, com programas deste quilate, está-se, progressivamente, a desagregar. Também como com o Porto Kopke, com programas destes à vista, não democracia que resista.

Eleições: Ventura admite que dinheiro “não se multiplica” e compromete-se com quadro macroeconómico

O presidente do Chega comprometeu-se hoje a apresentar um quadro macroeconómico “nos próximos dias” para explicar como pretende financiar as suas propostas, admitindo que o dinheiro “não se multiplica” e adiantando que quer taxar os lucros das gasolineiras.
Esta garantia foi deixada por André Ventura, em declarações aos jornalistas, antes de participar numa palestra na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, altura em que foi questionado sobre se fará o mesmo que a coligação Aliança Democrática (PSD-CDS-PPM), que remeteu hoje todas as contas para um quadro macroeconómico que será apresentado em breve.
Ventura garantiu que tal quadro será apresentado quando o programa eleitoral for também divulgado, o que acontecerá “nos próximos dias”.
Sobre as propostas que anunciou na 6.ª Convenção Nacional do Chega, em Viana do Castelo, nomeadamente equiparar as pensões mais baixas ao salário mínimo nacional, Ventura reconheceu que “é muito dinheiro e ninguém esconde isso” mas voltou a insistir que o financiamento terá origem numa taxa sobre os lucros da banca, o “combate à corrupção e à economia paralela”, acrescentando a criação de uma taxa sobre os lucros das gasolineiras que “será de 40%”.
Questionado sobre quanto poderá valer esta medida, Ventura respondeu que o partido quer “criá-la e avançar com ela para a poder estudar”, tendo apenas “uma estimativa”, sem concretizar valores.
O líder do Chega disse também que colocará o seu lugar à disposição – “de líder do partido, de primeiro-ministro, de ministro” – caso não consiga equiparar as pensões mais baixas ao salário mínimo nacional.
André Ventura foi ainda questionado sobre as críticas do secretário-geral do PS, que o acusou de mentir, respondendo que Pedro Nuno Santos “tem cadastro, não tem currículo” para ser primeiro-ministro.
O líder do Chega considerou que Pedro Nuno Santos “é um mau candidato a primeiro-ministro, não tem currículo, não tem credibilidade para ser primeiro-ministro e cada vez que fala fica pior”.
Ventura estendeu ainda as suas críticas ao líder do PSD, Luís Montenegro, dizendo que existem “dois candidatos a primeiro-ministro que acham que não têm que ganhar o poder, o poder há de cair-lhes no colo”.

Empresas têm até 13 de junho para concorrer ao primeiro troço do TGV

Os interessados em concorrer à primeira parceria público-privada (PPP) da linha de alta velocidade (LAV), o troço entre Porto e Oiã, têm até 13 de junho para o fazer, segundo o concurso público hoje publicado.
De acordo com o concurso público hoje publicado em Diário da República (DR) pela Infraestruturas de Portugal (IP), as empresas ou consórcios interessados em concorrer devem fazê-lo até às 17:00 de dia 13 de junho, e o procedimento tem um valor de 1,66 mil milhões de euros, a que se podem somar 480 milhões de euros de fundos europeus, perfazendo assim 2,14 mil milhões de euros.
O procedimento de avaliação considera o preço um fator com 70% de ponderação, e a qualidade 30%.
Dentro do fator de qualidade, a estação de Campanhã, no Porto, é um subfator com 35% de ponderação, tal como a estação de Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia, e a nova ponte rodoferroviária contará com os restantes 30%.
Na quinta-feira, o Conselho de Ministros aprovou a despesa inerente ao contrato de concessão do primeiro troço da LAV Porto-Lisboa, entre Campanhã (Porto) e Oiã (Oliveira do Bairro), e na sexta-feira foi lançado o concurso público para esta parceria público-privada (PPP).
No total, esta PPP implica um custo de cerca de 4,3 mil milhões de euros até 2055, segundo a resolução do Conselho de Ministros, sendo repartido por 31 anos um “montante de 4.269.507.412,38 euros”, relativo à concessão ao vencedor do concurso público.
O procedimento implica a “conceção, projeto, construção, financiamento, manutenção e disponibilização do troço” Porto – Oiã (Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro).
O primeiro troço da linha, corresponde aos 71 quilómetros (km) entre o Porto e Oiã (Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro), numa linha preparada para os 300 quilómetros por hora (km/hora).
O projeto inclui a reformulação da estação de Campanhã, no Porto, a construção de uma nova ponte rodoferroviária, com dois tabuleiros, sobre o rio Douro, a construção de uma nova estação subterrânea em Santo Ovídio (Gaia), com ligação ao Metro do Porto, e a ligação de 17 quilómetros à atual Linha do Norte, em Canelas (Estarreja), permitindo assim que o comboio de alta velocidade chegue à atual estação de Aveiro.
O projeto corresponde ao primeiro lote da primeira fase (Porto-Soure) do projeto de alta velocidade.
A linha de alta velocidade deverá ligar as duas principais cidades do país em cerca de uma hora e 15 minutos, com paragens possíveis em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria.
A primeira fase (Porto – Soure) deverá estar pronta em 2030, com possibilidade de ligação à Linha do Norte e encurtando de imediato o tempo de viagem, estando previsto que a segunda fase (Soure – Carregado) se complete em 2032.
A ligação entre Carregado e Lisboa, por ser mais onerosa financeiramente, apesar da curta distância, poderá ser completada posteriormente, mas já está planeada a quadruplicação da Linha do Norte para este troço.
Prevê-se a realização de 60 serviços por dia e por sentido, dos quais 17 serão diretos, nove com paragens nas cidades intermédias (Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia), e 34 serviços mistos (com ligação à rede convencional), segundo a IP.
O projeto prevê transportar 16 milhões de passageiros por ano na nova linha, dos quais cerca de um milhão que atualmente fazem aquela viagem de avião.
Paralelamente, está também a ser projetada a ligação do Porto a Vigo, na Galiza (Espanha), com estações no aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga e Valença (distrito de Viana do Castelo).

Construção de nova ponte em Viana do Castelo lançada a concurso público

A Câmara de Viana do Castelo lançou hoje o concurso público internacional para a construção de uma nova ponte sobre o rio Lima, pelo preço base de 23,053,660.80 euros, de acordo com o anúncio publicado em Diário da República (DR).
De acordo com o documento, o prazo para apresentação de propostas termina às 17:00 do quadragésimo dia a contar da última sexta-feira.
A empreitada, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tem um prazo de execução de 510 dias.
A construção da nova ponte foi aprovada em reunião extraordinária da Câmara de Viana do Castelo em 05 de janeiro, pela maioria PS.
A nova ponte, entre a Estrada Nacional (EN) 203, na freguesia de Deocriste, e a EN 202, em Nogueira, terá uma extensão total aproximada de 1,95 quilómetros.
A travessia “vai iniciar-se na EN 202, junto ao campo de futebol da Torre, com a reformulação da interseção giratória de acesso à área de localização empresarial de Nogueira e à A27, no sentido Viana do Castelo-Ponte de Lima”.
No início do ano, o Governo reconheceu como ação de relevante interesse público o projeto da nova ponte para viabilizar a sua construção em áreas de Reserva Ecológica Nacional (REN).
Segundo o despacho publicado em Diário da República, o reconhecimento de relevante interesse público foi proposto pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), ao abrigo do regime jurídico da REN, condicionado ao cumprimento dos pareceres emitidos pelas entidades consultadas e à implementação das medidas de minimização constantes do projeto.
Com a construção da nova travessia sobre o rio Lima e a sua ligação à A27, irá “diminuir drasticamente o fluxo de trânsito pesado pelas estradas EN203 e EN305, aumentar a segurança rodoviária, a eficiência do transporte com a diminuição dos tempos de ligação e diminuir a emissão de C02, conseguindo-se tirar também partido do investimento de 145 milhões de euros que a DS Smith está a fazer no seu processo produtivo”.
A “travessia desenvolve-se na maior parte do percurso em tabuleiro de betão pré-esforçado, numa estrutura que permite minimizar os impactos na galeria ripícola e habitats incluídos na Rede Natura 2000”.

Governo diz que desde 2015 as forças de segurança já foram aumentadas em 32,6%

O Ministério da Administração Interna informou hoje que o orçamento das remunerações nas forças de segurança aumentou 32,6% desde 2015, ano em que o PS chegou ao Governo.
Num esclarecimento enviado às redações esta noite, quando desde há uma semana decorrem diversos protestos de elementos da PSP e da GNR por melhores salários, a tutela indica que “o orçamento para remunerações nas Forças de Segurança aumentou 32,6% – mais 426 milhões de euros (M€) – entre 2015 e 2024”.
Segundo a mesma nota, no ano passado, “houve um aumento de 2 níveis remuneratórios para o 1.º escalão dos profissionais da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP) – em vez de apenas 1, como para os restantes funcionários da Administração Pública”.
Esse aumento implicou, segundo o Governo, “o correspondente acréscimo na componente variável do suplemento de risco, que é de 20% do salário base. Quanto à componente fixa do suplemento de risco, em 2021 procedeu-se ao aumento de 31€ para 100€, correspondendo a um investimento anual permanente superior a 50M€”.
Para a tutela, entre 2022 e 2026, “ficou também definido um aumento médio de 20% nos salários e abonos: 29% para guardas/agentes, 16% para sargentos/chefes e 14% para oficiais”.
A contestação dos elementos da PSP e dos militares da GNR teve início após o Governo ter aprovado em 29 de novembro o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que não tem equivalente nas restantes forças de segurança e, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês.
A tutela adianta ainda que este ano vão ser ainda investidos cerca de 51 M€ em promoções, progressões, graduações e ingressos na GNR e PSP.
Os elementos das forças de segurança que têm demonstrado o seu descontentamento também referem a falta de condições e de equipamentos.
Nessa matéria, o Governo adianta que os investimentos realizados nas forças de segurança “inscritas desde 2017 num diploma renovável a cada 5 anos (…) ascendem a 607 M€ – 25% dos quais já em execução”.
Em infraestruturas, o Ministério tutelado por José Luís Carneiro refere que já tem “comprometidos cerca de 150M€ dos 607M€ de investimento para edifícios e equipamentos” das forças de segurança até 2026.
No caso dos edifícios, recorda que inaugurou oito instalações policiais onde se investiram 8,7M€ e tem 10 com obras em execução por 15,9 M€.
Em matéria de viaturas, desde 2017 as forças de segurança já receberam 2.088, estando a decorrer um concurso para aquisição de “mais 789 viaturas para entregar este ano e em 2025”, acrescenta.
Relativamente a alojamentos, o Governo diz que já foram executados cerca de 6M€ dos 40M€ previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para construção e reabilitação de habitações destinadas aos profissionais da GNR e da PSP.

Onze distritos do continente sob aviso amarelo devido à chuva forte

Onze distritos do continente estão hoje sob aviso amarelo devido à previsão de chuva por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada, devido aos efeitos da depressão ‘Irene’, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A depressão vai condicionar o estado do tempo em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, com ventos fortes, chuvas intensas e agitação marítima até ao final do dia de quarta-feira, segundo o IPMA.
Por causa da chuva forte, os distritos de Coimbra, Guarda, Viseu, Aveiro, Bragança e Braga vão estar sob aviso amarelo até às 09:00 de hoje e Lisboa, Santarém, Portalegre, Leiria e Castelo Branco até às 15:00.
O IPMA emitiu também aviso amarelo para todos os distritos do continente entre as 18:00 de terça-feira e as 18:00 de quarta-feira por causa da previsão de chuva persistente e por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada.
Os distritos de Viseu, Évora, Porto, Guarda, Faro, Vila Real, Setúbal, Santarém, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Beja, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra, Portalegre e Braga vão estar também sob aviso amarelo na terça e quarta-feira devido ao vento forte, prevendo-se rajadas até 75 quilómetros por hora (km/h), e até 95 km/h nas terras altas.
O IPMA colocou ainda os distritos de Faro, Setúbal, Lisboa, Leiria e Beja sob aviso amarelo entre as 00:00 e as 18:00 de quarta-feira devido à agitação marítima, prevendo-se ondas de sudoeste com 4 a 5 metros.
Sob aviso amarelo por causa da chuva por vezes forte estão também os grupos oriental (São Miguel e Santa Maria) e Central (S. Jorge, Faial, Pico, Graciosa e Terceira).
No grupo oriental, o aviso vai estar em vigor até às 21:00 de hoje e no central entre as 09:00 e as 21:00 de hoje.
Ainda por causa da previsão de chuva forte, o IPMA emitiu aviso laranja para as regiões montanhosas e costa sul da Madeira entre as 00:00 e as 15:00 de terça-feira e amarelo para a costa norte entre as 00:00 e as 15:00.
O IPMA colocou igualmente a costa norte, costa sul e Porto Santo sob aviso amarelo devido à previsão de agitação marítima (entre as 06:00 de terça-feira e as 12:00 de quarta-feira).
A costa sul e regiões montanhosas da ilha da Madeira e Porto Santo também vão estar sob aviso amarelo devido ao vento forte (entre as 00:00 e as 18:00 de terça-feira).
O aviso laranja é emitido pelo IPMA sempre que existe “situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
No sábado, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu um aviso à população para o risco de ocorrência de cheias e inundações no continente face à previsão de chuva.
Face ao agravamento das condições meteorológicas adversas, a Proteção Civil alertou para a previsão de “inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro”, bem como a ocorrência de cheias, “potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras”.
A ANEPC aponta risco de inundações urbanas na Bacia Hidrográfica do Tejo e subida de afluências no rio Vez, no rio Lima, no Norte, e no sistema da Aguieira, Raiva e Fronhas, na Bacia do Mondego, região Centro.

Pedro Nuno acusa Chega de mentir aos portugueses e apresentar propostas impossíveis

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou hoje que metade das propostas do Chega são impossíveis de concretizar e “a outra metade é impossível aceitar”, acusando o partido de mentir aos portugueses.
“O Chega apresenta-se perante os portugueses com a mentira, com a manipulação, com o único objetivo de seduzir aqueles que estão descontentes, aqueles que estão zangados. Mas a pergunta que nós temos de colocar e todos têm de colocar é se têm soluções”, declarou Pedro Nuno Santos, no encerramento do XXI Congresso do PS/Madeira, no Funchal.
“Não, o Chega não tem soluções para os problemas do país. Grita, fala alto, mas não tem solução para nenhum problema nacional”, considerou o secretário-geral socialista, acrescentando que o Congresso do Chega, a decorrer em Viana do Castelo, “é o congresso da mentira”.
Pedro Nuno Santos disse que “50% das propostas que o Chega faz são impossíveis de realizar”, dando como exemplo a medida para que nenhuma pensão tenha valor inferior ao salário mínimo nacional.
“O líder do Chega não foi capaz de explicar como é que financia mais sete mil, oito mil milhões de euros por ano e não conseguiu ser convincente porque não é possível. Rebentava com o Orçamento do Estado e rebentava com o sistema público de pensões”, apontou.
Acusando aquele partido de desrespeitar “quem trabalhou uma vida inteira”, o dirigente socialista salientou que “o PS continuará a aumentar rendimentos, mas fará isso com sentido de responsabilidade”.
“Nenhum reformado quer conviver com propostas irresponsáveis que podem pôr em causa o sistema público de pensões”, sustentou.
Pedro Nuno Santos referiu, por outro lado, que a outra metade das propostas feitas pelo Chega “é impossível de aceitar”.
“Nós vimos o líder do Chega a desvalorizar o investimento que é feito na igualdade de género em Portugal. […] Serve propósitos de retórica, mas aquilo que eles fazem todos os dias e que fizeram este fim de semana é desvalorizar o combate à discriminação que continua a existir entre homens e mulheres em Portugal, a desvalorização do combate à violência doméstica que continua a existir em Portugal”, lamentou.
“Na realidade, o Chega não respeita as mulheres em Portugal, não respeita as nossas avós, as nossas mães, não respeita as mulheres portuguesas”, reforçou, defendendo que “só o PS no governo pode assegurar que não há retrocesso nos direitos das mulheres”.
O secretário-geral do PS acrescentou que os socialistas, ao contrário “do partido que está hoje reunido no Congresso”, têm “uma visão de respeito, uma visão de humanismo para com todos, para com os outros”.
“Nós temos uma visão comunitária da vida. Os problemas de uns são os problemas de todos, nós queremos resolver os problemas do país em conjunto”, vincou.
Num discurso centrado sobretudo nas críticas ao Chega, Pedro Nuno Santos abordou também o tema da autonomia, que reconheceu ser “uma tarefa inacabada”, considerando, no entanto, que foi “com o Partido Socialista que mais se fizeram avanços no aprofundamento dessa autonomia”.
Para o dirigente socialista, é fundamental extinguir a figura do representante da República para a Madeira e contar com a participação das regiões autónomas na gestão do mar.
O secretário-geral do PS disse ainda ter “a certeza” de que os socialistas ainda formarão governo na região, pedindo aos madeirenses uma “oportunidade de experimentar uma visão diferente” e expressando a sua confiança no presidente do PS/Madeira, Paulo Cafôfo.
“O PSD fez o seu trabalho ao longo das décadas. Nós temos um modelo de desenvolvimento esgotado, não será com o PSD que ele será transformado”, considerou.
Pedro Nuno Santos apontou também que, apesar de o turismo ser um dos setores mais importantes para todo o país, “a Madeira só conseguirá ter os seus jovens qualificados se for capaz de diversificar a sua economia”.
O XXI congresso regional socialista, no qual Paulo Cafôfo foi consagrado presidente do PS/Madeira, decorreu no sábado e hoje, no Funchal.

81 operadores garantem desfibrilhação automática em 10 equipamentos

Oitenta e um funcionários municipais e de clubes desportivos de Viana do Castelo concluíram a formação para utilização dos 10 aparelhos de Desfibrilhação Automática Externa (DAE) instalados noutros tantos equipamentos desportivos do concelho, foi hoje revelado.
Em causa está o projeto “+ Vida – Rede Municipal de Desfibrilhação Automática Externa”, iniciado em 2023, âmbito da Cidade Europeia do Desporto.
Em agosto, a Câmara de Viana do Castelo anunciou um investimento de 80 mil euros para a instalação de desfibrilhadores automáticos em 42 equipamentos educativos e desportivos municipais e a formação de 220 operadores.
Na nota hoje enviada às redações, a autarquia de Viana do Castelo acrescentou que “a instalação dos restantes equipamentos e formação de operadores de DAE estará concluída no final do primeiro trimestre de 2024”.

Projeto do troço de alta velocidade Braga-Valença arranca nas próximas semanas

O desenho do projeto da Linha de Alta Velocidade (LAV) entre Braga e Valença, parte do eixo Porto-Vigo, vai arrancar “nas próximas semanas”, disse hoje Carlos Fernandes, vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP).
“Vamos começar, nas próximas semanas, a atualização do estudo do [troço] Braga–Valença, que é a primeira fase da ligação Porto-Vigo. Do lado espanhol estão já também em curso os estudos de traçado da ligação Vigo-fronteira”, disse hoje Carlos Fernandes em Almada, no distrito de Setúbal.
O responsável da IP falava na cerimónia de lançamento do concurso público para a parceria público-privada (PPP) de 30 anos para o troço Porto-Oiã (Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro) da LAV Porto-Lisboa, que decorreu hoje.
“Penso que, em condições normais, teremos possibilidade de lançar também este concurso [Braga-Valença] dentro de um ou dois anos e, portanto, dar cumprimento ao programa que está planeado”, frisou Carlos Fernandes.
O troço Braga-Valença é parte da ligação Porto-Vigo, que inclui ainda a ligação entre a estação portuense de Campanhã e o aeroporto Francisco Sá Carneiro, feita maioritariamente em túnel, e a ligação do aeroporto a Braga.
Em 07 de novembro, a IP apontou para 2027/2028 o arranque das obras da ligação ferroviária de alta velocidade entre Porto e Vigo, revelando que decorrem já estudos nos dois países.
“A previsão é que tudo esteja pronto para que em 2027/2028 as obras possam arrancar”, afirmou Carlos Fernandes, vice-presidente da IP, à margem das jornadas Redes de Transporte e Logística na Fachada Atlântica, organizadas pela Associação Espanhola de Transporte e pelo Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular.
O responsável referiu que a obra “dificilmente estará concluída em 2030”, mas observou que nada obriga a que só fique pronta em 2040, o prazo estipulado pela União Europeia para concluir a “rede alargada do corredor atlântico transfronteiriço”.

Investimento de 200 mil euros reforça cuidados de saúde primários

A Câmara de Viana do Castelo vai investir, este ano, 200 mil euros no reforço de recursos humanos em diversas extensões de saúde e no aluguer de viaturas destinadas à prestação de cuidados de saúde domiciliários, foi hoje divulgado.
Em outubro de 2020, a Câmara e a Unidade de Saúde do Alto Minho (ULSAM) celebraram um protocolo de cooperação para reforço de assistentes operacionais e técnicos que tem permitido a alocação de recursos humanos às extensões de saúde de Chafé, Castelo do Neiva, Geraz do Lima, Lanheses, Alvarães, Vila Franca, Afife, Carreço e UCSP de Darque.
Entre 2021, 2022 e 2023, o protocolo representou um investimento municipal de quase 250 mil euros e, em 2024, o reforço de recursos humanos em nove Unidades de Saúde implica a contratação de 11 profissionais.
Já o protocolo viaturas – cuidados de saúde domiciliários, representou entre 2021 e 2023, um investimento municipal foi de 95 mil euros. Atualmente, no âmbito deste protocolo estão disponíveis duas viaturas para o centro de saúde de Darque, uma para o de Barroselas e, duas para o de Viana do Castelo.

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