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Vilar de Mouros espera boa afluência com cartaz que quer agradar ao público 

A organização do festival de Vilar de Mouros, no concelho de Caminha, disse hoje esperar “uma boa afluência” de um público “distinto e especial” atraído por um cartaz preparado com “cuidado”.

Contactado pela agência Lusa, o porta-voz do festival, Paulo Ventura, escusou-se a quantificar o número de festivaleiros que irão marcar presença na edição 2025 de Vilar de Mouros, no distrito de Viana do Castelo, que se realiza entre quarta-feira e sábado.

“É melhor esperar pelo final de cada dia”, afirmou, adiantando que a venda de bilhetes está a “correr bem”.

“Vai ser o Vilar de Mouros que se quer ter, com muito e bom público. Temos um cartaz que agradará ao público e, daí percebermos que vamos ter uma boa afluência ao festival. Estamos muito contentes com os artistas que temos”, referiu.

Segundo Paulo Ventura, este ano a organização “melhorou os acessos, criando uma área mais ampla para a entrada no festival, mais parques de estacionamento, uma área de campismo mais ampla, aumentou a zona de restauração e as zonas de sanitários”.

“Cada ano que passa estamos mais bem preparados para receber o público. É um público social que vem à procura de música, de estar bem, de história e de histórias que viveram e que querem partilhar e reviver. É um público distinto e especial. Temos muito orgulho nisso e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade. Daí o nosso querer fazer melhor e, também, de um ano para o outro perceber que o cartaz tem de ser sempre incrementado, cuidado para podermos chegar às pessoas da maneira que elas esperam”, observou.

No primeiro dia da edição que assinala os 60 anos do festival atuam The Kooks, James, The Stranglers, Starsailor, Altered Images e Dubaquito.

Na quinta-feira sobem ao palco de Vilar de Mouros os Sex Pistols (com Frank Carter na voz), The Damned, Palaye Royale, The Godfathers e Girlband!.

Papa Roach, Refused, Triggerfinger, a banda de tributo a Linkin Park Hybrid Theory e Girl Scout preenchem o alinhamento do terceiro dia do festival.

Vilar de Mouros termina sábado com Da Weasel, I Prevail, The Ting Tings, Stereo MC’s e Cavaliers of fun.

O primeiro festival de música do país, lançado pelo médico António Barge, aconteceu em 1965 e começou por ser um evento de divulgação da música popular do Alto Minho e Galiza.

A edição de 1971, que lhe deu a fama de ‘Woodstock à portuguesa’, contou com a presença, entre outros, de Elton John e Manfred Mann.

 

Homem morre depois de entrar em dificuldades no rio Minho 

Um homem morreu hoje junto ao cais de S. Sebastião, em Seixas, no concelho de Caminha, depois de entrar em dificuldades na água no troço internacional do rio Minho, indicou a Autoridade Marítima Nacional em comunicado.

O alerta, para seis pessoas em dificuldades no troço internacional do rio Minho, foi recebido pouco depois das 16:00, tendo sido “ativados de imediato” meios para o local, incluindo Polícia Marítima, bombeiros e Viatura Médica de Emergência e Reanimação.

Quando chegaram os meios, as pessoas já tinham sido retiradas da água e transportadas para a margem do rio, “com o apoio de uma embarcação que se encontrava nas proximidades”.

Uma das pessoas, um espanhol de 54 anos, estava em paragem cardiorrespiratória, tendo as manobras de reanimação sido infrutíferas.

 

Interior Norte e Centro e Algarve permanecem em risco máximo

Mais de uma centena de concelhos do interior Norte e Centro do país e sete municípios do Algarve continuam hoje em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com o IPMA, estão sob risco máximo de incêndio todos os concelhos dos distritos de Bragança e Guarda e a maioria dos de Viseu, Vila Real, Castelo Branco e Faro.

Também em risco máximo estão vários municípios dos distritos Viana do Castelo, Braga, Porto, Coimbra, Santarém e Portalegre.

Em risco muito elevado encontram-se mais de meia centena de municípios distribuídos pelos distritos de Faro, Beja, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Leiria, Coimbra, Aveiro e Porto.

Sob risco elevado encontram-se perto de cem municípios, abrangendo a maioria do Alentejo, e concelhos dos distritos de Faro, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga, Viana do Castelo

Segundo o IPMA, estão ainda em risco moderado à volta de 30 municípios, dos distritos de Lisboa, Setúbal, Santarém, Leiria, Coimbra Aveiro e Braga.

Em todo o Portugal continental, apenas nove municípios, no litoral norte, apresentam hoje risco reduzido de incêndio: Aveiro e Espinho (distrito de Aveiro), Vila Nova de Gaia, Porto, Matosinhos, Maia, Vila do Conde, Póvoa de Varzim (distrito do Porto) e Esposende (distrito de Braga).

O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo, sendo este último emitido quando as condições meteorológicas, como calor extremo e baixa humidade, aumentam significativamente o perigo de ignição e propagação de incêndios.

Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio rural desde 02 de agosto e este ano já arderam mais de 139 mil hectares de espaços florestais, metade dos quais em apenas dois dias, e deflagraram mais de 6.229 incêndios, sendo a maioria nas regiões do Norte e Centro.

O IPMA colocou ainda sob aviso laranja devido à “persistência de valores muito elevados da temperatura máxima” os distritos de Bragança, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora, Beja e Faro.

Quanto à previsão para hoje, o IPMA aponta para uma pequena descida da temperatura máxima, mais significativa no litoral oeste.

O vento em geral vai soprar fraco do quadrante oeste, tornando-se moderado (até 30 km/h) a partir da tarde no litoral oeste e nas terras altas, e por vezes forte (até 40 km/h) na faixa costeira ocidental.

O IPMA aponta ainda para a possibilidade de ocorrência de aguaceiros e trovoadas dispersos nas regiões Norte e Centro até meio da tarde, em especial nas zonas montanhosas.

As temperaturas mínimas vão variar entre os 14º (graus Celsius), em Viana do Castelo, e os 23º (Castelo Branco e Faro) e as máximas entre os 22º (Viana do Castelo e Aveiro) e os 41º (Évora).

CDS-PP quer aumentar presença local

O CDS-PP avança para as autárquicas coligado com o PSD na maioria das suas candidaturas, mas também concorre em listas próprias a dezenas de municípios com o objetivo já definido de manter ou aumentar a presença autárquica.

Nestas que serão as suas primeiras eleições autárquicas como líder do CDS-PP, Nuno Melo traçou como objetivo continuar “a ser muito relevante no plano autárquico”, o que “significa desejavelmente e preferencialmente manter ou crescer” a presença local dos centristas – que atualmente lideram seis municípios.

Nas autárquicas de 2021, ainda com Francisco Rodrigues dos Santos como presidente do partido, o CDS-PP manteve as seis autárquias que dirigia – Velas (Açores), Santana (Madeira), Ponte de Lima (Viana do Castelo), Vale de Cambra, Oliveira do Bairro e Albergaria-a-Velha (Aveiro).

Destes seis, os presidentes da Câmara de Velas, Vale de Cambra e Albergaria-a-Velha já não se podem recandidatar por limitação de mandatos e o presidente do CDS-PP indicou que o partido apresentará “candidatos com enorme experiência política, muito reconhecidos pelas populações, muito considerados para além do CDS”.

Em Vale de Cambra, os centristas candidatam o atual vereador do Desporto da autarquia, André Martins Silva, e em Albergaria-a-Velha já anunciaram que o candidato será Carlos Coelho, atual presidente da Junta de Freguesia da Branca.

No Conselho Nacional do CDS-PP do passado 21 de julho, Nuno Melo destacou também as candidaturas em listas próprias dos centristas em Viseu, onde o antigo deputado Hélder Amaral avança contra o autarca social-democrata Fernando Ruas, e em Vila Franca de Xira, com uma candidatura encabeçada pelo líder parlamentar, Paulo Núncio – o único dos dois deputado do CDS-PP a concorrer a estas autárquicas.

A presença centrista nestas autárquicas fica marcada também pela difícil negociação da coligação de apoio à candidatura do atual presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, que resultou da intenção de incluir a IL no acordo.

Nos oito primeiros lugares – o atual executivo encabeçado por Moedas tem apenas sete – da aliança firmada para as eleições de outubro entre PSD, CDS-PP e IL prevê-se que os sociais-democratas indiquem, além do candidato a presidente, os números 2,3 e sexto da lista, cabendo ao CDS-PP indicar o quinto e sétimo lugares e a IL o quarto e oitavo.

No acordo, prevê-se que seja o PSD a indicar o presidente à Assembleia Municipal e a IL o segundo nome, cabendo ao CDS-PP o quarto eleito. Há quatro anos, o CDS-PP conseguiu a vice-presidência da Câmara de Lisboa, exercida por Filipe Anacoreta Correia (que, entretanto, anunciou a desfiliação dos centristas).

Não estão fechadas todas as candidaturas por esta altura, mas os centristas já acordaram dezenas de coligações com o PSD em concelhos como Coimbra, Cascais, Oeiras, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Famalicão, Castelo Branco, Caldas da Rainha, Amarante, Maia, Estremoz, Barreiro, Alcochete ou Montemor-o-Novo.

Nos locais em que concorreram em listas próprias, os centristas recolheram nas últimas eleições autárquicas 1,50% dos votos (74.869), segundo dados da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.

Líder do PS critica falta e descoordenação de meios nos incêndios

O líder socialista apontou hoje o dedo à “falta e descoordenação de meios” no combate aos incêndios, apelando ao Governo que se reúna com a Proteção Civil para avaliar o que está falhar.

“O que tenho sentido, e o que me relatam, é que há falta de meios e descoordenação de meios e apelo ao Governo e ao primeiro-ministro para reunir a Proteção Civil, os responsáveis máximos e intermédios da estrutura, e avaliar o que está a falhar no terreno, porque estes são momentos muito difíceis”, disse José Luís Carneiro em declarações aos jornalistas em Paredes de Coura, no distrito de Viana do Castelo.

Para o secretário-geral do PS, o Governo está a “cometer um erro ao não declarar a situação de contingência”.

Carneiro indicou como uma das falhas que terão de ser avaliadas “em momento oportuno” a decisão do Governo de não acionar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

“Os briefings matinais e ao fim do dia são fundamentais para dar tranquilidade às pessoas e não temos visto isso na gestão desta crise”, lamentou.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou hoje que o Governo está a agir de forma discreta no combate aos incêndios, mas “muito próxima” e tentando ser “o mais eficaz possível”, mas remeteu uma avaliação para mais tarde.

Num discurso na Festa do Pontal, no Calçadão da Quarteira, no Algarve, Montenegro afirmou que não esquece os compatriotas que estão “confrontados com um flagelo”, referindo-se aos incêndios florestais, cuja ocorrência atribuiu a condições meteorológicas “difíceis e adversas”, muitas vezes a “alguma falta de cuidado e negligências”, e, noutras, a “condutas criminais”.

“Nós estamos a fazer o esforço máximo para não deixar ninguém sozinho, a fazer o esforço máximo para mobilizar todos os meios que temos, para salvaguardar, em primeiro lugar, as vidas e a saúde de todos os nossos compatriotas, para salvaguardar o seu património e o que é de todos nós: o nosso património natural”, assegurou.

A situação de alerta devido ao risco agravado de incêndio foi prolongada até domingo, anunciou hoje a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, após uma visita à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

“Perante a adversidade de 22 dias consecutivos de calor intenso não dar sinais de abrandar, o Governo vai prolongar uma vez mais a situação de alerta, até domingo”, anunciou a ministra em declarações aos jornalistas.

Maria Lúcia Amaral sublinhou que se mantêm todas as restrições e proibições impostas pela situação de alerta de risco agravado de incêndio.

Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio desde 02 de agosto e nas últimas semanas têm deflagrado vários incêndios no norte e centro do país que já consumiram mais de metade dos cerca de 75 mil hectares de área ardida este ano.

Candidato do BE ao Porto acusa CP de desinvestir no comboio Celta

O candidato do BE à Câmara do Porto, Sérgio Aires, acusou hoje a CP de desinvestir no comboio internacional Celta, que liga o Porto a Vigo e que terá um transbordo em Viana do Castelo a partir de domingo.

“A resposta é bastante rápida: acho que [a CP – Comboios de Portugal] está a desinvestir, como aliás tem desinvestido muito. As linhas ferroviárias no país são aquilo que são, quando devíamos estar num movimento contrário já há muitos anos”, disse hoje aos jornalistas Sérgio Aires.

O candidato do BE à Câmara do Porto falava no Jardim da Cordoaria antes da entrega das listas do partido, no Palácio da Justiça, para as eleições autárquicas de 12 de outubro.

Em causa estão alterações ao serviço do comboio internacional Celta, que faz o trajeto Porto-Vigo, e que vai obrigar a transbordo em Viana do Castelo a partir de domingo, para permitir “garantir a continuidade do serviço”.

“Preocupa-nos bastante essa situação, acho que é inadmissível que a CP não tenha nenhuma alternativa, ou melhor, que não faça aquilo que devia fazer, que é facilitar a mobilidade por via férrea, e não o contrário”, completou Sérgio Aires.

Segundo a CP, esta é uma medida “excecional e temporária”, sem indicar qual a data de conclusão dos “ajustes transitórios” no serviço que é operado em conjunto com a espanhola Renfe desde julho de 2013, ligando Vigo ao Porto com paragens em Valença, Viana do Castelo e Nine.

A Renfe garantiu que o comboio internacional Celta, entre o Porto e Vigo, fará um “transbordo simples” em Viana do Castelo e continuará com os mesmos horários, adiantando apenas “motivos operacionais” como causa para a mudança no serviço.

“A partir de 17 de agosto [domingo], por motivos operacionais, o serviço do comboio Celta fará um transbordo de um comboio para outro na estação de Viana do Castelo. Trata-se de um transbordo simples entre comboios. O serviço far-se-á da forma habitual quanto a horários”, pode ler-se numa resposta de fonte oficial operadora ferroviária espanhola Renfe a questões da Lusa.

O Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular denunciou hoje a “traição” de fazer alterações ao comboio internacional Celta em agosto, condenando a “má gestão” e garantindo que irá fazer tudo para repor os níveis de serviço transfronteiriços.

“Se não for temporário, eles não o vão admitir. Por agora só podem dizer que é temporário e deixar que as pessoas se esqueçam. Só que nós não nos vamos esquecer, vamos estar em cima do assunto como já estivemos noutras vezes, até que se resolveu”, disse hoje à Lusa Xoán Mao, secretário-geral da organização que reúne 38 autarquias do Norte de Portugal e da Galiza.

Também o candidato independente à Câmara do Porto Filipe Araújo acusou a CP de desinvestimento e desinteresse na ligação Porto-Vigo, uma “ligação estratégica para o Porto e para a região Norte”.

Diana Ferreira, candidata da CDU ao Porto, responsabilizou hoje o Governo pelas mudanças no comboio internacional Celta, incluindo-as num “alargado conjunto de problemas que importa resolver”, e admitindo que “o município poderá, também, ter uma palavra a dizer sobre essa questão em concreto”

Liga dos Bombeiros quer mais rapidez no pagamento das despesas

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) apelou hoje à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) que seja mais célere a ressarcir as associações humanitárias pelas despesas com combustível e alimentação no combate aos incêndios florestais.

“As associações humanitárias estão a despender muito dinheiro e, portanto, estão a solicitar-nos que diligenciemos junto da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil […] para que possa avaliar essas despesas o mais rapidamente possível, começar a pagar e não estar a aguardar 20, 30 ou 40 dias”, disse, à Lusa, o presidente da LBP.

António Nunes explicou que, “quando há pequenos incêndios”, as associações humanitárias de bombeiros conseguem “acomodar nos seus orçamentos durante algum tempo” os gastos com fornecedores, mas não quando se trata de fogos florestais de grande dimensão, como os de Ponte da Barca, Arouca, Trancoso ou Vila Real.

O presidente da LBP escusou-se, contudo, a quantificar o montante que está em dívida, por estar a ser apurado.

“São alguns milhares”, assegurou, exemplificando que, se a referência for dez euros por almoço e outros tantos para jantar, para alimentar 2.000 bombeiros são necessários 40.000 euros por dia e 400.000 para dez dias.

Em resposta a questões da agência Lusa, a ANEPC afirma que “enviou um comunicado às AHBV e aos respetivos Comandos Sub-Regionais, informando que deveriam dar caráter urgente aos processos relacionados com despesas de combustível e alimentação, de forma a agilizar a sua tramitação”.

“Para situações mais complexas, a ANEPC disponibilizou-se a efetuar um adiantamento, nos termos da Diretiva Financeira, correspondente a 50% das despesas, até ao limite máximo de €50.000 por cada AHBV”, adianta.

A ANEPC diz ainda que “até à data, os pagamentos estão a ser efetuados de acordo com o estabelecido na Diretiva Financeira em vigor”.

De acordo com a informação disponível na página na Internet desta autoridade, às 17:00 de hoje mais de 2.150 operacionais combatiam os seis maiores incêndios ativos em Portugal continental, apoiados por 682 viaturas e 23 meios aéreos.

Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio rural desde 02 de agosto.

 

Renfe garante “transbordo simples” e mesmos horários no comboio internacional Celta

A Renfe garantiu hoje que o comboio internacional Celta, entre o Porto e Vigo, fará um “transbordo simples” em Viana do Castelo e continuará com os mesmos horários, adiantando apenas “motivos operacionais” como causa para a mudança no serviço.

“A partir de 17 de agosto [domingo], por motivos operacionais, o serviço do comboio Celta fará um transbordo de um comboio para outro na estação de Viana do Castelo. Trata-se de um transbordo simples entre comboios. O serviço far-se-á da forma habitual quanto a horários”, pode ler-se numa resposta de fonte oficial operadora ferroviária espanhola Renfe a questões da Lusa.

A Lusa tinha questionado a Renfe sobre os motivos para o transbordo do serviço conjunto com a CP, de quem é a responsabilidade das alterações ao serviço, se não há material circulante disponível para fazer toda a rota, quem é responsável pelas revisões dos comboios e se não é possível utilizar locomotivas bitensão para efetuar o serviço, mas não obteve mais esclarecimentos.

Também fonte oficial da CP remeteu hoje para o comunicado emitido na sexta-feira.

Em causa estão alterações ao serviço do comboio internacional Celta, que faz o trajeto Porto-Vigo, e que vai obrigar a transbordo em Viana do Castelo a partir de domingo, para permitir “garantir a continuidade do serviço”, anunciou a CP – Comboios de Portugal na sexta-feira.

Segundo a CP, esta é uma medida “excecional e temporária”, sem indicar qual a data de conclusão dos “ajustes transitórios” no serviço que é operado em conjunto com a espanhola Renfe desde julho de 2013, ligando Vigo ao Porto com paragens em Valença, Viana do Castelo e Nine.

Atualmente há duas circulações diárias do comboio em cada sentido, com partidas às 08:13 e 19:10 de Porto-Campanhã e respetivas chegadas às 11:35 e 22:34 (hora espanhola) a Vigo-Guixar e, no sentido contrário, partidas às 08:58 e 19:56 (hora espanhola) de Vigo-Guixar e respetivas chegadas às 10:20 e 21:18 portuguesas a Porto-Campanhã.

A partir de domingo, “o trajeto entre Porto-Campanhã e Viana do Castelo será assegurado por automotoras elétricas UTE 2240, mantendo-se as automotoras UTD 592 [a diesel] no percurso Viana do Castelo – Vigo”, segundo a CP.

“Trata-se de uma medida excecional e temporária, sem qualquer supressão de comboios. O serviço manter-se-á assegurado com a introdução de transbordo em Viana do Castelo”, assegura.

A CP diz que “manterá um acompanhamento próximo com a Renfe, parceira deste serviço internacional, prestando todos os esclarecimentos necessários e monitorizando os efeitos desta medida sobre a oferta”.

Apesar do comboio Celta ser feito com recurso a uma automotora a diesel, a linha ferroviária está eletrificada de ambos os lados da fronteira, mas em tensões elétricas diferentes. Além disso, há também diferenças nos sistemas de sinalização e segurança.

O Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular denunciou hoje a “traição” de fazer alterações ao comboio internacional Celta em agosto, condenando a “má gestão” e garantindo que irá fazer tudo para repor os níveis de serviço transfronteiriços.

“Se não for temporário, eles não o vão admitir. Por agora só podem dizer que é temporário e deixar que as pessoas se esqueçam. Só que nós não nos vamos esquecer, vamos estar em cima do assunto como já estivemos noutras vezes, até que se resolveu”, disse hoje à Lusa Xoán Mao, secretário-geral da organização que reúne 38 autarquias do Norte de Portugal e da Galiza.

Também o candidato independente à Câmara do Porto Filipe Araújo acusou a CP de desinvestimento e desinteresse na ligação Porto-Vigo, uma “ligação estratégica para o Porto e para a região Norte”.

Concelho com 15 novos balcões SNS24

Viana do Castelo tem mais 15 balcões SNS24, dos quais 14 estão localizados nas sedes de juntas de freguesia e um no Serviço de Atendimento ao Munícipe, revelou hoje a autarquia.

Os balcões, que começaram a ser instalados em 2023, chegam estão agora às freguesias de Alvarães, Afife, Meixedo, Mujães, Nogueira, Perre, Santa Marta de Portuzelo, Subportela, Outeiro, Torre, Vila Franca, Vila Mou, Vila Nova de Anha e Vilar de Murteda, indica o município em comunicado.

“São criadas condições para o atendimento com colaboradores habilitados com formação específica (denominados de Mediador Digital) para prestar apoio aos cidadãos, sobretudo os que possuem pouca literacia digital, que não têm acesso a equipamentos tecnológicos ou à internet”, descreve a Câmara de Viana do Castelo.

A autarquia indica que existem também “30 novos mediadores digitais disponíveis para o atendimento nos novos balcões”.

Transbordo temporário do Celta preocupa autarca vianense

O presidente da Câmara de Viana do Castelo disse hoje que vai vigiar a implementação “temporária” de transbordo no comboio Celta Porto/Vigo, prevista até “meados de dezembro”, e reclama investimento na linha do Minho.

“Por se tratar de uma medida temporária e excecional, a câmara compreende os motivos que levaram a esta medida, mas vai ficar vigilante e atenta para que sejam cumpridos os prazos, sublinhando que é necessário continuar o investimento na Linha do Minho, fundamental para o tecido social, cultural e turístico da região do Norte de Portugal e da Galiza”, indicou o autarca, numa resposta escrita enviada à Lusa, a propósito do transbordo que vai ser implementado no domingo.

O socialista Luís Nobre revelou ter recebido a garantia de que se trata de uma solução “temporária e que, em meados de dezembro, a situação será reposta”.

“Em causa está o atraso nas obras de eletrificação da linha do Algarve com a redução do número de automotoras da série 592. As ligações [do Celta] continuam a ser asseguradas com automotoras elétricas da série 2240 entre Porto e Viana do Castelo e com automotoras diesel da série 592 entre Viana do Castelo e Vigo”, explicou.

O autarca indicou também que, “em dezembro, será ativada a catenária na Linha do Algarve, libertando as automotoras diesel, que serão transferidas para o Norte e permitirão que as ligações internacionais voltem a ser realizadas nos moldes atuais”.

O comboio internacional Celta vai obrigar a transbordo em Viana do Castelo a partir de domingo, numa medida “excecional e temporária”, revelou a CP na sexta-feira.

De acordo com a CP, a medida garante “a continuidade do serviço” que, desde julho de 2013, liga o Porto a Vigo com paragens em Valença, Viana do Castelo e Nine.

A operadora espanhola Renfe garantiu na terça-feira que o comboio internacional Celta fará um “transbordo simples” em Viana do Castelo e continuará com os mesmos horários, adiantando apenas “motivos operacionais” como causa para a mudança no serviço.

“O serviço far-se-á da forma habitual quanto a horários”, pode ler-se numa resposta de fonte oficial operadora ferroviária espanhola Renfe a questões da Lusa.

Atualmente há duas circulações diárias do comboio em cada sentido, com partidas às 08:13 e 19:10 de Porto-Campanhã e respetivas chegadas às 11:35 e 22:34 (hora espanhola) a Vigo-Guixar e, no sentido contrário, partidas às 08:58 e 19:56 (hora espanhola) de Vigo-Guixar e respetivas chegadas às 10:20 e 21:18 portuguesas a Porto-Campanhã.

A partir de domingo, “o trajeto entre Porto-Campanhã e Viana do Castelo será assegurado por automotoras elétricas UTE 2240, mantendo-se as automotoras UTD 592 [a diesel] no percurso Viana do Castelo – Vigo”, disse a CP.

“Trata-se de uma medida excecional e temporária, sem qualquer supressão de comboios. O serviço manter-se-á assegurado com a introdução de transbordo em Viana do Castelo”, assegura.

Apesar do comboio Celta ser feito com recurso a uma automotora a diesel, a linha ferroviária está eletrificada de ambos os lados da fronteira, mas em tensões elétricas diferentes. Além disso, há também diferenças nos sistemas de sinalização e segurança.

O Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular denunciou a “traição” de fazer alterações ao comboio internacional Celta em agosto, condenando a “má gestão” e garantindo que irá fazer tudo para repor os níveis de serviço transfronteiriços.

A ligação veio permitir percorrer os 175 quilómetros que separam as cidades em duas horas e 15 minutos, quando anteriormente a ligação demorava mais de três horas.

 

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