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A nova presidente da Câmara de Caminha, Liliana Silva (PSD/CDS-PP/PPM), que conquistou a autarquia ao PS, disse hoje à Lusa que espera fazer “o que não foi feito até agora” num concelho que “parou no tempo”.

“Caminha parou no tempo. É preciso trabalhar a parte empresarial, é preciso trabalhar tudo no concelho. Mais emprego para os jovens, mais habitação. Fazer o que não foi feito até agora”, afirmou nova presidente daquela autarquia do distrito de Viana do Castelo.

A coligação O Concelho em Primeiro (PSD/CDS-PP/PPM) conseguiu nas eleições autárquicas de hoje quatro mandatos, mais um do que em 2021 e obteve 43,34%.

O PS perdeu a Câmara que liderava desde 2013 e o candidato Rui Lages, que substituiu o presidente Miguel Alves quando este foi para o Governo, teve 43,05% dos votos e elegeu três vereadores, menos um do que nas anteriores autárquicas.

A coligação PSD/CDS-PP/PPM venceu o PS por uma diferença de 30 votos, de acordo com os dados do Ministério da Administração Interna.

Liliana Silva é a segunda mulher eleita presidente da Câmara de Caminha.

“Foi o resultado de muito trabalho. Casa a casa, pessoa a pessoa. O concelho percebeu que era preciso uma mudança”, descreveu.

No imediato, a autarca quer “começar a organizar tudo” e “começar a fazer muito mais limpeza em todas as freguesias”.

A Lusa tentou, sem sucesso, obter uma reação do candidato do PS.

 

Vasco Ferraz é reeleito com maioria absoluta

Vasco Ferraz foi reeleito este domingo para um segundo mandato à frente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, ao conquistar uma maioria absoluta de 53,06% dos votos nas Eleições Autárquicas. De acordo com os dados oficiais divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), a candidatura do presidente cessante, representando o CDS-PP, recebeu o apoio de 15.058 eleitores, assegurando-lhe a liderança do executivo municipal para os próximos quatro anos.

Esta vitória expressiva traduziu-se na eleição de cinco vereadores para a sua coligação, reforçando o seu controlo sobre a câmara. Os resultados consagram uma noite de clara divisão da oposição, com o movimento Ponte de Lima Minha Terra, liderado por Zita Fernandes, a obter o segundo lugar, ao alcançar 14,96% dos votos (4.244 votos), elegendo um vereador. Logo a seguir, a candidatura do PPD-PSD, encabeçada por José Nuno Vieira de Araújo, ficou-se pelos 14,37% (4.078 votos), assegurando também um único lugar no executivo. O mapa político de Ponte de Lima fica assim definido por um presidente com uma forte maioria e uma oposição dividida entre duas forças de representação equilibrada, selando com solidez o segundo capítulo do projeto de Vasco Ferraz no concelho.

Porfirio Silva propõe doação de acervo cultural

Os candidatos às  proximas eleições autarquicas por Mazarefes foram  confrontados com proposta desafiante para que a antiga escola primária da freguesia receba acervo cultural.

A antiga Escola Primária de Mazarefes, um edifício marcado pela arquitetura do Estado Novo, está no centro de um apelo urgente e de uma decisão crucial. Os candidatos às eleições para a Assembleia de Freguesia foram publicamente interpelados sobre o destino a dar ao imóvel, num apelo que coloca a cultura e a memória coletiva na linha da frente do debate público.

A interpelação chegou através de uma carta aberta, subscrita por Porfirio Pereira da Silva que a apresentou sem ambições políticas, mas na sequência da sua dedicação de vida à academia, jornalismo e literatura.

O autor da carta aberta propõe a criação da Casa Museu Porfírio Pereira da Silva no espaço atualmente silencioso e à espera de uma função.

O projeto, detalhado na missiva, ambiciona ser muito mais do que um museu. Devera ser um polo cultural multifacetado, integrando uma biblioteca com um espólio bibliográfico pessoal, um arquivo documental e histórico, um museu de objetos e memórias e uma galeria de arte para obra pictórica. Completa a visão um auditório para acolher lançamentos literários e exposições temporárias.

Porfirio Silva enfatiza o desejo de, em vida, organizar e doar este repositório de conhecimento e arte à comunidade, assegurando que, após o falecimento deles e da sua irmã gémea, a instituição e todo o seu acervo passariam para o domínio do Estado, como uma doação à Nação.

Contudo, o apelo é também um ultimato. Se a terra natal não acolher a iniciativa, o signatário admite, “com pesar”, transferir todo o legado para outro local. E já existe um interesse concreto e insistente: o Município de Maquela do Zombo, em Angola, que já terá manifestado vontade de receber o acervo e perpetuar a herança cultural.

Esta possibilidade coloca uma pressão adicional sobre os decisores locais que agora vão a votos no próximo domingo.

A carta deixa uma interrogação final aos candidatos que é clara e direta: “qual o vosso compromisso efetivo com a cultura, a memória e o futuro deste espaço emblemático?”.

Incêndio que matou mulher entrou em fase de rescaldo

O incêndio que deflagrou às 14:44 em Geraz do Lima, Viana do Castelo, na sequência de uma queima de sobrantes que se descontrolou e matou uma mulher, entrou em fase de rescaldo às 19:10, disse fonte da proteção civil.

Fonte do Comando Sub-Regional do Alto Minho adiantou que “o incêndio lavrou em zona de pinhal e eucalipto”.

Segundo fonte do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo, “o corpo da mulher foi encontrado carbonizado pelo marido” ao que tudo indica numa queima de sobrantes que se “descontrolou”.

A fonte adiantou que já foi acionada a Polícia Judiciária (PJ).

De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 19:24, estavam a combater as chamas 69 operacionais, apoiados por 25 viaturas.

Durante a tarde chegaram a estar empenhados nove meios aéreos.

Mulher morre em queima de sobrantes que se descontrolou

Uma mulher com cerca de 70 anos morreu hoje, em Geraz do Lima, Viana do Castelo quando a queima de sobrantes que realizava com o marido se descontrolou, revelou a GNR.

Segundo fonte do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo, “o corpo foi encontrado carbonizado” ao que tudo indica numa queima de sobrantes que se “descontrolou”.

A fonte adiantou que já foi acionada a Polícia Judiciária (PJ).

O alerta foi dado cerca das 14:44.

Fonte do Comando Sub-Regional do Alto Minho adiantou que “o incêndio que continua a lavrar não está a ameaçar habitações”.

De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 16:15, estavam a combater as chamas 68 operacionais, apoiados por 17 viaturas e nove meios aéreos.

Carros assaltados durante missa em Rubiães

O padre de Rubiães, em Paredes de Coura, Fernando Nogueira disse ter apresentado queixa na GNR após o assalto ao seu carro durante a missa de domingo, cerca das 11:30, quando também foram assaltadas mais viaturas.

Em declarações à agência Lusa, o pároco adiantou que além do seu carro, “mais oito ou nove viaturas foram assaltadas.

“Praticamente não roubaram nada porque não havia nada para roubar, só causaram estragos porque partiam vidros”, explicou o padre de Rubiães, concelho de Paredes de Coura, no distrito de Viana do Castelo.

Já na semana passada, e, segundo fonte da Diocese de Viana do Castelo, as igrejas de Santa Cruz e Beiral foram assaltadas, casos que a GNR está a investigar.

Nas duas igrejas nas freguesias de Santa Cruz e Beiral no concelho de Ponte de Lima, segundo Nelson Fragoso, pároco das duas paróquias, “foram arrombadas as portas e foi levado dinheiro das esmolas”.

“Quando tomámos conhecimento do assalto, notificámos a GNR que mobilizou as suas forças para o local e procedeu à perícia. Em Santa Cruz, os assaltantes levaram dinheiro que estava no lampadário da igreja e invadiram o sacrário, mas, felizmente, sem profaná-lo. Simplesmente abriram-no e colocaram o santíssimo de lado” explicou o padre Nelson Fragoso.

O sacerdote acrescentou que não houve danos materiais significativos.

“Arrombaram a porta da sacristia e, percebendo que não havia bens de valor para eles, limitaram-se a roubar o dinheiro do lampadário”, especificou.

O assalto em Santa Cruz também ocorreu na noite da última quinta-feira, “mas só foi descoberto na manhã seguinte, quando os paroquianos abriram a igreja”.

Já em Beiral, “também arrombaram a porta da igreja e reviraram o interior da sacristia, mexendo nas vestes litúrgicas e levaram o dinheiro das esmolas.

Município lança concurso de 9,1 ME para habitação a custos controlados

A Câmara de Viana do Castelo lançou hoje um concurso público para a construção, por cerca de 9,1 milhões de euros, de habitação para venda a custos controlados em Darque.

O anúncio, publicado no Diário da República, fixa em 720 dias (cerca de dois anos) o prazo para a conclusão da empreitada.

Em setembro, o executivo de Viana do Castelo aprovou, por unanimidade, a abertura de um concurso público internacional para a construção de 64 habitações para venda a custos controlados em Darque.

De acordo com a autarquia, a atribuição de habitações será realizada através de um concurso de três fases: criação de bolsa de interessados através de apresentação de candidatura, ordenação dos candidatos e atribuição das habitações e celebração de contrato promessa de compra e venda.

De acordo com a proposta votada em reunião camarária, “nenhum elemento que compõe o agregado familiar pode ser proprietário, usufrutuário, arrendatário ou detentor de outro título de prédio urbano ou de fração autónoma de prédio urbano destinado à habitação, ter dívidas ao município, aos serviços municipalizados ou a empresas locais de natureza municipal, e possuir dívidas à Autoridade Tributária e Aduaneira e à Segurança Social”.

Os interessados devem “possuir um rendimento médio mensal ilíquido do agregado familiar entre 1.700 e 3.000 euros”.

Desfolhada tradicional angaria fundos para festividades em Rubiães

A Junta de Freguesia de Rubiães vai realizar uma desfolhada tradicional no próximo dia 18 de outubro, num evento que pretende angariar fundos para as Festividades em Honra de Nossa Senhora da Expectação de 2026.
A iniciativa, que recupera os costumes ancestrais da região, inclui um jantar convívio com feijoada à transmontana e termina com uma desfolhada à moda antiga acompanhada por concertinas e cantares ao desafio.
O programa começa às 19h30 com o jantar convívio, que oferece feijoada à transmontana, bebidas, sobremesa e café ao preço de 18 euros para adultos e 10 euros para crianças entre os 8 e os 12 anos. Pelas 22h00, terá início a desfolhada tradicional, que promete reviver os costumes rurais com animação musical típica.
Esta iniciativa representa não apenas um momento de convívio e preservação das tradições locais, mas também um importante contributo para a realização das festas religiosas do próximo ano, mantendo viva a identidade cultural da freguesia.

Ativistas portugueses detidos por Israel são hoje repatriados

Os quatro ativistas portugueses detidos durante a intervenção israelita a uma flotilha humanitária com destino a Gaza foram repatriados e chegam este domingo a Portugal, confirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Num comunicado, a pasta diplomática liderada por Paulo Rangel indicou que os cidadãos nacionais, que incluem a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, e a atriz Sofia Aparício, “foram repatriados de Israel” e estão previstos aterrar em território português “hoje ao fim da noite”.

O grupo, que integrava também os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves, fazia parte da missão internacional “Flotilha da Liberdade” que reuniu mais de 450 participantes. A sua detenção ocorreu a 1 de outubro, quando a embarcação em que seguiam foi intercetada pela marinha israelita no Mediterrâneo, numa ação que impediu o seu avanço rumo à Faixa de Gaza.
Israel mantém um bloqueio naval ao território palestiniano, desviando sistematicamente para o seu porto de Ashdod quaisquer embarcações que tentem desafiar a restrição, por razões que alega serem de segurança.
O processo de libertação e repatriamento foi acompanhado de perto pela representação diplomática portuguesa no terreno. A embaixadora de Portugal deslocou-se ao centro de detenção onde os ativistas se encontravam, assegurando o seu bem-estar e facilitando os trâmites para o regresso.
O caso, que gerou apreensão e mobilização em Portugal, reuniu esforços do governo para garantir a repatriação em segurança dos nacionais, num contexto de tensão crescente no Médio Oriente, onde o conflito entre Israel e o Hamas continua a agravar a crise humanitária em Gaza.

Afinal buscas na Câmara reportam a mandato de Augusto Marinho

O candidato do PS à Câmara de Ponte da Barca, Vassalo Abreu, quer que o seu opositor do PSD, Augusto Marinho, que se recandidata a um terceiro mandato nas autárquicas de dia 12, se retrate por “ataque à sua honra”.
Em causa estão as buscas realizadas pela Polícia Judiciária (PJ) no dia 25 de setembro à Câmara de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo.
Na altura, contactado pela agência Lusa, Augusto Marinho disse que os inspetores fizeram uma busca ao departamento de contratação pública para investigar “procedimentos de recrutamento de recursos humanos”, alegadamente devido a “denúncias anónimas”.
“Vieram buscar documentação sobre vários processos de recrutamento de recursos humanos, desconhecendo-se se os agentes da PJ foram a outros departamentos por estar fora da Câmara”, disse, acrescentando que “tudo decorreu normalmente, com total colaboração do município”, salientou então.
Segundo Augusto Marinho, são “processos antigos, anteriores à sua eleição como presidente da Câmara de Ponte da Barca, pela primeira vez em 2017”.
Em comunicado hoje enviado à agência Lusa, o candidato do PS adiantou ter na sua posse o relatório do mandado de busca da PJ, referindo que, “no âmbito de um processo criminal em curso desde 2022, diz respeito exclusivamente a factos ocorridos durante os mandatos de Augusto Marinho enquanto presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca. Em causa estão graves suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e utilização de dinheiros públicos para benefício partidário e pessoal”, referiu Vassalo Abreu.
A Lusa contactou Augusto Marinho, mas ainda não obteve resposta.
Segundo o candidato do PS, “as buscas e apreensões foram ordenadas pelo Ministério Público em 11 de setembro de 2025, após a entrega das listas às eleições autárquicas de 2025, e executadas pela Polícia Judiciária de Braga no dia 25 de setembro”.
“As declarações públicas de Augusto Marinho, ao afirmar que estes são processos antigos, anteriores à sua eleição em 2017, são falsas. Representam uma manobra deliberada de manipulação da opinião pública e configuram ainda um ataque à honra do candidato do Partido Socialista”, adiantou o candidato socialista.
Vassalo Abreu acrescentou que “os autos em investigação confirmam fortes indícios de práticas continuadas de favorecimento indevido, contratações direcionadas e promoções atribuídas em troca de apoio político”.
“Este processo não diz respeito a terceiros nem a factos antigos: refere-se exclusivamente à governação atual de Augusto Marinho”, sublinhou.
O candidato do PS afirmou que se Augusto Marinho não se retratar publicamente até segunda-feira, “serão impulsionados os meios legais adequados, incluindo a apresentação de queixa-crime por difamação e calúnia agravada”.

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