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Municípios da Galiza manifestam apoio à Palestina

Vários concelhos galegos intensificaram esta semana sua onda de solidariedade institucional com a Palestina, aprovando moções e realizando ações simbólicas que pressionam por medidas concretas além do reconhecimento diplomático do Estado Palestino por parte de Espanha.
Este movimento, coordenado em parte pela Federación Galega de Municipios e Provincias e liderado por forças de esquerda e nacionalistas, manifesta-se através de minutos de silêncio, concentrações públicas e moções que condenam a ofensiva israelita em Gaza e exigem um cessar-fogo imediato.

A vaga de ações tornou-se visível em concelhos como Allariz, onde a câmara municipal guardou um minuto de silêncio em resposta a uma convocatória da FEGAMP, num gesto descrito pela autarquia como um compromisso com a paz, os direitos humanos e o fim da violência. Em Tui, a mobilização foi mais além, com o próprio concelho a convocar uma concentração na praça do edifício municipal. No ato, o alcalde, Enrique Cabaleiro, classificou a situação em Gaza como genocídio e expressou o desejo de que estas pequenas mostras de solidariedade sirvam para obrigar a parar esta barbárie. Foi ainda lido um manifesto que exigia explicitamente um cessar-fogo imediato e sustentado e o fim do bloqueio humanitário a Gaza.

Este ativismo político local, que também se estende a concelhos como Entrimo, que publicamente apoiou a causa, representa uma pressão descentralizada que visa manter o tema na agenda política.
As moções, muitas vezes aprovadas com os votos contra do PP e de Vox, que as consideram alheias às competências municipais, refletem a forte mobilização da sociedade civil galega.

Portugal reconhece hoje o Estado da Palestina

Num movimento diplomático de profundo significado, Portugal prepara-se para anunciar ainda hoje o reconhecimento oficial do Estado da Palestina. Esta decisão histórica, que representa uma viragem na posição tradicionalmente cautelosa do país, surge no seguimento da recente onda de reconhecimentos por parte de Espanha, Irlanda e Noruega, e antecipa uma nova vaga de adesões prevista para segunda-feira, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, onde outros nove países farão anúncios semelhantes.

Durante anos, a posição oficial portuguesa privilegiou uma abordagem paciente e consensual, defendendo que este passo crucial deveria ser dado de forma coordenada ao nível da União Europeia. No entanto, o agravamento do conflito e a paralisia do processo de paz ditaram uma mudança de estratégia. Ao optar por agir agora, de forma coordenada com outros parceiros mas fora do quadro estritamente comunitário, Lisboa envia uma mensagem clara de que a comunidade internacional não pode permanecer inativa perante a estagnação e a deterioração da situação humanitária.

Este reconhecimento é assumido não como um fim em si mesmo, mas como um instrumento político crucial para revitalizar o moribundo processo de paz e reforçar a solução de dois Estados – a única que Portugal considera viável para garantir a coexistência de um Israel seguro e um Estado Palestiniano soberano, com base nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém Oriental como capital. A decisão posiciona Portugal na vanguarda de um movimento diplomático crescente, destinado a alterar os factos no terreno e a conferir um novo impulso às aspirações nacionais palestinianas, sem nunca negar o direito à existência e segurança de Israel. É, assim, a materialização de um princípio há muito defendido, agora executado através de uma nova e mais assertiva via de ação.

Mulher atropelada pelo próprio carro em Ponte da Barca

Uma mulher de 49 anos ficou ferida na manhã de hoje, após ser atropelada pela sua própria viatura em Paço Vedro Magalhães, Ponte da Barca.

O acidente ocorreu por volta das 09h00 na Via Talhós e, de acordo com as primeiras informações, o veículo ficou destravado e a vítima terá tentado impedir que este se movimentasse, acabando por ser atingida pelo mesmo.
As circunstâncias exatas do sucedido estão ainda a ser apuradas pelas autoridades.
Para o local foram acionados os Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca, que procederam ao resgate e extracção da vítima. Os socorros contaram ainda com o apoio de uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do INEM, uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) e da GNR.

A mulher, cuja identidade não foi divulgada, foi transportada para o Hospital de Viana do Castelo para receber tratamento médico.

Pobreza não é problema dos pobres mas da sociedade

A presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza em Portugal pediu prioridade ao fim da pobreza, considerando que esse “não é um problema dos pobres”, mas sim “da sociedade e da forma como ela funciona”.
A luta contra a pobreza e a sua erradicação “deve ser uma prioridade, para que as democracias se reforcem e a economia avance, porque a situação de pobreza não é um problema dos pobres, é um problema da sociedade e da forma como ela funciona”, disse Maria Joaquina Madeira.
A responsável falava à agência Lusa no âmbito de um almoço/debate com organizações da sociedade civil e representantes portugueses no Parlamento Europeu realizado no passado dia 12 deste mês, no qual se refletiu sobre a luta contra a pobreza e as propostas para a defesa de uma Europa Social.
Segundo a Rede Europeia Anti-Pobreza de Portugal (EAPN Portugal) existem mais de 93 milhões de pessoas em situação de pobreza e/ou exclusão social na União Europeia (UE), mais de dois milhões delas em Portugal.
Em Portugal, afirmou Maria Joaquina Madeira, tem havido um crescimento económico confortável, um crescimento do PIB e um aumento do salário mínimo nacional, mas tal “não chegou às pessoas mais pobres”: há 20% da população a viver com um valor igual ou inferior a 630 euros.
E essa é só a pobreza material, ainda que a pobreza não seja apenas sobre questões de rendimento, sendo também questões de acesso à saúde, à escola bem-sucedida, à integração num trabalho de qualidade, a uma vida digna e de qualidade.
A presidente recordou um relatório recente europeu que dá conta de que mais de 50% dos portugueses inquiridos reconhece que é urgente travar a luta contra a pobreza.
“A situação não afeta só as pessoas em situação de pobreza, afeta o desenvolvimento do país, porque as pessoas são pouco contributivas também para o desenvolvimento, portanto trabalhar a combater a pobreza é uma forma de investimento e não um desperdício de dinheiro”, avisou.
Acrescentou que a agenda política deve pôr como prioridade o combate à pobreza, “como uma questão de desenvolvimento económico e social da Europa”.
E caminha a Europa num bom sentido? Maria Joaquina Madeira disse que há sinais, que há uma preocupação, agora até com a habitação, um problema com um grande impacto, especialmente nas crianças.
E disse que é preciso força política. Sobre Portugal, aguarda que o Governo dê sinais de que a pobreza está na agenda política.
A pobreza, frisou, não é um problema só do Ministério do Trabalho e Segurança Social, embora seja importante minimizar os efeitos da pobreza, a proteção social, bem como o trabalho das IPSS. Mas a causa e a raiz da pobreza é a “sociedade e os modelos sociais e económicos que ela desenvolve”.
No debate, a eurodeputada do PS Isilda Gomes destacou que uma sociedade com fome e pobreza nunca será uma sociedade democrática.
E, como Joel Moriano, representando o PCP, falou das perspetivas sobre a estratégia europeia de combate à pobreza, que a Comissão Europeia irá apresentar em breve.

Lousã e Redondo entram para a Rede de Teatros Portugueses

O Teatro Municipal da Lousã, no distrito de Coimbra, e o Centro Cultural do Redondo, no distrito de Évora, foram incluídos na Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses (RTCP), anuncia um aviso publicado hoje no Diário da República(DR).

O aviso n.º 22877/2025/2 publicado no DR, assinado pelo diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues, enuncia os dois novos equipamentos credenciados na Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, que vêm somar-se aos 101 equipamentos culturais já existentes no país.

As credenciações do Teatro Municipal da Lousã e do Centro Cultural do Redondo foram homologadas pelo secretário de Estado da Cultura, Alberto Santos, respetivamente nos passados dias 06 e 10 de setembro.

Dos 101 equipamentos culturais da RTCP, como auditórios municipais, casas de cultura, teatros e cineteatros, centros culturais e centros de artes, 39 obtiveram apoio para programação entre 2022 e 2025.

A RTCP foi criada em 2020 para combater as assimetrias regionais e para fomentar a “coesão territorial no acesso à cultura e às artes em Portugal”, segundo a tutela.

Entre outros equipamentos culturais incluídos nesta rede contam-se o Cineteatro Messias, na Mealhada, o Auditório João David Marques Pinheiro (no Ateneu Artístico Vilafranquense), em Vila Franca de Xira, o Quartel das Artes, em Oliveira do Bairro, o Teatro Independente de Oeiras, o Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, o Cineteatro de Alcobaça, o Teatro das Figuras, em Faro, o Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, o Teatro Municipal de Ourém, o Coliseu Micaelense, em Ponta Delgada (Açores), o Centro Cultural de Paredes de Coura, o Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal (Madeira), o Centro Cultural de Lagos e o Cineteatro Curvo Semedo, em Montemor-o-Novo.

No final de agosto, o programa plurianual de apoio à programação para os equipamentos culturais da RTCP abriu com uma dotação de 24 milhões de euros a aplicar entre 2026 e 2029.

O anúncio de abertura deste programa foi publicado em 26 de agosto, em DR, cerca de três meses depois do prazo limite que estava estabelecido para maio, de acordo com a declaração anual de apoio financeiro da Direção-Geral das Artes (DGArtes) para 2025.

Segundo o aviso, tratava-se de um “concurso limitado” para a apresentação de candidaturas ao programa de apoio à programação da RTCP, nas áreas das artes performativas (como circo, dança, música, ópera e teatro), das artes visuais (arquitetura, artes plásticas, design, fotografia e novos media), de cruzamento disciplinar e também nas áreas do cinema e audiovisual.

O financiamento global é de 24 milhões de euros para um ciclo plurianual de 2026 a 2029, uma vez que o programa anterior dizia respeito ao ciclo 2022-2025 com a mesma dotação orçamental.

Este apoio financeiro é concedido às entidades gestoras dos equipamentos culturais credenciados da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses.

“Guarda-Rios” reúne música e cinema em Verdoejo

O Centro Cultural de Verdoejo, em Valença, recebe no sábado o filme concerto Záguia Sul – Guarda-Rios, “uma digressão artística que une música, cinema e participação comunitária em torno da preservação dos rios”, revelou hoje a organização.
Criado pelo Space Ensemble, sediado em Paredes de Coura, o projeto “é uma homenagem às paisagens fluviais e às comunidades que delas fazem parte”, descreve a estrutura artística, em comunicado.
A cada local de apresentação “o filme-concerto transforma-se, incorporando novas imagens captadas nos próprios rios da região e envolvendo participantes locais, que se juntam à performance ao vivo”, descreve o Space Ensemble.
Em Valença, o espetáculo começa às 21:30, tem entrada livre e conta com a participação do Coro Polifónico de Verdoejo.

Detido suspeito de atear cinco fogos em Viana do Castelo

Um homem foi detido por ser o presumível autor de cinco crimes de incêndio florestal “em zonas com condições de propagação a manchas florestais extensas e aglomerados habitacionais” em Viana do Castelo, revelou hoje a Polícia Judiciária (PJ).

Em comunicado, a PJ afirma que os crimes aconteceram a 21 de agosto na freguesia de Chafé, no concelho de Viana do Castelo, e que a detenção, feita pelo Departamento de Investigação Criminal de Braga, aconteceu fora de flagrante delito.

No dia dos incêndios, “algumas testemunhas indicaram a presença e possível autoria dos incêndios a homem de 18 anos, que naquele momento transitou no local”, e, entretanto, foram feitas as diligências necessárias para “a recolha de prova indiciária consistente que atesta a presumível autoria dos crimes”.

A PJ recorda que, pelas 21:00 do dia 21 de agosto, “surgiram, em simultâneo, cinco ignições em zona florestal, detetadas imediatamente por populares, que prontamente extinguiram alguns focos e alertaram os bombeiros de Viana do Castelo que apagaram os restantes

Casa Peixoto aumenta faturação no 1.º semestre

A empresa de materiais de construção Casa Peixoto faturou 39 milhões de euros no primeiro semestre, mais 18% do que no mesmo semestre de 2024, disse hoje em comunicado.

Na informação à imprensa em que não divulga os lucros obtidos entre janeiro e junho, o grupo diz que no primeiro semestre teve um crescimento das vendas a profissionais do setor superior a 20%, destacando o crescimento das gamas de ‘construção, pavimentos e revestimentos’ e ‘casas de banho’ e ‘aquecimento e climatização’.

Fundada em 1976 e com sede em Viana do Castelo, a Casa Peixoto diz ser a maior empresa de materiais de construção em Portugal com capitais exclusivamente portugueses.

Atualmente emprega cerca de 300 funcionários e tem oito lojas em Portugal e uma loja em Paris. Também está presente em África através dos seus distribuidores, segundo o comunicado

Atualização de software provoca falha no sistema informático do SNS

O sistema informático do SNS está com problemas desde quarta-feira à tarde e em muitas unidades os médicos não conseguem aceder à ficha do doente para passar exames ou medicação, revelou a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) foi uma das unidades de saúde onde se registaram problemas que afetaram o sistema informático do SNS desde quarta-feira à tarde.
Segundo fonte da USLAM a unidade registou “pequenos constrangimentos” no hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo. “Foram de situações pontuais” e que a “normalidade foi totalmente restabelecida cerca das 09:00”, referiu ainda a fonte.
De norte a sul, foram inúmeros os constrangimentos no acesso ao sistema informático.
De acordo com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) os constrangimentos resultaram de uma atualização realizada pela NOS no software da Rede Informática da Saúde (RIS), que provocou instabilidades nos sistemas de informação, “afetando alguns sistemas de apoio dos cuidados de saúde, nomeadamente, na Prescrição Eletrónica Médica (PEM)”.
“As equipas técnicas dos SPMS estão, juntamente com o operador externo, a tentar resolver a situação, prevendo-se que os serviços retornem à normalidade ainda durante a manhã”, disse.
Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM, explicou que os problemas começaram ainda na tarde de quarta-feira, com o sistema a ficar muito lento.
Durante a noite ficou inoperacional e “só agora começa a funcionar, mas aos soluços”, disse a sindicalista pouco antes das 10:00.
“Neste momento em muitas unidades ainda não é possível aceder à ficha do utente”, disse, explicando que os problemas afetam tanto hospitais como centros de saúde.
A FNAM disse aos médicos para apresentarem escusas de responsabilidade se necessário: “Nós não podemos ser responsabilizados pela inoperância de algo em que não temos responsabilidade”, disse Joana Bordalo e Sá.
A FNAM considera tratar-se de um exemplo de “inoperância governativa” e da falta de investimento na modernização informática da Saúde, lembrando que “o sistema tem falhado diversas vezes”.
“Isto acaba por acontecer todos os dias, não acontece de uma forma tão generalizada, mas todos os dias os sistemas falham e, no fim, quem sai prejudicado são os doentes, com consultas atrasadas, às vezes até mesmo canceladas. É inaceitável”, acrescentou.

ATUALIZAÇÃO
O sistema do SNS voltou a estabilizar Às 12:15 horas.

Pentágono Urbano quer consolidar área intermunicipal projetar o Minho

A associação de municípios Pentágono Urbano, que substitui o Quadrilátero e acrescenta Viana do Castelo a Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Barcelos, nasceu hoje e tem como objetivo projetar o Minho a nível nacional e internacional.
Em comunicado, o Pentágono Urbano diz que o objetivo é consolidar uma área intermunicipal “forte, coesa e inovadora, capaz de projetar o Minho a nível nacional e internacional”.
Acrescenta que a integração de Viana do Castelo “não só reforça a ambição coletiva de unir cultura, inovação e sustentabilidade, como também estabelece uma ligação estratégica ao mar, potenciando os recursos costeiros e marítimos da região”.
“Esta integração permite criar valor acrescentado em toda a região, aproveitando os recursos culturais, patrimoniais e naturais das cidades”, diz ainda.
Os municípios encaram a adesão de Viana do Castelo como “um passo natural e necessário, afirmando o território de forma mais ampla, articulada e sustentável”.
Na sessão de hoje, foi ainda renovado o protocolo de cooperação da bilheteira eletrónica em rede e do cartão cultural, que assegura a venda integrada de bilhetes ‘online’ para eventos culturais em todos os municípios aderentes e a fidelização de públicos.
O cartão cultural do Pentágono, com um custo de 30 euros para novas aquisições e de 25 para renovações, garante benefícios diretos nos equipamentos culturais das cinco cidades, como descontos de 50% nos bilhetes para espetáculos e exposições promovidos pelas estruturas municipais e parceiros culturais.
Garante ainda vantagens adicionais, como envio gratuito de agendas, ‘newsletters’ informativas regulares e, em alguns casos, estacionamento gratuito ou descontos em parques de estacionamento nos dias de espetáculo.
Foi também apresentada a plataforma MAP – Minho Access Point, um sistema digital que reúne e disponibiliza informação estruturada sobre o ecossistema da mobilidade no território do Pentágono Urbano.
Através daquela ferramenta, será possível aceder a dados em tempo real e de forma centralizada sobre parques de estacionamento disponíveis, número de lugares livres, localização de carregadores para veículos elétricos, redes de autocarro urbano e interurbano, bem como contagens de veículos em circulação.

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